Depois de quatro anos de interregno, os leilões de gado regressam a Évora, todas as terças-feiras, pelas 15h30, no Parque de Leilões de Évora (antigo Iroma).
Além de ser um importante canal de escoamento de bovinos, o leilão é por si só um polo de agro-negócio, pois ali se fazem paralelamente ao leilão negócios de rações, de adubos de máquinas agrícolas, e de tudo o que tem a ver com a agricultura e a pecuária.
Manuel da Silveira, Diretor do Leilão de Évora, será orador convidado nas Jornadas Veterinárias o Hospital Veterinário Muralha Évora dos dia 21 e 22 de Fevereiro, e explica que os leilões contribuem para regular o preço dos bovinos, pois todos os produtores antes de fazerem um negócio de gado em suas casas, consultam as cotações de leilões recentes. Se não existissem leilões, deixaria de haver uma referência. Para além do que é muito diferente ter um comprador a olhar para o gado ou 20 a disputá-lo. Desde o início têm sido leiloados uma média de 250 cabeças semanais. É muito importante que haja uma concentração de oferta, pois ao conferirmos escala ao negócio, há uma redução e uma racionalização de custos aos compradores, fazendo que os preços possam ser melhores tanto para compradores como para vendedores, acrescenta.
Manuel da Silveira irá dar uma palestra nas jornadas veterinárias, intitulada Bolsas de Gado: Futuro e expectativas. Esta palestra revela-se de uma grande importância, não só porque dá enfase à reabertura do leilão, mas também porque dará aos produtores uma ideia de como podem valorizar os seus animais e aproximar o produto por eles apresentado às exigências e preferências dos engordadores. Este é um tema que se relaciona com a palestra de Jerónimo Pinto, Presidente da Associação Nacional de Engordadores de Bovinos, sobre Comercialização de Bezerros: o bezerro ideal para a engorda.