Banda 1º de Dezembro de Campo Maior prepara desde setembro o concerto de aniversário

No dia 1 de dezembro de 1936 nascia a Banda 1º de Dezembro de Campo Maior. Uma coletividade que completa, na quinta-feira, 86 anos de existência. Para celebrar a data a Banda promove um grande concerto no Centro Cultural de Campo Maior. A Rádio Campo Maior foi acompanhar um dos ensaios da banda, que conta atualmente com 30 elementos.

Quinta-feira, 1 de dezembro, é também o dia em que também o maestro Francisco Pinto celebra 25 anos de direção de bandas filarmónicas. O maestro está há dois anos na direção da banda campomaiorense, mas a sua história com a 1º de Dezembro vem de longa data. “Em 1979 entrei para a banda, vindo de Elvas, com o maestro Francisco Raposo, para aprender mais um pouco, o que é sempre bom, depois regressei em 2020 e, desde aí a experiência tem sido de muito trabalho e temos trabalhado reportórios diferentes, para que a música continue a ser a protagonista”.

Depois de regressar há dois anos à Banda 1º de Dezembro, que conta com 30 elementos, Francisco Pinto refere que a encontrou “diferente e estagnada em termos musicais e formas de trabalhar o reportório”. Neste momento a escola de música funciona de segunda a sexta-feira a partir das 18.30 horas e aos sábados às 10 horas, sendo que ao final da tarde há ensaios.

Francisco Pinto revela que a banda conta, principalmente, com “instrumentos de sopro, mas temos que evoluir, temos já um vasto leque de instrumentos de percussão, também já temos bombo concerto, lâminas, viola baixo, teclado, ou seja, temos desde o flautim à tuba que é o instrumento mais grave”.

Um dos objetivos do maestro é que “todos os estilos musicais” sejam tocados. Para este concerto de aniversário, o maestro revela que “o reportório é muito difícil, estamos a trabalhar desde setembro”, mas acredita que os seus músicos “vão dar o seu melhor e vão conseguir e é isso que lhes transmito, porque acredito neles e eles deixam tudo no palco”.

Nos ensaios da Banda “tem que haver muito sacrifício porque a música exige muito trabalho de nós, por isso nos ensaios trabalhamos afinação, projeção de som, partes técnicas, dinâmicas e o conjunto em si, que levará ao produto final”, que será exibido no Centro Cultural.

Tivemos oportunidade ao longo do ensaio de falar com alguns dos seus membros. Alexandre Muacho toca saxofone e é o mais recente elemento da Banda e revela que foi incentivado pelo seu professor de música a ingressar, garantindo que experimentou e decidiu ficar, porque “é divertido, fui muito bem recebido por todos e gostei disso”.

A prova de que a arte musical é para todas as idades é que, já com 73 anos, João Varela decidiu, depois de estar ligado à música há vários anos, ingressar na Banda 1º de Dezembro, para tocar guitarra baixa. Considera que esta “é uma experiência muito agradável” e garante que “vai ser um grande concerto”.

Há 32 anos que Paulo Miranda integra a Banda de Campo Maior. Neste momento toca tuba e diz que foi o local onde cresceu e “é uma família e onde todos aprendem uns com os outros”. O músico acrescenta que este será “um grande concerto de uma grande banda e com um grande maestro, que é boa pessoa e trouxe coisas novas para a nossa banda”.

Já Leonor Soutino tem 13 anos, mas desde os cinco que ingressou na 1º de Dezembro, uma vez que também a sua mãe já fazia parte da coletividade e garante que aos longos dos anos tem vindo a evoluir ao nível da música.

Ensaios da Banda 1º de Dezembro que decorrem, normalmente, aos sábados, onde a Rádio Campo Maior teve oportunidade de acompanhar um pouco daquilo que é a realidade destes músicos e a forma como trabalham, neste momento, para preparar o grande concerto de amanhã, que assinala os 86 anos desta coletividade campomaiorense.

