Mais de 80 clássicos pela Rota dos Cafés Delta

Este fim de semana foi de passeio para mais de 170 pessoas, em 82 carros clássicos, naquela que foi já a 16ª edição da Rota dos Cafés Delta.

Oriundos de toda a parte do país, no evento, que passou entre ontem, 30 de abril, e hoje, 1 de maio, pelos concelhos de Elvas, Campo Maior e Castelo de Vide, participaram automóveis desde as décadas de 30 e 40, um deles, como revela o responsável pela organização, Eduardo Cristiano, conduzido por um senhor de 90 anos, vindo de Pombal.

O evento, que Eduardo Cristiano garante ser para continuar, depois de dois anos parado, devido à pandemia, não se faz de um número excessivo de participantes, até porque, estando sozinho na organização deste passeio, procura sempre, e ainda assim, receber bem as pessoas. “Eu tive duas desistências e até podia ter telefonado a outras pessoas, mas eu não trabalho para estatísticas”, assegura, lembrando o grau de responsabilidade que carrega pelo facto do passeio ser patrocinado pela Delta.

Este domingo, e depois de uma visita ao Museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires, em Elvas, durante a manhã, a comitiva seguiu em direção a Campo Maior, onde se realiza o almoço de encerramento do evento.

Ovinos, caprinos e bovinos: cerca de mil animais na FIAPE

Com a responsabilidade da Associação de Criadores de Ovinos da Região de Estremoz (ACORE), a componente pecuária da 34ª edição da FIAPE volta a contribuir para o desenvolvimento económico e promoção turística da região.

O aumento da área de exposição e do número de expositores, face a edições anteriores do certame, resulta na participação de cerca de 160 criadores de gado, cerca de mil animais, entre ovinos, bovinos, caprinos e equinos, e cerca de três dezenas de associações do setor.

Até domingo, no Parque de Feiras e Exposição de Estremoz, neste âmbito da agricultura e da pecuária, decorrem ainda concursos de gado, para além de venda de produtos regionais, espetáculos musicais, e mostra de gastronomia tradicional.

Festas do Povo de Campo Maior em destaque na FIAPE

São mais de 400 os expositores presentes na edição deste ano, da FIAPE, entre os quais o município de Campo Maior, que como não poderia deixar de ser, no seu stand as Festas do Povo e as flores de papel, estão em destaque.

A vereadora no município de Campo Maior, São Silveirinha revela que, até ao certame, levaram o que de melhor há na vila, adiantando quais as atividades que são desenvolvidas no stand. “Trouxemos o que de melhor temos na nossa terra, viemos aqui representar o nosso Património Cultural e Imaterial, que são as Festas do Povo, com esta linda representação e vamos ter uma demonstração de decoração de pandeiretas e um workshop de elaboração de flores de papel”, diz São Silveirinha.

Desde rosas, tulipas, malmequeres, cravos há toda uma panóplia de flores de papel, no stand do município, e ainda a representação de uma entrada de uma rua engalanada, adianta uma das técnicas do município, Margarida Ganhão.

Mostrar Campo Maior a todo o mundo” é outro dos objetivos do município, revela a técnica Conceição Rodrigues.

Para o Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, Carlos Miguel, estas “apresentações são muito importantes”, considerando que “as Festas de Campo Maior são únicas no país, é um património que é nosso e da humanidade e a presença aqui só enaltece a feira e marca a representação do território, que é importante para todo o Alentejo”.

Maus-tratos na infância “não podem ser uma temática”, defende Luís Rosinha

O flagelo dos maus-tratos na infância “não pode ser uma temática” e tem de deixar de existir na sociedade. Quem o diz é o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, à margem da formação do já tradicional Laço Azul Humano, ao final da manhã desta sexta-feira, 29 de abril, no campo do Estádio Capitão César Correia, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância.

“Tem que existir este caminho, que não pode ser só feito por parte da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) – é muito mais feito pela estrutura familiar, do que propriamente por quem está fora – mas aquilo que eu retenho, deste mês intenso e com tantas atividades, é que conseguimos consciencializar, alertar e demonstrar que existe comunidade em torno destes movimentos”, adianta o autarca.

Este, diz ainda Rosinha, foi “um mês fantástico”, que chega agora ao fim, sobretudo, com “um sentimento de dever cumprido”. “Quero saudar, na pessoa da presidente da CPCJ, a professora Francisca Russo, todos os comissários, porque penso que foi um mês intenso também para eles”, acrescenta. Continuar a traçar caminho, independentemente da altura do ano, para, com um trabalho em rede, prosseguir com o trabalho de consciencialização para problemáticas como esta dos maus-tratos a crianças, será sempre o objetivo da autarquia e das entidades locais com quem ela trabalha.

Nesta atividade da formação do laço azul humano, “a mais emblemática”, uma vez que acontece em todo o país, lembra Francisca Russo, participaram cerca de 260 crianças. “São todas as crianças do pré-escolar do concelho: do Agrupamento de Escolas, da Santa Casa da Misericórdia e do Centro Educativo Alice Nabeiro”, adianta a presidente da CPCJ de Campo Maior.

Ainda antes do início da formação do laço, as crianças tiveram oportunidade de participar em algumas atividades lúdicas, iniciativas que resultam de um trabalho conjunto de várias entidades. “A CPCJ tem trabalhado muito bem em equipa, todos os comissários, e temos tido a participação e o empenho de outras entidades, nomeadamente o CLDS, o Município, a Santa Casa, Coração Delta, a Cooperativa, que também nos deu a fruta, e o Intermarché. Tem sido um conjunto de entidades e as atividades que aqui estão a decorrer saíram da comissão alargada, sendo que entre todos os comissários planeámos aquilo que seria o mês de abril”, explica Francisca Russo.

