Prémios Europeus “Europa Nostra” com candidaturas abertas até 23 de novembro

Estão abertas as candidaturas, até dia 23 de novembro, para os Prémios europeus “Europa Nostra”.

Estes prémios, como revela Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, são considerados “os óscares do património”, uma vez que “distinguem as melhores práticas de conservação e valorização do património cultural da Europa, sendo que pode ser património material ou imaterial”.

Ana Pereira revela que estes prémios são divididos em várias categorias: “conservação e adaptação a novas utilizações; pesquisa; educação, formação e competências; envolvimento e consciencialização dos cidadãos; e campeões do património”, que pode abranger as diferentes áreas anteriores.

Estes prémios distinguem, acrescenta Ana Pereira, “os projetos que têm melhores práticas, não só na conservação, mas também na valorização, divulgação e no envolvimento dos seus cidadãos, sendo que em cada categoria há um vencedor europeu e um vencedor do grande público”.

Para cada categoria o vencedor recebe um prémio, no valor de dez mil euros.

Estes prémios destinam-se a qualquer entidade pública ou privada que esteja envolvida na valorização e conservação do património, bem como agentes no setor cultural que desenvolvam atividades nestas áreas.

As candidaturas para os prémios Europeus “Europa Nostra” estão abertas até dia 23 de novembro e este é o tema em destaque esta semana no programa “Espaço Europa”, que pode ouvir no podcast, abaixo:

Vertigens e tonturas: as diferenças no “De Boa Saúde” desta semana

As vertigens, que se definem como uma distorção do movimento do corpo no espaço, e que não consideradas uma doença, são um sintoma que pode ocorrer em diversas patologias.

Na edição desta semana do programa “De Boa Saúde”, o médico Pintão Antunes explica a vertigem que é “uma sensação de desequilíbrio”, que pode estar relacionado com “problemas de ordem circulatória, a nível do cérebro”.

A sensação de vertigem mais comum é a rotatória, mas a vertigem pode também ser uma sensação de “balançar” ou de “queda” dependendo do doente e do síndrome vertiginoso. A vertigem é muitas vezes confundida com tontura. A tontura, contudo, sendo um termo menos específico, engloba diversos sintomas, tais como fraqueza ou desfalecimento. A vertigem acaba por ser considerada uma forma particular de tontura. Quem sofre de tonturas, com regularidade, revela Pintão Antunes, “deve consultar o seu médico”.

Quando se tem vertigens, isto é, o chamado medo das alturas, o médico não tem dúvidas tratar-se “mais de uma questão psicológica, que propriamente física”.

O programa desta semana, na íntegra, para ouvir no podcast abaixo:

Projeto Argiopeople em destaque no “Ambiente em FM”

Uma equipa de investigadores, que quer identificar as populações, em Portugal e Espanha, de aranhas do género Argiope, criou o projeto Argiopeople, para o qual pede a colaboração dos cidadãos dos dois países.

José Janela, da Quercus, na edição desta semana do “Ambiente em FM”, explica, em primeiro lugar, que aranhas são estas: “as aranhas do género Araneus são conhecidas como aranhas-de-cruz por causa do desenho deste símbolo no dorso. Têm o abdómen arredondado e alaranjado e vivem em hortas e jardins, deslocando-se sobre grandes teias orbiculares. São também conhecidas como aranhas-vespa por causa das suas cores amarela, preta e branca”.

O projeto torna-se relevante no sentido em que “falta informação e investigação” sobre estas aranhas. “Para muitas regiões ainda são escassos os registos e falta ainda investigação sobre estes animais. As aranhas são imprescindíveis para o ecossistema como predadoras essenciais e controladoras de pragas. Todas as aranhas do mundo comem, em 365 dias, uma quantidade de presas equivalente a 15 vezes o peso da população da Europa, o que supõe cerca de 800 milhões de toneladas de insetos”, adianta José Janela.

Os cientistas pedem a ajuda dos cidadãos, para que lhes enviem fotografias destas aranhas. Daí o nome do projeto, que junta o nome de um dos géneros de aranhas (Argiope) a “people” (“pessoas”, em inglês). Os interessados em participar, devem enviar as fotografias destas espécies, com a data e local onde foram tiradas, para o email argiopeople@gmail.com. Estes dados serão depois inseridos numa base de dados.

O programa desta semana do “Ambiente em FM”, na íntegra, para ouvir no podcast abaixo:

Apoios do Governo são bons mas insuficientes, segundo a DECO

O Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas de apoio às famílias, à semelhança do que outros países europeus também têm feito nos últimos meses.

No total, são 2,4 mil milhões de euros que se traduzem em apoios sociais e fiscais para as famílias fazerem face à subida da inflação.