Ministro anuncia em Campo Maior investimento de 600 ME para postos da GNR

Campo Maior acolheu na manhã desta segunda-feira, dia 14, as comemorações do Dia da Unidade do Comando Distrital de Portalegre da Guarda Nacional Republicana (GNR).

As cerimónias protocolares, presididas pelo Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, decorreram no jardim municipal da vila, com as diversas valências da GNR em parada militar.

Tendo em conta a falta de efetivo no distrito, e que também se reflete a nível nacional, José Luís Carneiro adianta que “o número de guardas foi reforçado no distrito com mais 45 elementos, sendo que no próximo ano, a nível nacional, se prevê que ingressem mais de mil. É este esforço de rejuvenescimento que está em curso para as forças de segurança, quer na Guarda Nacional Republicana quer na Polícia de Segurança Pública”.

O ministro da Administração Interna revela ainda “um investimento superior a 600 milhões de euros para modernizar as infraestruturas dos Postos Territoriais, com o intuito de melhorar as condições dos militares, destacando a empreitada do Centro de Formação de Portalegre, um investimento que ultrapassa os 25 milhões de euros.

“Apoios são sempre bem-vindos”, diz Comandante distrital da GNR

Para o tenente-coronel António Gomes, comandante do Comando Territorial de Portalegre da GNR, estes apoios anunciados pelo Ministro,” são sempre bem-vindos. O senhor ministro falou, em concreto, na construção do Centro de Formação de Portalegre e, numa segunda fase, na construção do novo comando territorial de Portalegre, o que nos deixa bastante satisfeitos, bem como a construção do novo posto de Avis e outras obras que melhoram as condições dos militares”.

“É muito satisfatório ter em Campo Maior a minha última cerimónia pública”

O Comandante Geral da GNR, Tenente-General Rui Clero, natural de Campo Maior, marcou presença na cerimónia e revela que “esta foi a sua última cerimónia pública, uma vez que termina na próxima semana as suas funções ao serviço desta força militar. Nesse sentido, é muito satisfatório ter esta cerimónia aqui em Campo Maior”.

“É um dia muito importante”, diz Luís Rosinha

Para o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, “este é um dia muito importante para o concelho e que demonstra a articulação entre o município e a Guarda Nacional Republicana. É com muito orgulho que Campo Maior hoje recebe a nossa força de segurança e damos também o nosso abraço enquanto parceiros nesta matéria de segurança”.

“A população está agradecida”, garante Comendador Rui Nabeiro

Já o comendador Rui Nabeiro enaltece a descentralização destas comemorações, para outras localidades, como foi, este ano, o caso de Campo Maior, reconhecendo “o trabalho dos militares que aqui trabalham. Fico muito satisfeito também pelo facto do Comandante da GNR ser aqui de Campo Maior e acho que a população toda está agradecida”.

Comemorações do Dia da Unidade do Comando Distrital de Portalegre da Guarda Nacional Republicana, que decorreram esta manhã, em Campo Maior.

Governo vai distribuir 13 veículos de combate a incêndios pelo Alentejo

Um acréscimo salarial na ordem dos 50 euros para os elementos das equipas de intervenção permanente dos Bombeiros e a entrega de 13 veículos de combate a incêndio e cinco autotanques às associações humanitárias da região do Alentejo: foram estas algumas das novidades que a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, veio este domingo, 13 de novembro, apresentar a Monforte, no decorrer das comemorações do Dia Distrital do Bombeiro e do 37º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários local.

A distribuição de viaturas que será feita, a nível nacional, garante Patrícia Gaspar, é “a maior dos últimos anos”, que serve, sobretudo, para “apostar nas zonas onde há um maior risco de incêndio rural e onde existe maior carência destes veículos”. Acreditando ser uma “medida fundamental”, a Governo espera que, com isso, possa haver “um reforço na capacitação dos corpos de bombeiros” para responder a este risco, que “é um risco muito real”.

