Iniciativa Jean Monnet financia escolas com 30 mil euros

A Comissão Europeia lançou a iniciativa Jean Monnet «Aprender sobre a UE», uma nova oportunidade de financiamento para melhorar o ensino sobre a União Europeia nas escolas, redes de escolas e formadores em ensino profissional.

As organizações interessadas podem candidatar-se “até 1 de março a uma bolsa de até 30 mil euros por um período de três anos”, segundo Ana Pereira (na foto), do Europe Direct Alto Alentejo. As atividades devem realizar-se ao longo do ano letivo e podem incluir semanas de projeto, visitas de estudo e outras atividades imersivas.

A iniciativa Jean Monnet «Aprender sobre a UE» está em destaque na edição desta semana do programa Espaço Europa, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo.

Consumo de açúcar no De Boa Saúde desta semana

A Organização Mundial de Saúde recomendou a redução do consumo de açúcares livres ou escondidos em produtos, tanto por adultos como por crianças.

A ciência pensa existir uma associação entre o consumo excessivo de açúcar e o desenvolvimento de cancro. No entanto, o médico Pintão Antunes considera que “o tabaco é muito mais perigoso. O açúcar é perigoso se for consumido em excesso, à semelhança de todos os produtos que ingerimos. Quanto ao tabaco, basta um cigarro para fazer mal”.

De acordo com esta entidade, o consumo diário de açúcar deveria ser apenas de 50 gramas por pessoa. A maioria dos portugueses consome 84 gramas por dia.

O consumo de açúcar é o tema da edição desta semana do programa De Boa Saúde, com Carlos Falcato e o médico Pintão Antunes.

Consulta pública da ZEC de São Mamede no “Ambiente em FM”

A Zona Especial de Conservação (ZEC) de São Mamede, que inclui todo o Parque Natural da Serra e toda a faixa que vai ao longo da fronteira com Espanha, nos concelhos de Elvas, Campo Maior e Arronches, esteve em consulta pública.

Esta consulta pública contou com um parecer da Quercus que, de acordo com José Janela, membro desta associação ambientalista, “está bem elaborado”, até porque no documento estão assegurados os interesses ambientes “mais sensíveis”. No entanto, a Quercus apresentou algumas sugestões de melhoria, como “aumentar em 20% a área de habitat de algumas espécies ameaçadas”.

A Quercus “também sugeriu condicionar, a parecer favorável da Autoridade Nacional para a Conservação da Natureza, a modificação do coberto vegetal resultante da alteração entre tipos de uso agrícola (nomeadamente de sequeiro para regadio) e entre tipos de uso florestal, que abranja áreas contínuas superiores a três hectares, considerando-se continuidade as ocupações similares que distem entre si menos de mil metros, isto porque tem havido a uma instalação excessiva de olivais superintensivos, por exemplo”, adianta José Janela.

“Também propusemos acrescentar uma medida regulamentar: condicionar, a parecer favorável da Autoridade Nacional para a Conservação da Natureza, a utilização de herbicidas glifosato ou de síntese nas valetas das estradas, utilizando-os apenas para a eliminação de espécies exóticas, porque tem havido uma grande utilização, por vezes excessiva de herbicidas, que põe em causa a saúde das pessoas e também os ecossistemas”, revela o ambientalista, na edição desta semana do “Ambiente em FM”.

DiscoverEU: 1400 jovens portugueses vão viajar pela Europa

A Comissão Europeia já atribuiu os passes do DiscoverEU aos jovens que se candidataram para o interrail que vai decorrer entre Março deste ano e Fevereiro de 2023.

“Cerca de 1400 jovens portugueses foram selecionados para participar, sendo que em toda a Europa são cerca de 60 mil os jovens que poderão usufruir desta oportunidade”, de acordo com Ana Pereira (na foto), do Europe Direct Alto Alentejo.

A viagem pode ter a duração máxima de 30 dias, sendo que o período para descobrir a Europa é entre Março deste ano e Fevereiro de 2023.

Os resultados do programa DiscoverEU estão em destaque na edição desta semana do programa Espaço Europa, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo.

Cancro da próstata no “De Boa Saúde” desta semana

O cancro da próstata é o mais frequente nos homens, em Portugal, sendo que o seu diagnóstico precoce pode ser decisivo para ultrapassar a doença.

