“Não foi anulada a decisão positiva que travou o avanço da Barragem do Pisão”, garantem ambientalistas

Dando conta que as notícias que vieram recentemente a público, relativamente ao facto do Tribunal de Castelo Branco ter revertido a decisão de anular Declaração de Impacto Ambiental da Barragem do Pisão, as associações ambientais envolvidas no processo – GEOTA, QUERCUS, LPN e ZERO, garantem, em comunicado, que a informação é falsa.

Lembrando que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) e os municípios de Portalegre e de Fronteira recorreram da decisão, as associações ambientalistas asseguram que “ainda não houve mais nenhuma sentença em relação ao assunto”.

O comunicado para ler na íntegra:

“Não foi anulada a decisão positiva que travou o avanço da Barragem do Pisão! (Ao contrário das notícias que têm circulado na comunicação social).

Foram, desde quarta-feira, dia 30 de abril, publicadas na comunicação social notícias que avançavam que “o Tribunal de Castelo Branco (TAF) deu razão aos ambientalistas e anulou a Declaração de Impacto Ambiental, travando o projeto. A APA recorreu da decisão e o mesmo tribunal acabou agora por revertê-la.” O conteúdo dessa notícia não é correto!

A Declaração de Impacto Ambiental (DIA) foi anulada por sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco (TAFCB), em janeiro de 2025, que condenou a APA – Agência Portuguesa do Ambiente – a averbar no TUA (Título Único Ambiental de setembro de 2022) a sentença de anulação.

No seguimento, a APA, a CIMAA, os municípios de Portalegre e de Fronteira recorreram da decisão. As associações ambientais envolvidas no processo – GEOTA, QUERCUS, LPN e ZERO – apresentaram as contra-alegações em abril de 2025.

O TAF de Castelo Branco, em despacho de 30 de abril de 2025, ordenou que o processo fosse para o Tribunal Central Administrativo Sul (TCA Sul) para conhecimento dos recursos sem anular a decisão que deu razão às ONGA na Barragem do Pisão. De facto, ainda não houve mais nenhuma sentença em relação ao assunto.

Estas ONGAs, aliás como parte da sociedade civil, felicitaram a coragem da entidade judicial em colocar os interesses ambientais nacionais e comunitários de especial relevância à frente de outros interesses. Lembramos que vão ser investidos fundos europeus significativos num projeto que não respeita as estratégias e legislação fundamentais europeias, como a Estratégia de Biodiversidade, a Diretiva Quadro da Água, o Regulamento do Restauro da Natureza e o Regulamento do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR). Estão em causa danos ambientais significativos e irreversíveis, sem que sejam expectáveis benefícios públicos significativos. A situação mantém-se!

Aguardamos, serenamente, a sentença que será proferida na nova instância do TCA Sul e iremos agir em conformidade.”

CURPI de Campo Maior organiza passeio a Nazaré e Fátima

A CURPI de Campo Maior está a organizar uma excursão até à Nazaré, no próximo dia 10 de maio. No percurso todos os associados podem desfrutar, durante a manhã, de um passeio na vila, e a seguir ao almoço, o rumo será Fátima. As inscrições e respetivos bilhetes para o transporte já se encontram esgotados. 

“Com o bom tempo que está aparecer, decidimos fazer o nosso primeiro passeio”, começa por assegurar Anselmina Caldeirão, presidente da instituição. Este passeio, uma vez próximo do dia 13 de maio, “para todos os associados” começa “na Nazaré, onde vai ser o almoço, e depois, na parte da tarde, o destino será a Nossa Senhora de Fátima (Santuário de Fátima) ”, acrescenta Anselmina Caldeirão.

Anselmina Caldeirão acredita que este “vai ser um dia bem passado e em boa companhia”, com partida às 7h de Campo Maior e chegada à vila às 21h. “As pessoas estão ansiosas por dar um passeio, queremos começar a dar as nossas voltinhas, estes passeios são proporcionados pela CURPI, tendo em conta que é um grupo também da academia sénior”, conclui.

Município de Arronches já aderiu à BiblioLED

O Município de Arronches, através da Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Alto Alentejo, já aderiu à BiblioLED, uma biblioteca pública para Leitura e o Empréstimo Digital que presta um serviço de empréstimo gratuito de livros digitais e audiolivros disponibilizado através das bibliotecas municipais aderentes que integram a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.