Quanto ao aumento salarial dos operacionais das equipas de intervenção permanente, a secretária de Estado diz ser outro passo “importantíssimo”. “Temos aqui instrumentos que nos vão ajudar, nos próximos dez anos, a garantir que nos focamos e que trabalhamos juntos e em parceira num objetivo que tem de ser transversal a todos nós”, diz ainda.

Nas comemorações de hoje, Patrícia Gaspar garante que, para além de que se procurar homenagear os bombeiros de Monforte, também se quis prestar um reconhecimento a todos os bombeiros de Portugal, numa altura em que enfrentam “momentos difíceis”.

Para o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, ainda que o próximo Orçamento do Estado seja aquele que engloba a maior verba de sempre para as associações humanitárias, encontra-se “abaixo da taxa de inflação”. “Pode ser tudo e pode não ser nada”, garante, assegurando que o subfinanciamento das associações humanitárias tem de ser “encarado de frente”, sob o risco de “um dias destes não termos bombeiros voluntários em Portugal”. António Nunes diz ainda que o modelo de financiamento tem de ser “alterado”, assegurando que o orçamento ficou “aquém” do esperado.

Já o presidente da Câmara e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monforte, Gonçalo Lagem, diz-se “muito honrado” por ter sido a vila a receber esta celebração, no dia, precisamente, do aniversário da corporação. Quando questionado se gostaria de ver um dos veículos de combate a incêndios prometidos pelo Governo para a região Alentejo ser atribuído à corporação de Monforte, o autarca garante que fica “mais descansado” se esses veículos forem, por exemplo, para concelhos com parques naturais, como é o caso de Gavião, Portalegre e Arronches.

Para o presidente dos Bombeiros de Elvas, Amadeu Martins, presente nesta cerimónia, o aumento em cerca de 50 euros da remuneração dos elementos da equipa de intervenção permanente não faz qualquer diferença. “Não nos estão a dar nada. Vai ficar tudo na mesma”, assegura, lembrando que os Bombeiros de Elvas gostavam de ter duas equipas de intervenção permanente, lançando o repto, a “quem de direito”, para que o autorize.

Todas as associações humanitárias do distrito estiveram representadas nesta cerimónia, em Monforte, participando num desfile apeado e motorizado. A cerimónia decorreu na Rua Professor Doutor Rosado Correia, onde foram ainda distinguidos vários empresários que, de alguma forma, têm ajudado os Bombeiros de Monforte, como é o caso de Rui Nabeiro, da Construserv, e Fernando Carpinteiro Albino, da Carnalentejana.

33ª Meia-Maratona Elvas-Badajoz com cerca de 1400 participantes

Foram cerca de 1.400 os atletas que participaram este domingo, 13 de novembro, naquela que foi já a 33ª edição da Meia-Maratona, que liga Elvas a Badajoz, com partida do Parque da Piedade.

Para o vereador na Câmara de Elvas, Hermenegildo Rodrigues, Elvas começa a fazer parte “de grandes provas a nível nacional e não só”, destacando todos os eventos desportivos que se têm realizado na cidade, inclusive este fim de semana, com uma prova crossfit no Coliseu, bem como o seminário de árbitros de atletismo, no Centro de Negócios Transfronteiriço.

Quando à meia-maratona, assegura o vereador, esta é, acima de tudo, “um convívio”, feito de “festa”. “Elvas precisa disto, precisa de que venha gente, a participar, levar o nome da nossa cidade além-fronteiras e esta grande moldura humana que temos aqui reflete precisamente isso”, diz ainda.

Já para vereador no município de Badajoz, Juan Pérez Márquez, este é um dia “muito bonito”, assegurando que “não é fácil” organizar uma prova com esta. Ainda assim, lamenta que tenha existido uma menor participação de atletas, relativamente a edições anteriores.

Esta meia-maratona, organizada pela Fundação Municipal de Desportos de Badajoz, com o apoio do Município de Elvas, foi ganha pelo atleta Houssame Benabbou. Rut García venceu a prova, na categoria feminina. Quanto aos atletas portugueses, a elvense Cláudia Batuca, foi a melhor classificada em femininos, enquanto nos masculinos o melhor foi Roberto Ladeiras, de Mafra.

