
A DECO, em conjunto com outras 24 organizações europeias de consumidores e sob coordenação da BEUC (Organização Europeia de Consumidores), apresenta hoje, 5 de junho, uma queixa à Comissão Europeia e às autoridades de proteção dos consumidores contra a SHEIN. Em causa está o uso de técnicas enganosas – conhecidas como dark patterns ou padrões obscuros – que levam os consumidores a comprar mais do que pretendiam, agravando os problemas ambientais e sociais associados à fast fashion.
Segundo investigações e estudos recentemente realizados por várias organizações de consumidores na Europa, estas práticas ilegais, revela a DECO, “levam a gastos indesejados, perdas económicas para os consumidores e à circulação de artigos de vestuário com substâncias tóxicas”. Além disso, “comprometem a capacidade dos consumidores de fazerem escolhas de vestuário sustentáveis e informadas, contrariando os objetivos da transição ecológica”.
A DECO e as suas congéneres europeias reivindicam que a Comissão Europeia e as autoridades competentes exijam à SHEIN que cesse imediatamente o uso de técnicas enganosas, como o confirm-shaming ou manipulação emocional – “Tem a certeza que quer sair? Vai perder esta promoção!”, – scroll infinito e nagging ou mensagens insistentes, consideradas práticas comerciais desleais ao abrigo da legislação europeia à luz da Diretiva Europeia sobre Práticas Comerciais Desleais; apresente provas que confirmem a autenticidade dos testemunhos de clientes e das mensagens como “stock limitado”, “promoções relâmpago”, ou, caso não o consiga fazer, que os retire.
Se a SHEIN não corrigir estas práticas, “as autoridades deverão intervir para prevenir danos graves aos consumidores até que a empresa cumpra a legislação europeia”.