O II Encontro Eurocidade Elvas Badajoz realizou-se esta manhã em Lisboa. Nuno Mocinha, presidente da Câmara de Elvas, e Francisco Fragoso, alcaide de Badajoz, foram os principais oradores, num evento organizado em parceria entre a Aqualia e o jornal Diário de Notícias.
O projeto da Eurocidade é um caminho e não um fim, e daí que este foi mais um passo dentro desse caminho, alega Nuno Mocinha. Já o tínhamos feito em Madrid, hoje foi em Lisboa, e tivemos uma boa presença, ou seja, estava aqui um conjunto de entidades que são importantes que servem depois de réplica daquilo que aqui se passou, acrescenta. Segundo o autarca, durante este encontro respirou-se cooperação e querer construir um futuro de mãos dadas.
Francisco Fragoso, alcaide de Badajoz, considera o resultado desta reunião bastante satisfatória e garante que é um orgulho acompanhar o presidente Nuno Mocinha e poder apresentar, à sociedade, a Eurocidade em Lisboa. O que queremos dizer às duas capitais dos dois países é que estamos aqui, estamos presentes e vimos com força, para desenvolver o Alentejo e a Estremadura espanhola.
Para Félix Parra, diretor geral da Aqualia, a Eurocidade é uma ideia que pode gerar muito bem-estar e muita criação de emprego tanto a Elvas como a Badajoz. Eu espero que os estados se ajudem para que este projeto tome cada vez mais forma, remata.
Aquilo que tem sido feito é extraordinário, porque Elvas e Badajoz tomam uma posição proeminente na centralidade do triângulo que vai de Lisboa a Valladolid e de Valladolid a Sevilha, alega o embaixador da Espanha em Portugal, Eduardo Junco.
Paulo Canhão, presidente da Assembleia Municipal de Elvas, que também marcou presença no evento e fez um balanço extremamente positivo do mesmo. Estas sinergias que estão a ser desenvolvidas pelas duas cidades beneficiam claramente os elvenses e os pacenses, alega. Com estes dois presidentes, em Elvas e Badajoz, garante Paulo Canhão, vamos ter ao longo dos próximos tempos uma Eurocidade com mais força e com coisas positivas para as populações das duas cidade.
Tiago Abreu, vereador eleito pelo CDS-PP na Câmara Municipal de Elvas, destacou as palavras do autarca de Badajoz quando referiu que gostaria muito que a Plataforma Logística tocasse o território português, o que para mim é uma preocupação fundamental. Eu gostaria muito que os políticos acima dele, ou seja, da região e também do país, tivessem a mesma opinião porque Espanha avançou muito neste aspecto e Portugal não avançou. O que me assusta é que o comboio venha de Sines e pare em Badajoz e não em Elvas.
Armando Varela, presidente da Câmara Municipal de Sousel e da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), considera que este projeto ultrapassa muito os limites territoriais dos concelhos de Elvas e Badajoz e pode ser relacionar-se com a criação de emprego.
Nós temos andado juntos, Portugal e Espanha, ao longo dos séculos e por isso há aqui um conjunto de sinergias que podemos e devemos ganhar com esta partilha. Na minha opinião, podemos aspirar aqui um centro urbano de grandes dimensões que ao nível da Península Ibérica se pode comparar a Lisboa, Porto, Sevilha ou Madrid. Julgo que foram aqui apresentadas duas ideias muito importantes: a criação de uma zona franca e a componente da fiscalidade.
O elvense José Miguel Leonardo, diretor geral da empresa Randstad, considerou esta iniciativa extraordinária e que nos deve encher de orgulho. Mais uma vez foi aqui mostrada a vontade de fazer mais e melhor pelo nosso presidente da câmara.
É um mega projecto, mas vejo que com os apoios que vêm de Espanha e com a vontade que o município de Elvas tem tudo se vaie conseguir, sublinhou.
Rui Semedo, presidente do Banco Popular e também natural de Elvas, achou a reunião muito interessante. Acho que é uma iniciativa louvável, por outro lado tem uma dimensão cultural e histórica importantíssima e depois com uma dimensão económica para que ao longo dos anos se possa construir uma coisa que transforme a nossa região e também o nosso país.
Eu acho que todos os projetos que sejam desenvolvidos entre Portugal e Espanha e, mais concretamente entre Elvas e Badajoz, já deviam ter sido colocadas em prática há mais tempo, de acordo com German Lopez, delegado do governo da Estremadura.