Obesidade na infância em destaque no “De Boa Saúde”

A obesidade é um problema de saúde pública e as evidências científicas mostram que as consequências desta patologia na infância, como a hipertensão ou a diabetes, acabam por acompanhar a criança ao longo de toda a vida.

Os dados revelam que a incidência de diabetes tipo 1 entre a população pediátrica está a aumentar e a doença renal diabética continua a ser a principal causa de insuficiência renal a nível mundial.

De acordo com o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, a obesidade é “a maior calamidade da humanidade moderna e civilizacional”, até porque, lembra, em países de África ninguém é obeso.

“A grande culpa é dos pais e é do Estado, porque o Estado tinha a obrigação de criar condições para que os técnicos de saúde tivessem tempo para educar os pais, mas os pais também de ser educados e não reativos”, diz ainda o médico, que garante ainda que obesidade “arrasta” consigo a diabetes tipo 2, que, há coisa de 50 anos, “quase não existia”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, são consideradas com excesso de peso, as crianças cujo Índice de Massa Corporal está entre os percentis 85 e 97, e acima destes valores com obesidade. O sedentarismo e a alimentação inadequada são fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade, contudo ambos são possíveis de controlar.

Quercus participou na consulta pública do Plano Nacional para o Radão

A Quercus participou na consulta pública sobre a Avaliação Ambiental Estratégica do Plano Nacional para o Radão, que terminou na passada sexta-feira, dia 1.

Há já vários anos que a Quercus tem chamado à atenção, com várias iniciativas, para o problema do radão em Portugal e José Janela (na foto), da Associação Ambientalista, explica que “o radão é um gás radioativo, que se liberta do urânio, com consequências para a saúde”.

Nesse sentido, a Quercus chamou a atenção para vários aspetos que deverão melhorar, como por exemplo o facto do plano ser “muito incipiente, que admite muita falta de conhecimento sobre a situação real. Tanto assim é que a maior parte das medidas efetuadas às quantidades de radão foram feitas no âmbito da investigação. Por outro lado, os níveis de referência deveriam ter uma melhor definição, pois pode haver dúvidas na interpretação e não existe indicação de prazos para a transposição dos valores e eventuais restrições ao licenciamento e construção de habitações, de desenvolvimento previsível nos próximos quatro anos, para os Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT’s) ou dos Planos Directores Municipais (PDM’s) existentes”.

O radão e a consulta pública sobre a Avaliação Ambiental Estratégica do seu Plano Nacional estão em destaque na edição desta semana do programa Ambiente em FM; com José Janela, da Quercus.

Europe Direct faz mediação de parcerias em toda a Europa

Apesar da União Europeia proporcionar, entre outros, a livre circulação de pessoas e serviços, existem ainda alguns obstáculos ao estabelecimento de parcerias entre as várias entidades, principalmente devido à quase inexistência de canais de comunicação entre estes.

Nesse sentido, o Europe Direct Alto Alentejo procura reduzir essa lacuna, intervindo como intermediário entre as entidades que procuram parceiros para concretizar projetos conjuntos, por exemplo, a nível educacional ou cultural.

Assim, as entidades da região que procurem estabelecer parcerias podem contactar esta entidade, descrevendo o tipo de parceria que pretendem, revela Ana Pereira, técnica do Europe Direct Alto Alentejo, na edição desta semana do “Espaço Europa”.

A título de exemplo, Ana Pereira dá a conhecer um pedido de parceria, feito por professores de uma escola da Galiza, que procuram escolas e jardins de infância desta região, que queiram participar num intercâmbio, com vista ao desenvolvimento de um projeto, que tem por base juntar crianças dos três aos setes anos numa mesma sala.

Os últimos pedidos de parceira recebidos pelo Europe Direct Alto Alentejo para conhecer aqui.

“De Boa Saúde”: o que fazer perante uma infestação de sarna

Com o nome científico de escabiose, a sarna é uma infestação cutânea contagiosa, transmissível, causada por um ácaro: o Sarcoptes scabiei.

A sarna, explica o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, para além de altamente contagiosa, provoca uma “comichão intensa”, o chamado prurido.

O contágio acontece através de contacto de pele com pele, como por exemplo, entre elementos do mesmo agregado familiar ou através de contactos sexuais. Pode também  acontecer também através da partilha de roupas, toalhas ou de lençóis infestados. A sarna não é transmitida por cães ou gatos.

Os sinais de sarna surgem no meio dos dedos, nos pulsos, nas axilas, à volta dos mamilos, nos genitais ou nas nádegas. À volta do umbigo também é muito comum. No caso das crianças pequenas, surgem na cabeça, nas palmas e nas plantas.

O tratamento mais eficaz da escabiose é a ivermectina oral, sendo que o tratamento tópico é feito, normalmente, durante um a três dias consecutivos, repetindo-se passadas uma ou duas semanas, uma vez que podem surgir mais ovos dos ácaros.

Toda a roupa, lençóis e toalhas usadas por uma pessoa que esteja infestada, deve ser lavada e passada a ferro, alerta Pintão Antunes.

O período médio de incubação da sarna é de aproximadamente seis semanas. A infeção espalha-se facilmente de pessoa para pessoa se não se tomar nenhuma precaução extra ou se alguém da família estiver infetado com o parasita.

Quercus propõe 20 medidas para o novo PNGR 2030

Num momento em que os temas da economia circular, descarbonização, alterações climáticas e redução da pressão no Planeta estão cada vez mais na ordem do dia, a Quercus afirma que “esperava mais firmeza”, neste Plano Nacional de Gestão de Resíduos 2030 (PNGR).

José Janela, da Associação ambientalista, explica que para melhorar a gestão de resíduos, no nosso país, é necessário “mudar algumas estratégias, principalmente ao nível da responsabilização”. O ambientalista explica que “quando há conhecimento, informação e um custo direto, as ações necessárias são tomadas, as mentalidades ajustadas rapidamente e as metas atingidas”, exemplificando com “a taxa aplicada aos sacos de utilização única, em que a taxa de utilização reduziu em mais de 80%”.

Face à análise do PNGR2030, a Quercus propõe 20 medidas que garantam “uma viragem no setor dos resíduos, em todo o seu ciclo de vida, garantindo uma maior ambição na atuação”, são elas:

  1. Limitar a colocação no mercado de todos os produtos e materiais não passíveis de reutilização ou reciclagem;
  2. Incorporar no custo dos produtos o seu impacte ambiental;
  3. Aplicar uma eco-taxa a todos os produtos colocados no mercado nacional;
  4. Criar mecanismos para garantir a incorporação de matérias-primas recicladas e a sua regulação;
  5. Definição de metas e estratégias para reduzir a incorporação de matérias-primas perigosas em materiais e produtos cuja utilização implique o contacto humano ou a produção de danos quando libertadas no meio natural;
  6. Criar e apoiar campanhas de literacia ambiental promovida pelos produtores sobre o impacte dos produtos e destino final a dar após uso, bem como sobre interpretação de rótulos dos produtos alimentares, junto dos produtores, das associações do setor da distribuição e do canal HORECA estabelecimentos hoteleiros, de restauração e similares;
  7. Limitar a aprovação de financiamentos sem o cumprimento do estipulado nos planos e políticas ambientais;
  8. Aumentar as campanhas de fiscalização e controlo, articuladas com as variações dos valores das matérias primas em bolsa;
  9. Regular a obrigatoriedade de incorporação de matérias primas recicladas, cumprindo todos os critérios de proteção da saúde e segurança, numa abordagem transversal;
  10. Fomentar a criação de canais de divulgação e dinamização para o escoamento de materiais e produtos para reutilização, como de materiais reciclados;
  11. Definir incentivos fiscais para soluções de reutilização e reciclagem;
  12. Assegurar a continuidade da política de restrição das entradas e importações de resíduos encaminhados para eliminação (aterro);
  13. Simplificar, desburocratizar e incentivar os canais de reutilização de materiais e produtos;
  14. Limitar a possibilidade da compra de produtos não sustentáveis em compras públicas;
  15. Apostar em ferramentas digitais que promovam maior informação, sensibilização e educação ambiental sobre os destinos de gestão de resíduos em Portugal;
  16. Promover respostas mais diversificadas, de proximidade e ajustadas a cada região, evitando a adoção de modelos uniformes para todo o território nacional;
  17. Garantir resposta para todas as tipologias de resíduos urbanos e não urbanos, ou outras tipologias de resíduos produzidos nas habitações portuguesas (como os resultantes da prestação de cuidados de saúde), mesmo que para isso seja necessário a articulação entre o setor público e privado;
  18. Garantir maior apoio às soluções e estratégias de gestão de resíduos fornecidas pelas autarquias e pelas entidades que tratam e dão destino aos resíduos, quer através de informação e orientação, quer apoios financeiros para outras soluções de apoio à gestão, que não seja apenas a aquisição de contentores;
  19. Garantir a uniformização dos dados resultantes da monitorização do setor entre todas as entidades do setor, públicas e privadas, de gestão e/ou regulação ou tratamento de informação;
  20. Aplicar a responsabilidade alargada do produtor também ao fluxo dos resíduos de construção e demolição (17% dos RNU) e têxteis.