No entanto, medidas como o apoio de 125 euros por contribuinte ou os 50 euros por cada dependente até aos 24 anos, “apesar de aliviarem, de forma momentânea, o orçamento das famílias, não são suficientes face ao contínuo aumento do custo de vida”, como nos referiu a jurista na delegação do Alentejo da DECO, Neide Brás (na foto).

Desde o início do ano, as famílias têm vindo a lidar com o aumento generalizado dos preços. O cabaz de bens essenciais que monitorizamos desde o início da guerra da Ucrânia revela uma tendência crescente nos preços dos bens alimentares, algo que sucede também com os preços da água, da eletricidade, do gás e dos combustíveis.

Os apoios anunciados pelo Governos para fazer face ao aumento do custo de vida estão em destaque na edição desta semana da rubrica da DECO, com Neide Brás, jurista na delegação do Alentejo da Associação para a Defesa do Consumidor.

Portugueses são dos que menos desporto fazem em toda a Europa

Os portugueses são dos que menos praticam atividade física em toda a Europa. A conclusão é do mais recente Eurobarómetro, dedicado ao desporto, publicado pela Comissão Europeia.

Na edição desta semana do “Espaço Europa”, Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, revela que, com este barómetro, procura-se, por um lado, “apurar o nível de interesse dos europeus no desporto” e, por outro, perceber que obstáculos existem, à prática desportiva, para que possam ser colmatados.

O inquérito revela que 38% dos europeus praticam desporto ou exercício físico, pelo menos uma vez por semana, e 17% menos de uma vez por semana. Atualmente, cerca de 45% dos europeus nunca faz exercício ou participa em atividades físicas. Em Portugal, e tendo em conta a população inquirida, a percentagem de pessoas que nunca realiza qualquer atividade física ronda os 73%.

Apesar da promoção da atividade física, feita por autarquias, escolas e associações desportivas, Ana Pereira assegura que Portugal precisa, através de mais iniciativas, combater o sedentarismo.

Este, que é o quinto Eurobarómetro dedicado ao desporto e atividade física, foi lançado no âmbito da Semana Europeia do Desporto (pode ser consultado aqui).

O programa “Espaço Europa”, desta semana, para ouvir na íntegra no podcast abaixo:

Enxaqueca: o que é e como tratar no De Boa Saúde desta semana

A enxaqueca é a terceira doença mais prevalente a nível mundial e a patologia neurológica mais frequente.

“A enxaqueca é um tipo de cefaleia primária que se manifesta, sobretudo, de forma latejante e que provoca náuseas ou vómitos”, de acordo com o médico Pintão Antunes, na edição desta semana do programa De Boa Saúde,

O médico explica que os doentes que sofrem de enxaquecas “têm que andar prevenidos com medicação para tomar assim que a dor começa. Se um doente acorda com enxaqueca, dificilmente se vê livre dela”.

Estima-se que a enxaqueca afete cerca de 12% da população mundial, especialmente a partir 40 anos e em particular as mulheres.

A enxaqueca é o tema em destaque esta semana no programa De Boa Saúde, com Carlos Falcato e o médico Pintão Antunes.

Verão de 2022 foi o mais quente desde que há registo na Europa

O verão de 2022 foi o mais quente desde que há registo na Europa, de acordo com o serviço sobre mudanças climáticas do programa europeu “Copernicus”, o Programa de Observação da Terra da União Europeia.

Na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, José Janela, da Quercus, revela que as temperaturas médias registadas este verão superaram, em 0,4ºC, as de 2021, que “já eram o recorde anterior”. As temperaturas estiveram, neste verão, cerca de 1,34ºC acima da média de 1991-2020. No mês de agosto, foram “de longe as mais altas registadas, com 1,72°C acima da média de 1991-2020”.

José Janela dá ainda conta das implicações que elevadas temperaturas têm para o ambiente: “uma série intensa de ondas de calor em toda a Europa, juntamente com condições de seca invulgares, levou a um verão de extremos, com temperaturas recordes, secas e incêndios. As secas e incêndios em muitas partes da Europa afetaram a sociedade e a natureza de várias maneiras. Em Portugal tivemos grandes incêndios que foram difíceis de controlar, lembremos o incêndio da Serra da Estrela, que durou mais de uma semana, apesar de todos os meios envolvidos no combate ao fogo. A seca extrema também tem implicações na agricultura com muitas culturas afetadas”.

A qualidade do ar, com o aumento das temperaturas, também é afetada. O aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, devido às alterações climáticas, “fará com que os incêndios se intensifiquem o que levará a um aumento da poluição atmosférica, por emissões de diversas partículas, e à deterioração da qualidade do ar no futuro. Quando há muito fumo no ar devemos evitar estar expostos, pois é prejudicial para a nossa saúde”, revela ainda.

