Verão de 2022 foi o mais quente desde que há registo na Europa

O verão de 2022 foi o mais quente desde que há registo na Europa, de acordo com o serviço sobre mudanças climáticas do programa europeu “Copernicus”, o Programa de Observação da Terra da União Europeia.

Na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, José Janela, da Quercus, revela que as temperaturas médias registadas este verão superaram, em 0,4ºC, as de 2021, que “já eram o recorde anterior”. As temperaturas estiveram, neste verão, cerca de 1,34ºC acima da média de 1991-2020. No mês de agosto, foram “de longe as mais altas registadas, com 1,72°C acima da média de 1991-2020”.

José Janela dá ainda conta das implicações que elevadas temperaturas têm para o ambiente: “uma série intensa de ondas de calor em toda a Europa, juntamente com condições de seca invulgares, levou a um verão de extremos, com temperaturas recordes, secas e incêndios. As secas e incêndios em muitas partes da Europa afetaram a sociedade e a natureza de várias maneiras. Em Portugal tivemos grandes incêndios que foram difíceis de controlar, lembremos o incêndio da Serra da Estrela, que durou mais de uma semana, apesar de todos os meios envolvidos no combate ao fogo. A seca extrema também tem implicações na agricultura com muitas culturas afetadas”.

A qualidade do ar, com o aumento das temperaturas, também é afetada. O aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, devido às alterações climáticas, “fará com que os incêndios se intensifiquem o que levará a um aumento da poluição atmosférica, por emissões de diversas partículas, e à deterioração da qualidade do ar no futuro. Quando há muito fumo no ar devemos evitar estar expostos, pois é prejudicial para a nossa saúde”, revela ainda.

O programa “Ambiente em FM” desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo: