O presidente da Câmara Municipal de Elvas, Rondão Almeida, e o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), Luís Loures, assinaram na segunda-feira, 1 de julho, um contrato de comodato, por um período de 50 anos, para que as antigas instalações do Ciclo de Santa Luzia, neste momento desativadas, venham a ser, no futuro, uma extensão da atual Escola Superior de Biociências de Elvas (ESBE).
Assegurando que se está “a abrir portas” para que o número de alunos a frequentar o Ensino Superior em Elvas possa aumentar consideravelmente, tendo também em conta a forma como “a oferta formativa da escola tem vindo a evoluir”, Rondão Almeida recorda que as atuais instalações da ESBE, criadas para acolher 200 alunos, recebem, atualmente, “mais de 500”.
O autarca, que explica que ao invés da Câmara Municipal vender aquele “território, com quase dois hectares”, a uma qualquer construtora, recebendo “um milhão e tal de euros”, preferiu fazer este acordo com o IPP, para que a ESBE venha a ter “todas as condições, para acolher novos cursos e mais alunos”. “É na base do ensino e na formação dos jovens”, diz ainda, que Elvas pode evoluir, na expectativa que empresas se possam vir a instalar na cidade, para empregar estes jovens qualificados.
Caberá agora ao IPP fazer o investimento necessário para levar a obra por diante, socorrendo-se sempre dos fundos comunitários. Luís Loures explica que o projeto para aquele espaço está já delineado, em termos de salas de aula, laboratórios, espaços comuns e zona desportiva, sendo que a obra terá de começar num prazo máximo de dois anos. “Mas não queremos demorar 24 meses”, garante.
O investimento que possa a vir a captar será sempre só uma percentagem do valor total da obra, mas Loures assegura que o IPP “tem receitas próprias para fazer face a esse investimento”. A expectativa é que ainda este ano, o Politécnico consiga concorrer a um aviso. “Não sabemos se ganhamos ou não, mas vamos fazer uma muito boa proposta – não pode ser diferente disto – para ganhar. E ganhando, a nossa ideia é começar as obras o quanto antes”, adianta.
Luís Loures fala ainda numa “ginástica enorme” para conseguir ter os atuais cerca de 550 alunos a frequentar as instalações da escola, debatendo-se a direção da ESBE com o problema de não conseguir cumprir o plano que prevê um crescimento em termos de alunos, alcançando os 800 estudantes, até 2028. “Por isso, a obra é para começar o quanto antes”, remata.
A ESBE, para além de ter já submetidas à Agência da Acreditação do Ensino Superior as candidaturas para a abertura de uma licenciatura em Desporto e de dois doutoramentos, em Agricultura Sustentável e Economia Circular, tal como a Rádio ELVAS já tinha noticiado (ver aqui), tenciona também vir a lecionar, no futuro, dois novos Curso Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP): nas áreas do cannabis medicinal e da inovação tecnológica na área agrícola.