Joaquim Diogo: investimento feito na Barragem do Pisão será “muito bom” para o Alto Alentejo

Foi em agosto que a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) anunciou o lançamento do concurso para a construção da Barragem do Pisão, no Crato.

Formalmente conhecida como Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, a Barragem do Pisão vai envolver um investimento total de 171 milhões de euros, dos quais 120 milhões estão inscritos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com a obra a ser repartida em vários concursos, explica o presidente da Câmara do Crato, Joaquim Diogo, o concurso público internacional já lançado, referente à construção das infraestruturas primárias, é de cerca de 72 milhões de euros. “É o pontapé de saída e a obra mais emblemática e com um maior valor, que contempla aquilo a que, genericamente, chamamos o paredão, toda a parte da descarga de água, também a parte de tomada de água, os caminhos adjacentes, a desmatação, as manchas de empréstimo para a construção dessa barragem, que será em argila, em terra compactada”, revela o autarca.

Lembrando o compromisso assumido com o Governo e a Comissão Europeia, de 120 milhões de euros, reforçado, entretanto, em mais 30 milhões, Joaquim Diogo não tem dúvidas que este é um projeto que “tem vida e que vai crescer”. “É uma dinâmica que vai continuar, vai ser alterado, em algumas coisas, que vai começar de uma maneira e acabar de outra, como em todas as obras”, acrescenta.

O autarca assegura ainda que este investimento será “muito bom” para todo o Alto Alentejo, uma vez que, entre outros aspetos, irá beneficiar, diretamente, oito concelhos, com uma reserva estratégica de água. “A capacidade de produzirmos energia, por fontes renováveis, a capacidade de termos mais um polo de atração turístico e de desenvolvimento, por exemplo, para a investigação do Instituto Politécnico de Portalegre: acho que tudo isso é um sinal que este Governo deu ao Alto Alentejo, com o maior investimento das últimas décadas, com muitas dificuldades para aprovar na Comissão Europeia, mas o Governo manteve sempre a sua firmeza, para que este projeto fosse para a frente”, diz ainda.

Joaquim Diogo assegura ainda que todos os autarcas do Alto Alentejo estão de parabéns, por terem falado sempre “a uma só voz”, sabendo dizendo que este “era um projeto para o território e que todos concordavam com isso”.

A CIMAA é a responsável pela execução do projeto e, segundo o cronograma submetido à Comissão Europeia, as obras estarão terminadas em julho de 2026.