OMS pretende erradicar hepatite como uma ameaça à saúde pública até 2030

Comemorado a 28 de julho, na próxima quinta-feira, o Dia Mundial das Hepatites tem como principais objetivos divulgar informação e sensibilizar para esta patologia, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a alertar este ano, através da campanha “A Hepatite não pode esperar”, para a importância do diagnóstico precoce.

Na edição desta semana do programa “De Boa Saúde”, o médico Pintão Antunes explica que uma hepatite, que é “uma inflamação do fígado”, pode, no caso de não ser tratada devidamente, numa cirrose. Ao contrário das hepatites B e C, que são as mais graves e resultam de relações sexuais desprotegidas ou da contaminação através do sangue, a hepatite A é “a mais inofensiva”, tendo relação, sobretudo, com a ingestão de água contaminada. Na hepatite B e C é frequente a evolução para uma doença crónica.

A hepatite D ocorre apenas em doentes com o vírus do tipo B, aumentando a gravidade dessa infeção. A hepatite E, à semelhança da A, transmite-se pelo consumo de água ou alimentos contaminados.

Ainda que seja uma doença evitável e tratável, só a hepatite C afeta cerca de 325 milhões de pessoas em todo o mundo, causando a 1,4 milhões de mortes, por ano. Por essa razão, a Organização Mundial de Saúde assumiu o objetivo de erradicar a hepatite B e C até 2030.

Os principais sintomas da doença, que se podem manifestar já num estado avançado, são, sobretudo, desconforto abdominal, febre, mal-estar, fadiga, perda de apetite, urina escura e fezes claras.