Festa da Vinha e do Vinho já anima pavilhão de eventos de Borba

A Festa da Vinha e do Vinho, em Borba, já abriu portas no pavilhão de eventos da cidade, onde decorre até domingo, 13 de novembro.

A cerimónia de inauguração foi presidida pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que não tem dúvidas que este é um evento que promove o vinho, “um produto de excelência” que, por sua vez, tem “ajudado a qualificar o território”. O certame, que transforma o produto num “local de festa, de convívio, de experimentação, de compras e vendas”, é “fundamental para a atratividade do território”.

Com a restauração de Borba esgotada por estes dias, bem como as dormidas, estas festas e feiras, em tornos dos produtos endógenos, garante Carlos Miguel, “ajudam os produtos, os produtores, mas também ajudam muito as economias em que elas se realizam”.

Já o presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, que se diz “muito feliz” com a realização de mais uma edição do evento, recorda de que é feita esta festa: “vinho, comida, pessoas, doces, enchidos, queijo, azeite”. “Ao fim de tantos anos, mais de 30 anos, é bom continuarmos com este ritmo de andamento”, acrescenta.

O autarca aproveitou ainda a oportunidade para, e depois de Borba ter sido o primeiro município a aceitar a transferência de competências em diversos domínios, como Educação, Saúde e Ação Social, alertar o secretário de Estado para a necessidade de um ajuste de verbas para fazer face às dificuldades. Sobre este assunto, Carlos Miguel garante que o Governo está “atento e a trabalhar” no processo de descentralização de competências, que tem ainda de ser aperfeiçoado. “Em matéria de Educação, já demos largos avanços e está praticamente tudo fechado com a Associação Nacional de Municípios em benefício das transferências, mas, por exemplo, na Ação Social ainda há muita coisa a acertar”, revela.

Presente na cerimónia de abertura do certame esteve também o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, que encara o evento como sendo de enorme relevância para a região, uma vez que “dinamiza um dos setores mais importantes deste território”.

Sendo este um evento que “abriu caminho” para que outras feiras do género fossem surgindo na região, assegura o autarca, com estes certames, e com a colaboração de todos, consegue-se fazer mais em prol da economia local. Os vários projetos a decorrer, como a da dinamização da Serra d’Ossa, iniciado pelo Município de Redondo, mas que envolve todos os municípios do Alentejo Central, não tem dúvidas João Grilo, acabam por beneficiam todos os concelhos.

Também presente na abertura da Feira da Vinha e do Vinho esteve o presidente da Câmara de Estremoz, José Sádio, que considera que a região só tem desenvolvimento se “todos os municípios trabalharem em conjunto, em harmonia”, tendo esperança que este certame seja “um sucesso”.

“Tudo o que é bom e em Borba se passa é bom para Estremoz, é bom para a região. Temos é de estar presentes e assinalar, com isso, a importância e o reconhecimento do trabalho que é feito. Se cada um trabalhar isoladamente, não ganhamos escala e todos perdemos”, diz ainda José Sádio.

A organização do evento, que conta com a participação de 80 expositores, é do Município de Borba, com a colaboração da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Comissão Vitivinícola Regional Alentejana e Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo.

No certame, de entrada livre, encontram-se expositores de artesanato, produtores de vinho, produtos regionais, doçaria, serviços vitivinícolas, havendo ainda espaço para uma mostra empresarial e institucional.

Quanto ao cartaz de espetáculos, a Festa da Vinha e do Vinho conta, na noite desta quarta-feira, com a atuação dos Sangre Ibérico. Os fadistas de Borba e Cuca Roseta atuam amanhã; Ivandro, Cromos da Noite, Karetus e Dj Diaz na sexta-feira à noite; Aurea, Dj Brat e Dj S-Silva, na noite de sábado; e Rebeca, no domingo, às 16 horas. No arraial de São Martinho, na sexta-feira, dia 11, às 18.30 horas, há oferta de castanhas e vinho; no sábado, às 11 horas, decorre o circuito das tascas.