Só no país, os dados apontam para existam mais de seis mil novos casos por ano, tratando-se do tumor com maior prevalência no sexo masculino, inclusivamente acima do cancro do cólon e reto e do pulmão. Segundo Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, este, como qualquer outro, é um cancro curável, se detetado a tempo.

Há dois exames essenciais ao diagnóstico: toque rectal (palpação da próstata para detetar a existência de nódulos ou áreas irregulares, com consistência dura); e análise do PSA (antígeno específico da próstata). Depois, podem ser necessários métodos de diagnóstico complementares, como Ecografia da Próstata Transrectal, Ressonância Magnética Nuclear (RMN) ou Tomografia Computorizada (TAC). A confirmação do diagnóstico depende sempre dos resultados da biópsia prostática.

Este tipo de cancro tem a particularidade de evoluir de forma silenciosa. Os doentes, em muitos casos, não apresentam qualquer sintoma durante a progressão do tumor, sendo que as queixas já só surgem em estados avançados da doença.

O cancro, explica ainda Pintão Antunes, surge devido a uma anomalia nas células glandulares. Em situações normais, as células crescem e dividem-se para formar novas células. Umas morrem e são substituídas por novas. É assim o ciclo de vida celular considerado normal. No cancro, este mecanismo sofre alterações.

Em determinada altura, e por razões desconhecidas, as células tornam-se mais agressivas devido a alterações ou mutações no seu ADN. Começam a multiplicar-se de forma descontrolada e a um ritmo mais elevado do que as restantes células da próstata. Por outro lado, as células velhas e doentes não morrem, acumulando-se no órgão e dando, assim, origem ao tumor.

Impacto das espécies invasoras nos ecossistemas em destaque no “Ambiente em FM”

As espécies invasoras, que normalmente são exóticas, ameaçam a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas, e podem inclusive ter impacto ao nível económico.

No programa “Ambiente em FM” desta semana, José Janela da Quercus explica o que são estas espécies e de que forma afetam os ecossistemas, adiantando que “as espécies invasoras são exóticas, mas nem todas as espécies exóticas são invasoras”.

Para além de serem exóticas, que vêm de outros ecossistemas, de outras regiões e mesmo de outros continentes, para se considerarem invasoras, têm de ter outras características como: “conseguir reproduzir-se no local, afastam as outras espécies que são as autóctones, têm de ter elevadas densidades e transformam os habitats, ou seja, impedem as outras espécies de se desenvolver”.

No caso dos jacintos de água doce, presentes no Rio Guadiana, é um espécie invasora queimpedem que a luz solar passe para as plantas aquáticas, o que afeta os peixes. Há também espécies animais que são invasoras, como o lagostim-vermelho-da-Louisiana, nativo do sul dos Estados Unidos e do nordeste do México. Esta espécie é omnívora, alimentando-se tanto de plantas aquáticas como de moluscos, insetos e mesmo alguns peixes, revela José Janela.

O ambientalista acrescenta que além de o Lagostim ser responsável “por extinções regionais e globais de espécies um pouco por todo o mundo, é também responsável pela degradação dos habitats que invade. Com as alterações climáticas está a consumir menos insetos e animais aquáticos e come mais vegetação aumentando o seu impacto na vegetação aquática e nos arrozais”.

Relativamente aos impactos económicos causados por estas espécies, o ambientalista explica que com “os jacintos de água doce já se gastaram milhões de euros”, para os limpar.

O impacto das espécies invasoras é o tema em destaque esta semana no programa “Ambiente em FM”, desta semana.

Programa da UE permite intercâmbio entre funcionários de empresas

A Comissão Europeia lançou um programa que permite, aos funcionários, assim como proprietários e gestores, de empresas de todos os estados membros da União Europeia, assim como da Islândia, Noruega, Albânia, República da Macedónia, Montenegro, Sérvia e Turquia, realizarem intercâmbios, entre si.

Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo adianta que este programa é dirigido “a micro, pequenas e médias empresas, havendo a possibilidades de um profissional liberal ou freelancer estão incluídos, nas mais diversas áreas”.