Para José Janela, para conseguir este objetivo, “não podemos continuar com o mesmo modelo de consumo já ultrapassado, ou acreditar que aumentarmos a reciclagem dos resíduos sem diminuir o consumo de recursos naturais é suficiente para resolver este problema ambiental. É de facto fulcral mudar as mentalidades, não só da sociedade civil, como de todos os intervenientes na economia, e fundamentalmente nos decisores políticos locais, centrais e nacionais”.

Prémio Jacques Delors com candidaturas abertas até 14 de abril

A edição deste ano do Prémio Jacques Delors tem candidaturas abertas até 14 de abril. Trata-se de um prémio que incentiva o aparecimento de obras de investigação inéditas sobre a temática da União Europeia.

O prémio, revela Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, na edição desta semana do “Espaço Europa”, destina-se a licenciados, a título individual ou em grupo, sendo aceites dissertações de mestrado e teses de doutoramento que não tenham sido objeto de publicação, privilegiando-se, ainda, outras obras que incidam sobre temas atuais e inovadores da realidade europeia.

Os originais do trabalho candidato, que não pode exceder as 200 páginas, deverão ser enviados ao Centro de Informação Europeia Jacques Delors, em quatro exemplares, em língua portuguesa, sob pseudónimo.

O Prémio Jacques Delors contempla a edição da obra premiada e uma compensação de quatro mil euros. Todas as informações em europedirect.ipportalegre.pt

 

“De Boa Saúde”: tuberculose mata 40 mil pessoas na Europa por ano

Esta quarta-feira, 24 de março, assinala-se o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que tem por objetivo alertar a população sobre a doença e erradicá-la, por completo.

Este, que continua a ser um dos maiores problemas mundiais de saúde pública, dado que ainda hoje morrem mais pessoas por tuberculose do que por qualquer outra doença infecciosa curável.

A data deste Dia Mundial foi criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde, em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose, pelo médico Robert Koch, como revela o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”.

Em toda a Europa, há 500 mil casos de tuberculose identificados, sendo que, por ano, morrem 40 mil pessoas devido à doença. Pintão Antunes justifica estes números com “a vida promíscua” que os jovens levam e com a falta de vacinação.

Idosos, diabéticos, alcoólicos, insuficientes renais crónicos, transplantados e portadores do vírus HIV são aqueles que têm maior risco de desenvolver tuberculose, após contacto com uma pessoa contaminada.

A principal forma de transmissão é por meio da inalação de gotículas de saliva com o bacilo, que são expelidas pela pessoa contaminada, com a forma pulmonar ativa, por meio da tosse, espirro e até mesmo da fala.