Núcleo de Elvas presta homenagem a combatentes falecidos em Dia de Finados

O Núcleo de Elvas da Liga dos Combatentes homenageou esta manhã de quarta-feira, 2 de novembro, Dia de Finados, os combatentes falecidos.

Esta homenagem decorreu no talhão do Núcleo, no cemitério de Elvas tendo contado com a deposição de flores por parte das diversas entidades presentes, assim como foi feito um minuto de silêncio em memória dos combatentes.

Este ano, à semelhança do que aconteceu em outros locais, as forças militares não marcaram presença, face aos “efetivos insuficientes”, revela Luís Franco, presidente do Núcleo, adiantando que não poderiam deixar de prestar “esta singela, mas sentida homenagem a todos os combatentes, para que não ciam em esquecimento”.

Já o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida lembra que este é um dia em que o município recorda “os elvenses já falecidos”, com a missa que decorreu no Convento de São Francisco destacando a homenagem do núcleo aos combatentes, onde afirma “foi com um certo significado que se juntaram ali os representantes de todas as entidades civis e miliutares, para homenagear e nunca esquecer a alma de todos aqueles que combateram pela nossa nação”.

O diretor do Museu Militar de Elvas, o coronel Nuno Duarte, marcou presença nesta homenagem e destaca que este dia se torna importante “para homeagear aqueles que tombaram em nome de Portugal e é uma forma de mostrar às novas gerações a importância destes dias e dos militares que serviram o exército português”.

Campo Maior: combatentes recordados e homenageados em Dia de Finados

O Núcleo de Campo Maior da Liga dos Combatentes, juntamente com a câmara municipal e as juntas de freguesia, prestou na manhã desta quarta-feira, 2 de novembro, em Dia de Finados, homenagem aos combatentes campomaiorenses já falecidos, no cemitério da vila.

Depois da cerimónia, com a deposição de flores no talhão do núcleo, a comitiva seguiu para Degolados, para prestar também homenagem ao combatente sepultado no cemitério daquela freguesia.

Esta, segundo o presidente do núcleo, José Trindade, é uma cerimónia que se deve realizar todos os anos, com o objetivo de recordar os combatentes que já partiram.  “Fico bastante satisfeito por esta homenagem”, garante, explicando que, por esta ocasião, foi ainda colocada uma placa do núcleo numa campa de um antigo combatente que não se encontra sepultado no talhão. “Na altura, quiseram sepultar o senhor na campa dos familiares e agora vieram nos pedir se podíamos lá colocar um monumentozinho por parte dos combatentes e nós fizemos essa homenagem”, acrescenta.

Desta vez, e contrariamente ao que é habitual, os militares do Regimento de Cavalaria nº 3 de Estremoz não estiveram presentes nesta cerimónia, de acordo com José Trindade, por “falta de elementos e verbas”. Nesse sentido, o núcleo convidou a Banda 1º de Dezembro a marcar presença nesta homenagem. “Eles agradeceram o nosso convite e a homenagem foi feita à mesma”, remata.

Já o Município de Campo Maior, garante o vice-presidente, Paulo Pinheiro, deve associar-se sempre a esta cerimónia, através da qual se homenageiam aqueles que “se sacrificaram pela pátria”. “É sempre um gesto de silêncio, de tristeza e é o mínimo que podemos fazer, é sempre celebrar e homenagear estes que tanto fizeram pela pátria”, diz ainda.

CNT volta a ser habitat para centenas de exemplares em mais uma Ibero Aves

O Centro de Negócios Transfronteiriço (CNT) de Elvas volta a ser o habitat, até domingo, 30 de outubro, de várias centenas de exemplares de aves, naquela que é já a sexta edição da Ibero Aves, organizada pela Associação Ornitológica de Elvas.

