O Projeto AURORAL (Architecture for Unified Regional and Open digital ecosystems for Smart Communities and wider Rural Areas Large scale application), liderado, a nível europeu, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, foi apresentado ontem, dia 7 de abril, à Comunicação Social.
Trata-se de um projeto, tal como já antes avançado pela Rádio Campo Maior, que tem por objetivo dotar as regiões rurais europeias de um ambiente digital integrado potenciador de serviços comparáveis aos das regiões economicamente mais densas, e que conta com financiamento do Programa H2020, “o maior do mundo a nível de ciência, inovação, desenvolvimento e demonstração”, de acordo com Marcos Nogueira (na foto), coordenador do projeto AURORAL.
Marcos Nogueira adianta que, com o AURORAL, pretende-se aplicar o conceito de Smart Cities, que é como quem diz, Cidades Inteligentes, às comunidades e às pessoas, desenvolvendo “comunidades inteligentes, independentes da sua dimensão, da sua densidade económica e populacional”. “Conseguir que a vida das comunidades se desenvolva, se organize e se torne melhor com base num melhor acesso, em melhores serviços digitais” é outro dos objetivos deste programa.
No concurso lançado para projetos a este programa, a proposta apresentada pelo Alentejo, adianta Marcos Nogueira, foi a melhor classificada, entre as 22 candidaturas apresentadas, ficando assim a CCDR Alentejo responsável pelo mesmo. A CDDR Alentejo fica assim a “comandar” a implementação “da solução dos problemas de interoperabilidade, que torna impossível o desenvolvimento de comunidades inteligentes”.
Marcos Nogueira adianta ainda que, neste projeto, há 25 parceiros e oito regiões-piloto, sendo que o AURORAL tem recebido “uma grande atenção por parte da União Europeia”.
De recordar que o AURORAL já está em curso em quatro localidades alentejanas: entre elas, Arronches, São Pedro do Corval, em Reguengos de Monsaraz, Sines e Pias, no concelho de Serpa.
Em Arronches, o projeto baseia-se no uso eficiente dos recursos públicos na mitigação das alterações climáticas; e em São Pedro do Corval, no aproveitamento da comunidade artística e na herança relacionada com o artesanato e a cerâmica. Já em Sines, o foco está no empreendedorismo digital e desenvolvimento de incubadoras e clusters tecnológicos, enquanto em Pias, o projeto tem por base o envelhecimento saudável e a qualidade de vida.