Comer borrego no campo começa a cair em desuso em Campo Maior e Elvas

Em Domingo de Páscoa, a tradição é de se comer o borrego no campo, quer na Ajuda, em Elvas, quer na Enxara, em Campo Maior. Mas, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, sendo que os mais jovens, sobretudo, confessam não gostar muito desta iguaria.

José Mexia, por exemplo, acampado junto ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara, apesar de gostar, revela que, entre o grupo de amigos, mais ninguém gosta, pelo que ninguém irá comer borrego. Este domingo, para este campomaiorense, é dia dos “últimos foguetes”, até porque, amanhã, é dia de regressar a casa, muito “cansados”.

Para Nuno Aparício, o convívio que se faz, na Ajuda, é sobretudo para comer e beber, sendo o borrego “sempre tradição”. O cozinheiro de serviço, contudo, só será decidido à hora de preparar a iguaria.

Já Sara Damião garante que, entre os seus amigos e familiares, só come borrego quem gosta, que não é o seu caso. Por estes dias, conta ainda, “bebe-se sempre alguma coisinha”, até porque à noite faz frio: “é para aquecer”. “As saudades já eram imensas e este ano ainda viemos com mais força”, comenta ainda, depois de, nos últimos dois anos, estas romarias não se terem realizado, devido à pandemia.

Borrego, acompanhado de grão, contudo, é sempre uma tradição presente no seio do grupo de André Latoeiro e de António Morais, na Enxara. Daniela Fernandes, por sua vez, garante que o borrego só se comia, no campo, quando os mais velhos também iam, por esta altura, até ao campo.

Na Ajuda, no seio do grupo de Nuno Munhão, não há borrego, este domingo de Páscoa, até porque “a maioria não gosta”. “É a tradição e muitos acampamentos aqui, de certeza, que têm borrego”, remata.

Dia Mundial da Voz celebra-se em Portugal graças a médico

Dia Mundial da Voz celebra-se hoje, dia 16 de abril, uma data que tem como objetivo alertar para a importância da voz e dos cuidados a ter para preservá-la.

A voz humana resulta da vibração das cordas vocais situadas na laringe, provocada pela passagem do ar que vem dos pulmões. Isto provoca um som que depois é transformado em fala pelos órgãos de articulação, como a língua e é modificado e ampliado pelas cavidades de ressonância como a boca, tudo sob o controlo cerebral.

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Para assinalar este dia, a médica Dulce Montes, especialista em otorrinolaringologia, neste serviço do Hospital do Espírito Santo de Évora explica que este é um dia que “já é comemorado há muitos anos”, tendo sido trazido para Portugal, “pelo professor Mário Andreia, do Hospital Santa Maria, em 2003”. A celebração deste dia tem como objetivo prevenir e alertar para problemas relacionados com a voz, sendo que, a especialista realça que “uma rouquidão, mesmo que seja uma criança, que dure mais de quatro semanas” é um sinal ao qual se deve estar atento.

Sempre que o problema for relacionado com a voz, tal como explica Dulce Montes, “devem ser vistos por um especialista, neste caso o otorrino, o médico que tem competência para fazer uma laringoscopia”, acrescentando que após ser feito o diagnóstico, o utente é encaminhado para terapia da fala “porque assim vai ser feito um plano, que vai permitir consciencialização e perceber o que é que está a fazer de errado”.

Por vezes, há comportamentos que não são notados, ou são desvalorizados, em relação à voz, “como por exemplo “gritar muito, falar muito alto durante um período muito prolongado”, sendo depois necessária terapia para corrigir esses problemas. A especialista admite que “é muito difícil pedir a uma criança para não gritar”, no entanto, é possível ensinar “estratégias para usar a voz sem prejudicar cordas vocais”.

Para melhorar mais rapidamente é essencial que seja feito um “trabalho em equipa, o médico faz o diagnóstico clínico, das cordas vocais”, aliando-se à terapia da fala e aos familiares do utente que sofre desta condição.

O dia Mundial da Voz que se celebra hoje e que pretende sensibilizar para temas como a falta de cuidados em relação à voz.

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Chef de Sousel cria prato para a Terras do Borrego’22

Foto: Convento Do Espinheiro

Quem visitar Sousel, bem como os restantes municípios do Alto Alentejo, até ao dia 24 deste mês, pode degustar, nos mais de 100 restaurantes aderentes, pratos à base de borrego, como é o caso do Assado lento de borrego com acelgas, confecionado pelo chef Jorge Peças (na foto), natural de Sousel.

Luís Rosinha, presidente da câmara de Campo Maior, valoriza a integração “de todos os municípios neste projeto que dá destaque aos produtos endógenos da região, como é o caso do borrego”.