Energia Nuclear em destaque no Ambiente em FM

O Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) enviou aos eurodeputados de Espanha e de Portugal uma carta para pedir que recusem a inclusão da energia nuclear, e também do gás natural, como tecnologias cujo desenvolvimento deva ser favorecido na União Europeia.

José Janela (na foto), da Quercus, explica que não concordam com esta inclusão porque “o nuclear também contribui para o aquecimento global. As emissões de gases com efeito de estufa das centrais nucleares são, em média, de 66 gramas de CO2 por kWh. Muito mais do que o contabilizado para as tecnologias renováveis para geração elétrica”.

Como alternativa à energia nuclear, a Quercus propõe “as instalações eólicas e solares fotovoltaicas, pois são a forma mais barata de produzir eletricidade. Também há experiência na dificuldade de encaixar um sistema de energia elétrica renovável e nuclear devido à baixa flexibilidade de operação dessas centrais. Por isso a energia nuclear não pode ser o suporte das renováveis”.

De acordo com a Quercus, do lado português apenas o deputado Francisco Guerreiro se solidarizou com a causa.

A inclusão da energia nuclear e do gás natural como tecnologias cujo desenvolvimento deva ser favorecido na União Europeia é o tema da edição de hoje do programa Ambiente em FM, com José Janela, da Quercus.

UE promove consulta pública sobre consumo sustentável de bens

A Comissão Europeia tem a decorrer uma consulta pública relacionada com o consumo sustentável de bens e a promoção do direito à reparação e reutilização.

O principal objetivo desta iniciativa, explica Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, é incentivar os consumidores a “reutilizarem eletrodomésticos, em vez de simplesmente os substituir, uma vez que têm um ciclo de vida cada vez mais pequeno, o que tem um grande impacto económico e ambiental, pelo que a Comissão Europeia quer promover o consumo sustentável destes bens, evitando a sua substituição, quando se avariam ou quando termina o prazo de garantia, mas também promover a sua reutilização”.

Desta forma, a Comissão Europeia pretende perceber qual a mudança necessária, a este nível, pelo que, como revela Ana Pereira, apresenta três níveis de intervenção: “uma intervenção mais leve, baseada em compromissos voluntários, por parte por exemplo dos fabricantes; uma intervenção moderada, assente na extensão dos períodos legais de garantias, em determinadas situações relacionadas com as opções dos consumidores; ou ainda uma intervenção mais forte, onde é dada prioridade à reparação em vez da substituição”.

Esta consulta quer também “sensibilizar as pessoas, uma vez que ainda há estigma em compra de bens de segunda mão, algo que noutros países, está integrado já no seu quotidiano”, acrescenta Ana Pereira.

A Consulta Pública relacionada com o consumo sustentável de bens e a promoção do direito à reparação e reutilização decorre até dia 5 de abril, e este é o tema em destaque, esta semana, no programa “Espaço Europa”.

Falta de ferro no sangue no “De Boa Saúde” desta semana

Cansaço extremo, sono frequente, tornozelos inchados, queda de cabelo, pele pálida, falta de apetite e infeções frequentes são indicadores de falta de ferro no sangue.

Estes sintomas podem surgir devido uma alimentação pobre em alimentos fonte de ferro ou como consequência de sangramentos excessivos, como hemorragias e fluxo menstrual intenso, o que faz com que exista menor quantidade desse mineral e, consequentemente, de hemoglobina.

O ferro, explica o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do “De Boa Saúde”, é um elemento fundamental do organismo, sendo que a falta dele pode resultar numa anemia.

Para confirmar a deficiência de ferro, é normalmente realizada a avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, além de ser indicada a realização de hemograma para avaliar os níveis de hemoglobina, que podem estar diminuídos.

Carne vermelha, ovo, atum, sementes de abóbora e girassol, banana, brócolos e espinafre são alguns exemplos de alimentos que ajudam a aliviar os sintomas de falta de ferro.