Para utilizar este serviço, o interessado deverá estar inscrito na Biblioteca Municipal de Arronches ou numa outra biblioteca aderente pertencente à Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, ter um endereço de e-mail ativo, ter um equipamento de leitura compatível, tais como computador, tablet, telemóvel e/ou leitor de livros digitais (e-reader) e acesso à internet.

Com este novo serviço pretende-se fomentar os hábitos de leitura, promover serviços de qualidade nas bibliotecas municipais da RNBP, incentivar a literacia digital e facilitar o acesso gratuito, acessível e fácil a livros digitais e audiolivros, em complemento ao serviço presencial oferecido pelas 445 bibliotecas que integram a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas.

O catálogo de títulos da BiblioLED é constituído por uma coleção nacional disponibilizada a todas as bibliotecas aderentes da RNBP e por 25 coleções regionais apenas acessíveis em cada Rede Intermunicipal e Rede Metropolitana.

Para mais informações consulte a página do serviço em https://aa.biblioled.gov.pt/ ou contacte a Biblioteca Municipal de Arronches presencialmente ou através do contacto 245 580 080.

Presente na Ovibeja, ERT do Alentejo promove-se ao mesmo tempo nos Estados Unidos, Irlanda e Inglaterra

A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo tem estado representada na Ovibeja, ao mesmo tempo que está presente, em simultâneo, nos Estados Unidos, na Irlanda e em Inglaterra.

“Estamos aqui na Ovibeja, com o nosso stand, mas estamos em mais três latitudes. Estamos num roadshow, nos Estados Unidos, com ações que estão a correr muito bem em San Diego, Los Angeles e Boston, para 75 buyers, com uma excelente resposta àquilo que o Alentejo está a apresentar”, começa por referir o presidente da ERT, José Manuel Santos.

Por outro lado, a ERT está a participar num outro roadshow em Dublin, na Irlanda. “O mercado irlandês é um mercado que, não tendo muito peso no Alentejo, está a crescer”, assegura o responsável, dando ainda conta que, em Inglaterra, a ERT faz-se representar no Atlas Decination, um evento para profissionais, onde fez já uma apresentação “muito direcionada para o turismo de natureza”.

“É uma boa semana de promoção do Alentejo, internacionalmente, mas também aqui no mercado interno, com a promoção na Ovibeja”, remata José Manuel Santos.  

CROA de Elvas foi alvo de obra de ampliação e requalificação

A Câmara Municipal de Elvas concluiu, recentemente, a obra de ampliação e requalificação do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROA).

Com boxes maiores, para dar outras condições aos animais aos cuidados do centro, a intervenção incluiu também a criação de novas salas para a prestação de cuidados, bem como de espaços para proteção sanitária.

De acordo com o presidente da Câmara, Rondão Almeida, em causa está um investimento de cerca de 200 mil euros. “Tal como eu prometi, e não é por acaso que a própria associação Amigos do Animais está satisfeita, deduzo eu, a Câmara Municipal fez este investimento para criar melhores condições para os animais”, assegura o autarca.

“Neste momento, as boxes já são muito mais largas, para que os animais possam ter mais espaço. Foi também criado um espaço laboratorial, onde existem todas as condições para que o corpo clínico – e estou-me a referir tanto ao veterinário da Câmara Municipal de Elvas e aos professores veterinárias da Escola Superior de Biociências – possa servir-se dessas instalações para que possa prestar todos os cuidados clínicos aos nossos cãezinhos”, acrescenta Rondão Almeida.

O autarca garante ainda que o município tem ido sempre ao “encontro das preocupações de quem gosta dos animais”. “Trabalhando, depois de ouvir as pessoas, é ir ao encontro das suas necessidades”, remata.

Tim e “Para Sempre Marco” na Feira Nacional da Olivicultura em Campo Maior

O regresso da Feira Nacional de Olivicultura a Campo Maior promete marcar o mês de maio na vila. A animação musical do evento, no dia 23 de maio, vai estar a cargo de Tim & Emsemble Ibérico, num espetáculo que contará com a participação do Projeto de Formação de Música do Município de Campo Maior, e no dia 24 de “Para Sempre Marco”. Para dia 25 está marcado o Encontro Nacional de Folclore.

