Foi com o principal objetivo de debater as melhores formas de envelhecimento, quando muitos idosos acabam as suas vidas num lar, que a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior promoveu ontem, quarta-feira, dia 29 de novembro, uma sessão dedicada a profissionais e cuidadores, no auditório do Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada da vila.
O propósito, explica Rosália Guerra, da instituição, foi dar conta de que, mesmo não podendo envelhecer em casa, como muitos gostariam, os idosos não devem ser “desligados”, por completo, “dos seus contextos de vida e das comunidades” em que sempre estiveram inseridos.
A qualidade de vida dos idosos, garante a responsável, tem sido sendo sempre “uma preocupação” da Santa Casa campomaiorense, sobretudo, na forma como se prestam cuidados e os próprios cuidadores se relacionam com as pessoas mais velhas.
Rosália Guerra assegura que há ainda muita coisa a fazer, a este nível, sendo necessário alertar também a comunidade. “Ainda há muita coisa a trabalhar no sentido da sensibilização dos agentes sociais para ajudar as pessoas a envelhecer melhor. Não é porque a pessoa decide ir para uma instituição, que de haver um corte abrupto com aquilo que é a sua vida fora deste contexto”, diz ainda.
Este foi apenas um dos temas em debate na sessão “Envelhecer no Lugar”, a parte, entre outros, de “Os Desafios da Saúde Mental Comunitária nos Mais Velhos” e “Os direitos do consumidor no empoderamento da pessoa idosa”.