De acordo com Martinho Azinheira, vice-presidente da câmara municipal de Alter do Chão, a vila tem um prato bastante característico feito à base de borrego: “temos a tradição do ensopado de borrego com arroz amarelo, uma vez que leva açafrão, e é confecionado, sobretudo, na altura da Páscoa”.

Esta quinzena gastronómica irá ocorrer todos por altura da Páscoa, com o intuito de apoiar a economia local e contribuir para o desenvolvimento turístico de Sousel e da região.

Feira do Queijo “é positiva para a freguesia, concelho e pessoas” diz António Anselmo

A Feira do Queijo em Rio de Moinhos foi inaugurada esta manhã de sexta-feira, 15 de abril, nesta freguesia do concelho de Borba, onde decorre até domingo, 17 de abril.

António Anselmo, presidente Câmara de Borba afirma que é um “orgulho” trazer o certame para Rio de Moinhos e, promover o que de bom há no concelho. O autarca acredita que “a festa vai correr bem, para a freguesia de Rio de Moinhos, para o concelho de Borba e principalmente, para as pessoas”.

O evento abriu com desfile de crianças, bem como alguns grupos musicais. Um desses grupos foi o Rancho Folclórico da Casa da Cultura da Orada, e um dos membros, Paulo, explica que costumam participar sempre neste tipo de eventos culturais, para “ajudar naquilo que seja possível e a Feira do Queijo é um exemplo disso”.

A Oficina da Criança promoveu o desfile infantil, com ovelhas em cartão, numa recriação da arte de fazer queijo, como explica Maria João, deste grupo.

Também o Grupo dos Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho desfilou na abertura do certame, com 22 elementos. O presidente do grupo, Francisco Galhós, refere que esta é a primeira vez que desfilam em Rio de Moinhos, sendo que “é uma grande alegria” voltar a este tipo de iniciativas, revelando ainda que os chocalheiros são “uma tradição muito antiga”.

A Feira do Queijo conta ainda hoje às 15 horas, com o colóquio “O leite e o queijo na saúde”, numa organização da Associação Borba Compassiva. Às 16.30 horas, espetáculos com Flash Dance e artistas de Rio de Moinhos (poetas populares e artistas). Às 18.30 horas, espetáculo os Garridos e convidados, no âmbito do projeto Cante Alentejo, da AssociArte e Comunidade Intermunicipal de Alentejo Central.

Às 21.30 horas, Procissão do Enterro do Senhor, pelas ruas de Rio de Moinhos, numa organização da Paróquia de Rio de Moinhos. Às 22.30 horas, espetáculo com Vítor Noruegas, numa organização do Grupo Recreativo e Cultural das Festas de São Tiago de Rio de Moinhos. E, à meia-noite, começa a Noite Jovem, com o DJ S-Silva e Layer ’00, numa organização do Grupo Recreativo e Cultural das Festas de São Tiago de Rio de Moinhos.

Mais 70 casos Covid registados na última semana em Campo Maior

Campo Maior registou, desde o passado sábado, 9 de abril, até hoje, 15 de abril, 70 novos casos de Covid-19 e 72 recuperações da doença.

No concelho, encontram-se ativos 61 casos de infeção.

Desde o início da pandemia, Campo Maior registou 2.933 casos positivos, 19 óbitos e 2.853 altas.

Procissão de Nossa Senhora de la Soledad em Badajoz

A Procissão de Nossa Senhora de La Soledad percorreu ontem, quinta-feira, 14 de abril, as ruas de Badajoz. Uma cerimónia inserida nas comemorações da Semana Santa da cidade pacense.

O Arcebispo D. Celso, refere que, nesta procissão “toda a comunidade saiu à rua”, uma vez que se trata da padroeira de Badajoz, demonstrando “a confiança nela e na sua proteção”.

Já o Alcaide de Badajoz, Ignacio Gragera refere que esta semana santa “é o reencontro, entre todos, depois de dois anos sem a poder compartilhar e da celebrar”, com as ruas cheias de pessoas, por isso este é “um dia de grande festa em Badajoz”.

Ignacio Gragera acrescenta que estas manifestações religiosas da Semana Santa são bastante atrativas e atraem sempre muitos turistas até à cidade pacense. “Estas manifestações religiosas, da Semana Santa, tem relevância nacional e atraem muita gente que nos quer visitar, nestas dadas, e acima de tudo é algo que Badajoz pode mostrar a nível turístico, sendo uma grande aposta da cidade e vamos continuar a potenciá-la, para que a cada ano, possamos atrair cada vez mais visitantes e turistas a Badajoz”, remata o alcaide.