O programa “Ambiente em FM” desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo:

Aumento das taxas de juro: DECO aconselha famílias na gestão dos orçamentos

O Banco Central Europeu anunciou a 8 de setembro, pela segunda vez consecutiva, o aumento das taxas de juro de referência na zona Euro. O aumento de 75 pontos base nas taxas de juro é um valor histórico.

Os consumidores que, desde o início o ano, se debatiam com o impacto do aumento do custo de vida, vão agora enfrentar dificuldades acrescidas no cumprimento dos seus compromissos financeiros. Por isso, a DECO, e preocupada com a instabilidade das famílias, apresenta três conselhos importantes, para ajudar na gestão dos orçamentos e no cumprimento de todos os encargos.

O primeiro desses conselhos passa, como revela a jurista Neide Brás, da delegação do Alentejo da DECO, por informar a instituição de crédito das dificuldades que se enfrentam. “Os bancos estão obrigados, por lei, a acompanhar, de forma permanente e sistemática, o cumprimento dos contratos dos consumidores e a realizar as diligências necessárias para detetar eventuais indícios de risco de incumprimento”, explica. “Caso detetem sinais de risco de incumprimento, por exemplo a existência de incumprimento em outros empréstimos reportados na central de responsabilidades de crédito do Banco de Portugal, ou perante o alerta do próprio consumidor para situações de risco, como desemprego ou doença, o banco deve integrá-lo no Plano de Ação para o Risco de Incumprimento e avaliar se o mesmo tem capacidade financeira para evitar o possível incumprimento”, acrescenta a jurista.

O banco deve também “analisar a capacidade financeira do consumidor e promover a implementação de soluções que permitam a manutenção do pagamento regular do empréstimo. Estas soluções podem passar pela negociação das condições do contrato, pelo refinanciamento ou pela consolidação”.

A jurista explica ainda que o consumidor “deve participar ativamente no processo de análise da sua capacidade financeira, enviando toda a documentação solicitada e prestando todos os esclarecimentos necessários para o bom desenvolvimento de soluções”. Qualquer informação ou solução deverá “ser apresentada em suporte duradouro e resultar sempre de um acordo entre o consumidor e a instituição”.

Neste período difícil, a Associação para a Defesa do Consumidor lembra que “é fundamental pensar e repensar o orçamento familiar, avaliar cuidadosamente rendimentos e despesas e proceder a reajustes nos comportamentos de consumo”.

A rubrica da DECO desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo:

Maus-tratos a crianças, em contexto escolar, no programa De Boa Saúde

O regresso às aulas deveria ser, para todas as crianças, o regresso a um ambiente estável e seguro.

No entanto, muitas crianças enfrentam graves problemas relacionados com maus tratos e agressões, quer físicas quer psicológicas. O pessoal docente e não docente encontra-se aqui numa posição ideal para perceber quando um aluno/a está a ter problemas.

O médico Pintão Antunes considera, na edição desta semana do programa De Boa Saúde, que “o Estado tem que fazer mais para evitar problemas nas escolas, nomeadamente ter pessoas que identifiquem quem pratica os maus tratos, para que sejam encaminhados escolas onde possam ser educados”.

A identificação de maus-tratos em crianças, no contexto escolar, é o tema da edição desta semana do programa De Boa Saúde, com Carlos Falcato e o médico Pintão Antunes.

Canal “SOS Alentejo” em destaque no “Ambiente em FM”

Surgiu, no youtube, e em língua alemã, o canal “SOS Alentejo”, que demonstra preocupações ambientais.

Este canal surgiu a partir da iniciativa de Raphael Bolius, cidadão austríaco, que reside há vários anos na região de Ponte de Sor, e da sua companheira Carla Fino.

José Janela, da Quercus explica que este canal surgiu “durante a consulta pública da Barragem do Pisão, para protestar contra a sua construção e questionar como será o Alentejo daqui a dez anos”.

O ambientalista explica qual a visão destas pessoas do Alentejo, daqui a dez anos. “Partindo do que já existe e das tendências, no Canal SOS Alentejo preveem que poderá estar ainda mais coberto com monoculturas superintensivas de oliveiras e amendoeiras. Também poderá ter zonas com estufas e áreas grandes com centrais fotovoltaicas”.

O objetivo do canal SOS Alentejo estar agora disponível em língua alemã, no youtube, acrescenta José Janela, é sobretudo, “alertar os falantes de língua alemã (da Alemanha, Áustria e Suíça) o que se está a passar com a Barragem do Pisão e de como podem protestar contra a sua construção”.

O canal SOS Alentejo é o tema em destaque esta semana no programa “Ambiente em FM”, que pode ouvir na emissão às 12.45 horas e às 16.30 horas ou no podcast abaixo: