Candidaturas para Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas

Encontram-se abertas, desde segunda-feira, 10 de abril, as candidaturas às entidades promotoras de voluntariado jovem para a 6.ª edição do programa “Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas”.

Para este ano, o programa recebeu um reforço de 1,5 milhões de euros e conta com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), do Fundo Ambiental e da Proteção Civil. Nas anteriores edições foram apoiados 1.400 projetos, executados por mais de 800 entidades e contabilizando cerca de 10 000 participações de voluntários/as jovens.

Podem candidatar-se à promoção de projetos no âmbito deste programa: entidades constantes do Registo Nacional das Organizações Não-Governamentais de Ambiente e equiparadas; entidades constantes do Registo das Organizações de Produtores Florestais; associações de jovens inscritas no Registo Nacional do Associativismo Jovem; Câmaras Municipais; Juntas de Freguesia; corporação de Bombeiros; estabelecimentos públicos de ensino; estabelecimentos privados de ensino que cumpram o previsto na legislação enquadradora do voluntariado, nomeadamente o previsto na Lei n.º 71/98 de 3 de setembro; e outras entidades, que prossigam objetivos abrangidos pela área de intervenção deste programa, mediante despacho do Conselho Diretivo do IPDJ.

O programa destina-se a jovens entre os 14 e os 30 anos que estejam interessados em participar em atividades de voluntariado em áreas protegidas, parques naturais, reservas naturais, entre outras áreas de interesse ecológico. Os voluntários terão a oportunidade de contribuir para a promoção de boas práticas ambientais e de valorização do património natural e cultural, adquirindo novas competências pessoais e profissionais.

As atividades a desenvolver no âmbito do programa são: sensibilização da população para a adoção de práticas que promovam a economia circular, nomeadamente, reciclagem, reutilização, gestão ambiental, prevenção do desperdício alimentar e consumo sustentável; sensibilização da população para a proteção do litoral, em contexto de alterações climáticas e incentivando à monitorização das zonas costeiras, alertando designadamente para temas como resíduos, erosão costeira, ocupação das frentes marinhas e preservação dos ecossistemas dunares; sensibilização da população para a importância da participação pública nos processos de decisão ambiental; sensibilização da população para o papel das florestas na qualidade do ar e para a importância das árvores como barreira natural ao ruído; monitorização de rios e ribeiros como forma de recuperação das linhas de água, com vista à preservação dos recursos hídricos; sensibilização da comunidade para a preservação da natureza, florestas e respetivos ecossistemas; inventariação e monitorização de espécies animais e vegetais em risco; inventariação, sinalização e manutenção de caminhos florestais e acessos a pontos de água; recuperação de caminhos de pé posto; limpeza e manutenção de parques de lazer; vigilância móvel, a pé ou em bicicleta, nas áreas definidas pelas entidades locais de coordenação; vigilância fixa nos postos de vigia; inventariação de áreas necessitadas de limpeza; apoio logístico aos centros de recuperação de animais selvagens; sensibilização de comunidades e população alvo para disseminação das mensagens de campanhas de prevenção de incêndios, como o uso correto do fogo, promoção de compostagem ou destruição dos sobrantes por métodos mecânicos e consciencialização do perigo de incêndios, por uso de maquinaria em dias quentes e secos; inventariação e monitorização de áreas florestais ardidas; atividades de reflorestação; atividades de controlo de espécies invasoras; outras atividades integradas nos objetivos do Programa que constem em regulamento.

O Estado reconhece o valor social do voluntariado, como expressão do exercício livre de uma cidadania ativa e solidária, pelo que o IPDJ legitima o voluntariado como espaço fundamental de aquisição de saberes, certificando, por isso, as atividades de voluntariado e permitindo que essa aquisição de saberes possa ser identificada pela sociedade como uma mais-valia para o enriquecimento pessoal e curricular dos jovens.