Em Elvas vai ser possível comprar gasóleo profissional para transportadoras a preço reduzido, numa medida do Governo que pretende colocar os impostos ao mesmo nível de Espanha.
Nuno Mocinha, autarca elvense, concorda com esta medida uma vez que o programa prevê a instalação de um regime diferente nas zonas transfronteiriças, uma vez que se cria uma desigualdade de preços em combustíveis iguais de um lado e outro da fronteira.
Tudo o que tenha como objetivo tornar a nossa economia mais competitiva é sempre visto com bons olhos. É sabido que este Governo tem um olhar muito especial para o interior do país, especialmente para as zonas fronteiriças, por isso eu creio que é de esperar a criação de algumas medidas que coloquem as duas zonas em pé de igualdade, sublinhou o autarca.
João Rocha, camionista de profissão, explica-nos que a diferença entre o gasóleo profissional e o gasóleo que qualquer pessoa coloca nos veículos ligeiros é o preço e a forma de pagamento, uma vez, que derivado ao consumo mais elevado, o combustível pode sofrer alguns descontos. Por outro lado, o pagamento é feito com um cartão, tipo multibanco, que tem um determinado plafond de acordo com a estimativa da empresa do que vai ser o seu consumo mensal. Assim, torna-se mais cómodo e seguro para o camionista uma vez que não tem que andar com dinheiro.
Em Portugal, que eu tenha conhecimento, há apenas uma empresa de gasolina dotada para o efeito. Fica situada na zona do Pombal e possui duas bombas de gasolina, sublinhou.
João Rocha considera que para este serviço funcionar em Portugal é necessário que as empresas consigam manter um preço competitivo. Se não conseguirem um valor semelhante ao que é praticado em Espanha as pessoas vão continuar a abastecer do outro lado da fronteira.
A Rádio Elvas contactou alguns postos de abastecimento de combustível da cidade que nos mostraram desconhecimento em relação a esta matéria.
O preço do gasóleo profissional para transportadoras será vendido em postos de combustíveis em três concelhos de fronteira: Elvas, Almeida e Bragança, com o objetivo de evitar que as empresas abasteçam as suas viaturas em Espanha.
Dependendo do local, a diferença poderia situar-se em cerca de 15 cêntimos. A experiência vai decorrer durante seis meses, com o apoio da associação de empresas transportadoras que vão também pagar menos nas antigas SCUT.