Não tendo dúvidas de que o certame, a decorrer entre os dias 22 e 25 de maio, será muito importante para Campo Maior, o presidente da Câmara, Luís Rosinha, revela que a autarquia, juntamente com o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAL), a entidade organizadora do evento, está, por esta altura, a ultimar preparativos.

“Eu acho que vai ser muito interessante para a nossa vila, porque vai ser, nesse fim de semana, o centro nacional daquilo que é a olivicultura do nosso país. Vamos ter aqui muita gente importante, do ponto de vista agrícola, que também estará presente nos painéis”, revela o autarca.

“Teremos também o Congresso Nacional do Azeite, que valorizará aquilo que é a produção nacional por todo o país, brilhantes espetáculos musicais. Vamos ter um fim de semana cheio de cor”, diz ainda Luís Rosinha.

Para além da sua componente de exposição, a Feira Nacional de Olivicultura é também um importante espaço de debate e reflexão acerca do setor, algo que se irá refletir na realização da edição deste ano do Congresso Nacional do Azeite. O evento decorre em espaços como o Jardim Municipal, a Praça Multimodal e o Centro Cultural de Campo Maior.

Durante o apagão tudo deixou de funcionar, menos o rádio a pilhas. Saiba porque funciona a rádio quando tudo o resto falha?

Às 11 horas e 33 minutos de segunda-feria, 28 de abril, a Península Ibérica ficou sem eletricidade. De imediato todos os equipamentos a eletricidade, sem baterias ou UPS (Uninterruptible Power Supply, em inglês e que permitem com uma bateria fornecer temporariamente energia) ficaram sem funcionar.

Lentamente as UPS ficaram sem carga e minutos depois, em alguns casos já perto o meio dia, tudo ficou mesmo apagado. Tudo…, menos a rádio. Em Elvas, as lojas de proprietários chineses esgotaram os rádios e noutros estabelecimentos foram as pilhas que desapareceram. Os hábitos hoje em dia são já de ouvir a radio, mas no telemóvel, só que sem internet, as emissões online estavam em baixo. Quem não tinha radio a pilhas, ou não tinha pilhas… foi ouvir rádio para o carro.

“A rádio foi, talvez, o sistema de comunicação mais resiliente. Voltámos ao passado“A declaração é do ministro Pinto Luz, das Infraestruturas, citado por Rafael Ascensão, do jornal ECO, a explicar porque é que o Governo apostou na rádio para comunicar uma vez que “as redes de telecomunicações estavam em baixo”. Na verdade senhor Ministro, a rádio foi mesmo o único meio de comunicação que manteve a informação em permanência, sem interrupções.

Sem eletricidade. Telemóveis sem rede, internet sem conexão, televisões desligadas. E, de repente, a pergunta: como é que nos mantemos informados?

Num trabalho da CNN, a jornalista Marta Coropos Carvalho, responde à pergunta: Porque continuaram a funcionar os rádios a pilhas?

“A resposta não veio dos algoritmos nem das grandes plataformas. Veio do passado. Ou talvez nunca tenha saído do presente. Num mundo ultradigital, foram os pequenos rádios a pilhas, esquecidos numa prateleira ou no fundo de uma gaveta, que mantiveram viva a comunicação e que não nos deixaram sozinhos. Mas qual é a explicação que está por detrás disto?

Manuel Pereira Ricardo, diretor do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, explica que a chave está na simplicidade tecnológica, “um rádio a pilhas só recebe. Gasta pouquíssima energia, apenas o necessário para desmodular e decodificar o sinal de voz. O consumo é tão baixo que pode funcionar durante 50 horas ou mais. Se só for usado para ouvir os noticiários, dura dias ou até semanas”, disse o especialista à CNN Portugal.

Enquanto isso, o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) e as principais operadoras móveis ficaram comprometidos.  “A bateria de um sinal do SIRESP ou de um terminal 5G consome muita energia. Estão sempre ativos, com receção e emissão constante, e exigem uma rede complexa e densa que não resiste bem a falhas prolongadas de energia”, observa Manuel Pereira Ricardo.

As infraestruturas também contam – e muito. Enquanto a cobertura móvel exige milhares de pequenas antenas distribuídas por todo o território, a rádio funciona com “meia dúzia” de grandes emissores estrategicamente colocados.

“A Antena 1, por exemplo, tem transmissores de 10 a 50 quilowatts, instalados em locais muito bem localizados como o Monte da Virgem ou Monsanto. Cada um cobre áreas vastíssimas. São projetados para resistir, com geradores permanentes que entram em ação automaticamente em caso de falha elétrica”, aponta. O sistema FM cobre o país com cerca de 50 antenas, o SIRESP tem cerca de 500, as redes móveis mais de cinco mil. Perante uma falha como a de segunda-feira, manter todas operacionais é logisticamente quase impossível, sublinha o professor.

“Quando estas antenas ficam sem energia, conseguem funcionar durante algum tempo, mas ao fim de meia dúzia de horas, um operador de telecomunicações não tem possibilidade de ‘correr’ a estas antenas todas e manter a cobertura”, esclarece o especialista. 

O sistema que resiste quando tudo falha

Para Luís Bonixe, professor e investigador na área da rádio, o apagão veio lembrar-nos que apesar de a rádio ser um meio de comunicação mais antigo e menos complexo, quando comparado com os restantes, “é resiliente em momentos de crise” e “não falha às populações” quando mais precisam.

A aparente fragilidade tecnológica do rádio é, na verdade, a sua “arma secreta”, considera o investigador, em declarações à CNN Portugal. Não depende de cabos de fibra ótica, de milhões de linhas de código ou de redes densas de antenas, mas é ele que permanece quando tudo o resto falha.

“Basta uma antena, alguns cabos e está a funcionar. Foi assim que surgiram as rádios piratas nos anos 70-80, por exemplo. Hoje, essa simplicidade garante-nos comunicação em momentos críticos”, lembra Luís Bonixe. 

Enquanto os ecrãs apagavam e o sinal desaparecia, a rádio continuava a emitir.

Para Manuel Pereira Ricardo, não há dúvidas: “Um cidadão comum tem de ter um rádio a pilhas. É absolutamente fundamental.”

“Num momento de crise, a rádio reduz o medo, reforça a coesão social e evita o caos”, concorda Luís Bonixe. “Quem ouviu rádio na segunda-feira percebeu que havia resposta, que algo estava a ser feito e isso fez diferença. Se mais pessoas tivessem ouvido, se calhar não tinham ido a correr para os supermercados e feito as filas que fizeram porque lá está, algumas pessoas estavam assustadas… e desinformadas.”

No entanto, o investigador deixa o alerta: não nos podemos lembrar da importância deste meio de comunicação só quando tudo falha. O setor da rádio precisa de apoio e de atenção constante. Não só em crises, mas todos os dias. “É preciso preservar, apoiar, investir. Temos centenas de rádios em Portugal que vivem no limite. É um setor muito esquecido no dia-a-dia e depois nestes momentos é que nos lembramos que é capaz de ser importante”, conclui. 

O artigo completo está disponível aqui

O professor Luís Bonixe, estudo a rádio também no periodo da COVID 19: “A rádio conquistou muito do seu espaço devido ao papel que desempenha em momentos de crise. Nessas alturas, as pessoas procuram informação credível de um modo rápido e a rádio tem tido ao longo da sua história a capacidade para corresponder às expectativas dos ouvintes. A sua flexibilidade enquanto veículo de informação, a possibilidade de potenciar o direto e a disponibilização da informação oralizada, são algumas das características que elevam a rádio em momentos críticos. A pandemia provocada pela Covid-19 gerou transformações na vida de todos nós e teve, naturalmente, impacto nas empresas de media incluindo, claro, a rádio.” 

Bonixe, L. (2021). Resiliência e crise – a rádio portuguesa na pandemia do novo coronavírus. Estudos em Comunicação, 32

O jornalista da Rádio Renanscença Tomás Anjinho Chagas, fez também uma peça sobre o papel da rádio no dia do Apagão:

“Vendemos tudo”: em dia de apagão, quem teve rádio foi rei. Parecia mais um dia, mas às 11h33 desta segunda-feira, a luz foi-se e trocou as voltas a toda a gente. Além das mais óbvias implicações, uma fatia importante da população procurou saber o que estava a acontecer através da comunicação social. Mas sem energia para ligar a televisão e sem internet para atualizar a informação pelo telemóvel, o que sobra? A rádio a pilhas. Quem os tinha ligou-os, quem não os tinha foi comprá-los. “Do que tínhamos, vendeu-se tudo”, confirma à Renascença, Joaquim Ramos da Costa, proprietário da “Pérola de Moscavide”, uma loja de pequenos eletrodomésticos nesta freguesia do concelho de Loures.

Joaquim fala num dia confuso, mas que evidenciou a importância de uma loja como a sua: “As pessoas vinham de todo o lado, de Lisboa, para comprar rádios a pilhas”, descreve, visivelmente satisfeitos. Ao lado tem Amândio Ramos da Costa, familiar que também trabalha na Pérola de Moscavide. “Vendemos rádios baratos, 12 ou 14 euros”, ironiza. Tivemos de fazer a pergunta: venderam mais rádios esta segunda-feira do que no resto do ano? “Sim, sim, acho que sim!”, responderam.

Dia “duro” em que venderam o único rádio

Ao virar da esquina, dentro de uma loja de conveniência, trabalha-se para repor o que os clientes levaram esta segunda-feira. Em contrarrrelógio, Kevin Georgricks vai tirando os produtos das caixas de cartão para os colocar nas prateleiras. “Foi uma situação horrível, toda a gente estava muito assustada, até eu. Eram demasiados clientes e estava tudo à pressa”, descreve.

As dificuldades, além de dar resposta, prendiam-se também com o facto de não conseguir processar pagamentos com cartão. Vendeu sobretudo baterias, velas e lanternas. E rádios a pilhas? Também vendeu, mas só um. “Não tínhamos mais, porque ninguém conseguia prever esta situação”.

Foi para o carro para ouvir notícias

Teresa Paiva acaba de pagar e coloca as pilhas que comprou na mala. “É para repor, ontem gastei-as, nas lanternas que tinha”, descreve à Renascença.

Quer ter sempre pilhas para manter o estatuto de preparada para uma próxima vez: “Tinha lá poucas, quero passar a ter mais. Penso que vai ser mais recorrente, posso estar enganada, oxalá que sim”.

Para ouvir as notícias foi para o carro, para conseguir ouvir a rádio. “O pouco que consegui tinha de ir ao carro, fui ouvindo sempre as notícias na rádio”. Para o futuro, fica o projeto de voltar ao passado: “Estou a pensar em comprar um radiozinho a pilhas”.

Pode ler o artigo completo aqui

Franceses estão a ultimar o Kit de sobrevivencia… que inclui um rádio a pilhas

O governo francês está a preparar um manual de sobrevivência para preparar a população para “ameaças iminentes”, o que inclui conflitos armados, ameaças nucleares, crises sanitárias ou desastres naturais, avança a imprensa francesa, que diz que este documento de 20 páginas será entregue a cada família ainda antes do verão.

Uma vez que o objetivo é preparar a população para os vários tipos de ameaças, algumas delas capazes de voltar a confinar as pessoas às suas próprias casas, como aconteceu com a pandemia de covid-19 e poderá acontecer com uma nova crise sanitária ou ameaça nuclear ou terrorista, este manual de sobrevivência francês aconselha ainda as famílias a criarem um kit de sobrevivência com alguns mantimentos, como seis litros de água, uma dúzia de enlatados, rádio a pilhas, pilhas, lanternas e conjuntos de primeiros socorros, incluindo medicamentos não sujeitos a receita médica, como analgésicos ou anti-inflamatórios de venda livre.

Instalação de Ana Vieira exposta no Paiol Nossa Senhora da Conceição desde este sábado

Uma instalação da falecida artista plástica Ana Vieira está exposta no Paiol de Nossa Senhora da Conceição, desde a tarde deste sábado, 3 de maio.

