“Caminhos Cruzados”, uma exposição com trabalhos de José Pedro Croft, todos eles da coleção de António Cachola, inaugurada a 5 de fevereiro, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, encontra-se disponível para visita até 3 de julho.
A exposição, que reúne cerca de 60 obras de escultura, desenho e gravura, que o colecionador foi comprando ao longo de 25 anos de carreira do artista, retrata a relação de grande cumplicidade existente entre os dois, sendo para José Pedro Croft “um privilégio” ser representado por António Cachola, de uma “maneira tão significativa”, e poder mostrar os seus trabalhos ao público, em Elvas.
“Os colecionadores são aquelas pessoas que ficam a tomar conta das nossas obras. Nós fazemo-las, mas depois alguém vai ter que as conservar, as armazenar, as cuidar, as transportar, caso contrário o nosso trabalho não avança”, comenta o artista plástico, que já representou Portugal na Bienal de Veneza e esteve na Frieze Sculpture, com uma obra de arte pública, nos jardins de Londres.
Com uma curadoria partilhada entre o colecionador e o artista, as obras encontram-se instaladas pondo em evidência as relações espaciais entre elas, e entre elas e a arquitetura do MACE, que para José Pedro Croft é “extraordinária”, revelando-se “muito feliz” por poder expor em Elvas numa altura em que se celebra o 15º aniversário deste museu.
Nesta mostra é apresentada de novo a obra monumental, concebida em 2007 para a inauguração do MACE, usando os quatro cantos da sala maior. Em simultâneo uma outra central, realizada posteriormente, com os mesmos elementos.