A Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu entre os dias 15 e 21 de fevereiro e teve como objetivo alertar os condutores para as graves consequências do manuseamento do telemóvel durante a condução.
Pela primeira vez, esta campanha contou com a participação dos serviços das administrações regionais das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, com competências atribuídas no continente à ANSR, conferindo assim um caráter verdadeiramente nacional à medida e completando o trabalho que tem sido realizado pelos comandos regionais da PSP.
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Inserida no Plano Nacional de Fiscalização de 2022, a campanha foi divulgada nos meios digitais e através de cinco ações de sensibilização da ANSR, realizadas em simultâneo com as operações de fiscalização da responsabilidade da GNR e PSP, nas localidades de Lisboa, Bragança, Guimarães, Vila Pouca de Aguiar e Cova da Piedade. Idênticas ações ocorreram nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Na campanha foram sensibilizados condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
– os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos em reconhecer e a reagir a perigos;
– a distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação;
– e o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
Para além da sensibilização presencial, a divulgação por parte dos media, designadamente dos canais televisivos, permitiu alcançar um público vasto e diversificado.
Durante as operações das Forças de Segurança, realizadas entre os dias 15 e 21 de fevereiro, foram fiscalizados presencialmente em Portugal 51.112 veículos, tendo sido registado um total de 15.176 infrações, das quais 1.394 relativas ao manuseamento do telemóvel durante a condução.
No período da campanha, registou-se um total de 2.178 acidentes, de que resultaram 11 vítimas mortais, 30 feridos graves e 618 feridos leves.
As 11 vítimas mortais, todas do sexo masculino, tinham idades entre 19 e 83 anos.
Os acidentes ocorreram nos distritos de Braga, Leiria e Lisboa, com dois acidentes em cada distrito, e ainda nos distritos de Viseu, Portalegre, Setúbal, Évora e Beja.
Destes acidentes, oito foram despistes, dos quais sete com veículos ligeiros e um com motociclo.
Nas três colisões ocorridas estiveram envolvidos veículos ligeiros, tendo-se verificado dois acidentes envolvendo a colisão com motociclos e um acidente em que a colisão foi com um velocípede.
Nas colisões, as vítimas mortais foram os condutores dos motociclos e do velocípede.
Relativamente ao período homólogo de 2021, verificaram-se mais 817 acidentes, mais seis vítimas mortais, mais cinco feridos graves e mais 219 feridos leves.
Com esta campanha, foi dado mais um passo para o envolvimento dos condutores no desígnio de tornar a segurança rodoviária uma prioridade de todos.
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