Trata-se da obra In/visibilidades de 2008 que foi montada no centro do Paiol e projeta uma imagem que tem na face posterior um espelho onde o visitante também pode interagir com a peça. Para além de Elvas, passou por S. João da Madeira, Braga e Guimarães, num projeto do Centro de Arte Oliva.

Uma das três curadoras deste projeto, Antónia Gaeta, disse aos nossos microfones que “o objetivo é mostrar a obra de Ana Vieira que após a sua morte não tinha sido exposta. A artista faleceu e o espólio ficou à guarda dos herdeiros, Miguel e Paula Nery e não tínhamos instruções. Foi um desafio. Começámos há três anos a estudar toda a documentação que a artista deixou sobre as instalações. Conversámos com muitos técnicos e outros curadores que trabalharam com a Ana noutros projetos e, só assim, conseguimos perceber o que falta fazer para conhecermos os trabalhos.”

Ana Gaeta Curadora da Exposição

“Tratam-se de instalações, como esta que é um vídeo, e outros eram peças de som, também há esculturas, mas basicamente eram misturas entre vídeo e instalação, num arco temporal muito vasto, de 1976 até 2016”, acrescentou a curadora que referiu ainda “em Elvas, decidimos usar apenas uma única obra, porque era aquela que melhor se adaptava ao espaço (NR: Paiol de Nossa Senhora da Conceição) e a importância é poder ver uma artista muito importante para arte contemporânea portuguesa e não só. É uma obra vídeo que exige também a participação dos visitantes”.

Este projeto “Ana Vieira: Cadernos de Montagem” tem também como curadoras Astrid Suzano e Sofia Gomes.

Ana Vieira (1940-2016) é uma das artistas mais influentes da história da arte portuguesa. Ao longo de quatro décadas, produziu um corpo de trabalho marcado sobretudo por instalações ambientes de caráter cénico e teatral, incorporando elementos e materiais (fonte: folheto da exposição)

A instalação pode ser visitada até 28 de junho, no Paiol de Nossa Senhora da Conceição, sendo necessário solicitar no Museu de Arte Contemporânea que um dos técnicos acompanhe o visitante ao local da instalação.

Agricultura do futuro com recurso a Inteligência Artificial em destaque na Ovibeja

A Ovibeja, que teve início na passada quarta-feira, 30 de abril, é, nesta sua 41ª edição, dedicada à importância da agricultura como motor de desenvolvimento sustentável face aos desafios globais e com recurso à inteligência artificial.

A cada ano que passa, a Ovibeja procura, acompanhar sempre “aquilo que é a evolução da agricultura”, começa por dizer Rui Garrido, presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, entidade responsável pela organização da feira agropecuária. “Há necessidade de produzir mais alimentos, de uma forma sustentável, porque a população do mundo não para de aumentar, mas isso requer muita imaginação, muito trabalho em conjunto e muita investigação”, assegura o responsável.

Lembrando que Portugal tem uma população muito envelhecida, Rui Garrido diz ser necessário “sangue novo na agricultura”. “É fundamental para que a renovação se dê, para que a inovação apareça. É um trabalho difícil, mas tem de ser feito”, remata.

No evento, a decorrer até amanhã, domingo, dia 4 de maio, são esperados mais de cem mil visitantes.

Romaria a Nossa Senhora da Ventosa está a decorrer na freguesia de São Vicente e Ventosa até domingo

A Romaria a Nossa Senhora da Ventosa está a decorrer até domingo, dia 4 de maio, junto à capela na freguesia de São Vicente e Ventosa, numa organização pertence à Comissão de Festas “Amigos da Ventosa”, com o apoio da Junta de Freguesia de São Vicente e Ventosa.

João Charruadas, presidente da Junta de Freguesia, assegura que esta romaria “com 30 anos, consegue apanhar sempre o dia 1 de maio”, sendo esta uma tradição que se começou “com um grupo de três amigos e que população se associou”.

Devido às condições meteorológicas adversas, foi cancelado o passeio de motos que estava previsto acontecer este sábado de manhã. Quanto à garraiada “a Comissão de Festas também ainda está a decidir se vai ser adiada ou não”. Já este domingo vai decorrer “rolamentos dos carrinhos na descida da capela e à tarde é finalizada a romaria”, conclui João Charruadas.