“Vários tipos de canários, exóticos domésticos, pirequitos ondulados e agapornis roseicolli”, revela o vice-presidente da Associação Ornitológica, José Onofre, são apenas algumas da espécies, muitas delas premiadas, que poderão ser apreciadas no decorrer do evento. “A julgamento tivemos 456 aves e cada ave tem uma pontuação até 95 pontos”, adianta.

Cor, plumagem e a posição da ave, no momento da exposição, explica José Onofre, são alguns dos critérios usados no momento da avaliação. Tendo em conta a participação de vários expositores espanhóis, o vice-presidente da associação tem esperança que o certame possa ser visitado por muita gente, no decorrer, sobretudo, do fim de semana, até porque “as vendas vão ser fracas”.

Este ano, e pela primeira vez, associa-se a este evento a Associação de Criadores de Aves de Capoeira (ACLAC), com a primeira ElvAves – d’Aves de Capoeira.

O evento decorre amanhã, entre as 10 e as 19 horas, à mesma hora em que encerra portas hoje. No domingo, a Ibero Aves termina pelas 13 horas.

Delta Q Rise: “O maior investimento da DELTA num novo produto”

Internacionalização, sustentabilidade, diversificação e inovação são os pilares do futuro do Grupo Nabeiro Delta Cafés, apresentados esta terça-feira, dia 4, no evento de inovação Delta 2022 – Try the Reverse.

“O ano de 2022 fica marcado pelo crescimento, em 20 por cento, do volume de negócio da empresa em relação ao ano passado. No entanto, a empresa com sede em Campo Maior, pretende crescer ainda mais e chegar ao top 10 mundial, de acordo com Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro.

Para Rui Miguel Nabeiro, “este crescimento só pode acontecer se seguir de mãos dadas com a sustentabilidade. Nesse sentido, desde 2018 que o grupo incorpora o International Coffee Partners (ICP), uma associação presente em 13 países diferentes e composta por oito empresas diferentes, familiares e europeias, ligadas ao café. O ICP ajuda com técnicas de agricultura que ajudam a aumentar a produtividades dos campos em que intervêm, financia com equipamentos todas as famílias que trabalham na produção do café e dá-lhes formação específica”.

Neste evento, entre outras novidades, foi apresentada a Delta Q Rise,” uma máquina de café totalmente produzida em Portugal e que deverá ser o maior investimento da história da DELTA num novo produto”, de acordo com Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro Delta Cafés.

“Com esta máquina, desenhada pelo melhor designer do mundo, Philippe Starck, o Grupo Nabeiro pretende chegar ao top 10 mundial em termos de empresas”.

Atualmente, “o mercado de internacional representa 35 por cento do volume de negócios da empresa que, este ano, deverá chegar aos 430 milhões de euros, uma vez que já superámos valores de 2019, antes da pandemia”, de acordo com Rui Miguel Nabeiro

No final do evento, que decorreu no Parque Mayer, em Lisboa, O comendador Rui Nabeiro, fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, referiu à nossa reportagem que quem não inovar não aparece. Nesse sentido, desde que a marca foi criada, quisemos sempre seguir um caminho diferente e que chamasse a atenção das pessoas”.

João Manuel Nabeiro, Administrador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, referiu-nos que este “foi um evento muito especial, que repetimos já há um par de anos, para apresentarmos as ações que vamos desenvolvendo ao longo dos anos. Tenho a certeza que vamos impactar os nossos clientes e consumidores o que nos deixa muito orgulhosos”.

A pré reserva da Delta Q Rise já pode ser feita, sendo que dentro de cerca de um mês estará já disponível em vários locais. A Delta Q Ris3 é uma máquina Premium cujo preço de venda ronda os 270 euros, sendo a mais cara da marca.

 


Banda 14 de Janeiro regressa a “casa”, com sede totalmente renovada

A sede da Banda 14 de Janeiro, em Elvas, foi inaugurada este sábado, 1 de outubro, em Dia Mundial da Música, depois de ter sido alvo de um conjunto profundo de obras de requalificação, nos últimos anos, devido ao estado de degradação em que o prédio da Rua Sá da Bandeira se apresentava.