Estas entidades devem registar-se no portal próprio para o intercâmbio, e há um ponto de contacto nacional que faz de intermediário que dá apoio às empresas. Este programa não tem data limite e  os intercâmbios entre funcionários devem ter a duração entre um a seis meses, com uma bolsa que pode ir até 1.100 euros por mês, para as viagem e estadia, havendo uma bolsa suplementar para pessoas com algum tipo de deficiência

Ana Pereira revela ainda quais os objetivos deste programa de intercâmbio. “É objetivo colocar as empresas a falar umas com as outras, ajudá-las a ter novas práticas de pesquisa de mercado e estratégias de marketing, possibilidade de juntas desenvolver novos produtos em conjunto, havendo um leque muito amplo de atividades”.

As empresas devem continuar a honrar os seus compromissos contratuais e salariais para com os seus funcionários.

Pode encontrar mais informações sobre este programa aqui.

O Programa da União Europeia que permite intercâmbio entre funcionários de empresas é o tema em destaque esta semana no programa “Espaço Europa”.

Doenças respiratórias não Covid mataram 36 pessoas, por dia, em 2019

O Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR) divulgou o Relatório de 2020, que faz uma análise da realidade da doença respiratória em Portugal em 2019.

De acordo com estes dados, em Portugal, morreram 36 pessoas por dia devido às doenças respiratórias não-COVID.

O médico Pintão Antunes explica que “as doenças crónicas respiratórias obstruem os brônquios e dificultam a oxigenação das células, o que vai provocar danos em todos os órgãos”.

As doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas de mortalidade, não só em Portugal como também a nível mundial. Em 2018, estas doenças foram responsáveis por 13.305 mortes, em Portugal.

Conceito de Ciência Cidadã em destaque no “Ambiente em FM”

Cada vez mais os cidadãos podem ser cientistas amadores e contribuir para o conhecimento da natureza, pelo que no “Ambiente em FM”, desta semana José Janela fala sobre o conceito de Ciência Cidadã.

Este conceito, e segundo explica o ambientalista, “é um tipo de ciência baseada na participação informada, consciente e voluntária, de cidadãos que geram e analisam dados, partilham o seu conhecimento e discutem e apresentam os resultados. Por exemplo podem identificar e divulgar os seres vivos que estão presentes numa determinada área”.

José Janela esclarece como é que as pessoas podem participar em projetos de Ciência Cidadã, ou seja, “com as tecnologias de informação e comunicação é bastante simples, pelo que pode ser através do computador ou também de aplicações de telemóveis. Por exemplo, a aplicação inaturalist permite que se fotografe um determinado ser vivo e, quando se estiver ligado à Internet, a aplicação apresenta uma sugestão de identificação, que é bastante fiável. A pessoa pode aceitar essa sugestão. Mas para ser validada é necessário que outra pessoa confirme a identificação. Assim há uma maior exatidão”.

Para validar uma observação existe a colaboração de várias pessoas, que podem mesmo não se conhecer, porque esta aplicação para telemóvel ou para computador assim o permite, ou seja “as pessoas até podem estar em países diferentes e falar línguas diferentes, mas estão a participar numa atividade comum de ciência cidadã. O nome científico de uma espécie é o mesmo em todo o mundo e por isso é fácil entenderem-se. É uma linguagem universal”.

O conceito e os projetos relativos à Ciência Cidadã estão em destaque esta semana no programa “Ambiente em FM”.

Proposta de legislação para combate à ciberviolência no “Espaço Europa”

O Parlamento Europeu tem vindo a apelar à adoção de medidas de combate à ciberviolência contra as mulheres, sendo que a Comissão Europeia já se mostrou interessada e empenhada em apresentar uma proposta de legislação, sobre esta matéria, durante o primeiro trimestre de 2022.

Sete em cada dez mulheres, revela a Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, na edição desta semana do “Espaço Europa”, já foram vítimas de perseguição online, sendo que a ciberviolência pode ir muito para além disso. Através da internet, e a partir de qualquer computador ou smartphone é possível ser-se alvo de assédio, controlo, roubo de identidade, aliciamento sexual, entre outros.

As medidas de combate existentes, a este nível, nos países da União Europeia, são ainda “insuficientes e não uniformes”, adianta Ana Pereira. Assim sendo, há necessidade de uma uniformização para que se possa, não só combater, mas também sensibilizar. Para além disso, pretende-se que as autoridades dos vários países tenham uma linha de atuação comum para saberem como agir nestas situações.

O Parlamento Europeu, depois de votar com maioria, solicitou à Comissão Europeia que apresente uma proposta de legislação que venha a prevenir combater a ciberviolência com base no género.