A cerimónia foi presidida pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que se disse “surpreendido” com a dimensão da sede, assegurando ainda que esta obra é mais um exemplo que Elvas tem dado ao nível de recuperação de edifícios. “A banda fica com excelentes condições, não só para ela, para o trabalho dela, para os ensaios, como para receber outra gente, e que, pelo que sei, há bandas de garagem que começam já a utilizar este edifício para os seus ensaios”, comenta.

Tendo a sede uma cozinha, um salão e um pátio, Carlos Miguel diz ser “muito bom” que o espaço seja utilizado pela comunidade, “para batizados ou reuniões familiares”. Relembrando ainda que o edifício foi, em tempos, a maternidade de Elvas, o secretário de Estado garante que a sua reutilização, para fins culturais, é “excelente”.

Já o presidente da Câmara, Rondão Almeida, comenta que o executivo anterior, “em boa hora”, avançou com a obra, através de financiamento comunitário, lembrando ainda o trabalho que o município, desde há muitos anos a esta parte, tem vindo a fazer para recuperar o património, com o objetivo de “lhe dar vida”. Com esta obra, adianta, deu-se “à banda aquilo que ela merece”. Contudo, garante, “não é só a banda que merece: esta área da cidade deve ver nestas instalações, não só um ponto de ensaio para a banda, mas uma porta aberta para aquilo que são as crianças, os jovens e a terceira idade”.

O autarca espera que a sede da banda, cuja direção contará, nos primeiros tempos, com a ajuda do município, devido às dificuldades financeiras que atravessa, possa ainda dar lugar a espaços dedicados aos mais jovens, através de uma ludoteca ou ATL. Por outro lado, Rondão Almeida deu a garantia que a Câmara Municipal vai investir em novas fardas para os elementos da banda, num orçamento a rondar os “11 ou 12 mil euros”.

Nuno Mocinha, que enquanto presidente da Câmara de Elvas, no decorrer do mandato anterior, foi quem candidatou a obra a fundos comunitários, quis dar os parabéns à banda, bem como ao atual executivo. “Ficam aqui umas instalações ao serviço da população e de uma população que nos é muito querida, que são os mais novos. Se os atrairmos para a banda, se se conseguirem formar na banda, eles vão ter um crescimento saudável”, garante ainda, rematando dizendo que este é um “dia feliz”, enaltecendo o facto de Rondão Almeida ter dado seguimento à obra.

Para o presidente da direção da banda, Vicente Grenho, este, mais que um dia muito especial, era um dia “muito esperado”. “A obra demorou o tempo que foi necessário, às vezes, é um bocadinho mais que aquilo que se deve, mas terminou, está ótima, temos uma casa maravilhosa e estou muito contente”, diz ainda.

Vicente Grenho acredita que, com a “casa” totalmente renovada, mais pessoas vão querer aprender música com a Banda 14 de Janeiro, lembrando que, para tal, basta ser sócio, o que apenas tem o custo de um euro. Sem idade limite, o presidente da direção da banda explica que, a partir dos seis anos, todos podem frequentar as aulas e os ensaios da filarmónica.

Vilar Pires e Manuel Caldes foram dois dos homenageados no decorrer da cerimónia de inauguração. Vicente Grenho lembra que estes foram quem, “durante 50 anos, transportaram este grupo de amigos que faz música nesta casa”.

Jorge Grenho, o maestro da Banda 14 de Janeiro, diz-se “muito contente” com o facto da banda estar de regresso a “casa”, depois de algumas situações complicadas. “Chegava a chover na sala de ensaios”, recorda. Neste período em que a sede esteve em obras, os elementos da banda ensaiavam no Grémio. Agora, Jorge Grenho diz “ter muitas ideias” para a banda: entre elas, reativar a Escola de Música.

A remodelação completa do prédio que alberga a sede da Banda 14 de Janeiro, representa um investimento de 432 mil euros, com 85% deste montante proveniente de verbas do Programa Operacional do Alentejo.