Com a chegada ao fim de abril, a presidente da CPCJ faz um balanço “bastante positivo” das atividades desenvolvidas, com vários objetivos alcançados, durante todo o mês. “As atividades têm decorrido lindamente, a mensagem tem chegado às crianças e aos adultos. Têm-se dado visibilidade a uma problemática que tem de ser encarada de vez e trabalhada”, diz ainda Francisca Russo, por mais que lembre a prevenção deverá ser feita ao longo de todo o ano.

Na próxima terça-feira, a CPCJ irá ainda fazer uma outra atividade, que promete dar outra cor e vida à Avenida Calouste Gulbenkian. Serão colocadas mantas de retalhos, nas árvores dessa avenida, que foram feitas pelas crianças das escolas públicas e privadas do concelho.

 

 

Cerca de 500 crianças formaram laço Azul Humano em Elvas

Cerca de 500 crianças dos três agrupamentos de Escola de Elvas e do Colégio Luso- Britânico formaram esta sexta-feira, 29 de abril, um Laço Azul Humano, no Estádio de Atletismo da cidade.

A iniciativa teve início com a música “Cuida de Mim”, da campanha nacional para a prevenção dos maus-tratos na infância,  interpretada por Margarida Moriano Silva e Roberto Cabral.

Este laço azul humano foi o culminar de um mês de abril repleto de iniciativas, levadas a cabo pela CPCJ de Elvas, no âmbito da prevenção dos maus-tratos na infância. Raquel Guerra presidente da Comissão, revela que “o balanço deste mês foi bastante positivo, na medida em que, quando foram planificadas estas atividades, foram pensadas em chegar a todos os anos de escolaridade”.

A presidente da CPCJ de Elvas recorda que “foi objetivo lembrar as crianças e que elas retivessem a mensagem de que é um direito ser bem tratadas, especialmente, no seio familiar”. Raquel Guerra explica ainda que as famílias não ficaram de fora destas iniciativas, através da realização do calendário dos afetos, pelo que realça, “os objetivos desta campanha do mês de abril foram cumpridos”.

“A mensagem de que devemos dar amor às nossas crianças, porque nós somos o espelho delas e, é o que elas merecem, merecem ter uma infância feliz, porque ela não volta e é um momento único, na vida de cada um”, foi retida pelas crianças e famílias, pelo que Raquel Guerra diz que “a Comissão está muito feliz, por ter alcançado esse objetivo”.

Fotorreportagem: Festas do Povo em destaque nos stands da FIAPE

As Festas do Povo de Campo Maior, elevadas no final do ano passado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, estão em grande destaque na edição deste ano da FIAPE, que decorre, até domingo, no Parque de Feiras e Exposições de Estremoz.

No stand do Município de Campo Maior, sobressaem, para além das tradicionais pandeiretas, com as quais os campomaiorenses tanto gostam de acompanhar os cânticos das tradicionais Saias, não só, mas sobretudo por altura das Festas do Povo, mas como uma grande panóplia de flores de papel: de todas as cores, tamanhos e feitios.

Algumas das imagens do stand do Município de Campo Maior para ver nas imagens abaixo:

Campo Maior celebra Dia da Dança com captação de novos talentos nas escolas

A Câmara Municipal de Campo Maior tem levado, ao longo de toda a semana, a dança às escolas do concelho, numa iniciativa que, acima de tudo, tem em vista a celebração do Dia Mundial da Dança, que se assinala hoje, 29 de abril.

Numa das sessões, conduzida pela professora de ballet nos Projetos de Formação do Município, Maria José Cid, as crianças do pré-escolar do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro tiveram um primeiro contacto com esta forma de expressão artística.

A dança, garante a professora, que já leva 30 anos no ensino, 18 deles dedicados ao ballet em Campo Maior, serve, acima de tudo, para que as pessoas possam expressar aquilo que têm dentro de si. Às crianças, Maria José Cid procurou ensinar os primeiros passos do ballet, que serve de base a qualquer outro tipo de dança, como a contemporânea. Confessa que, depois destas atividades, gostaria que mais crianças e jovens se juntassem às aulas que, no Centro Cultural, todas as semanas, leciona, garantindo que, mais que a dança, estas sessões servem com uma espécie de refúgio, onde as “coisas más” não cabem.

Dos Projetos de Formação, garante a professora, já saíram muitos bailarinos, de quem tem muito orgulho e com quem mantém contacto. Quanto aos benefícios desta forma de expressão artística, “mais que físicos são psicológicos”.

Teresa Roseiro, uma das educadoras do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, garante que sessões como esta são sempre muito importantes para as crianças, até porque, para elas, representa um momento “novo e mágico”, fora do contexto habitual de sala de aula. “A dança, pela representação das figuras e de todo o movimento que é inerente, é compreendida sempre pelas crianças”, diz ainda.

Com a iniciativa, que teve início na terça-feira, o Município de Campo Maior procurou atrair as crianças e os jovens para os Projetos de Formação, sendo que, recorda a vereadora São Silveirinha, a dança acaba por abarcar outras artes, como a música e a expressão dramática. “Acaba por ser um misto de uma série de dinâmicas e de artes. É para eles perceberem que a dança também é lúdica, que também é brincar ao faz de conta”, assegura. Para além disso, com estas atividades, a autarquia quis “retirar dos espaços convencionais a arte e levá-la, neste caso, às escolas”, remata.

Produtos regionais em grande destaque na FIAPE

Até domingo, dia 1 de maio, são muitos os atrativos para levar muita gente até ao Parque de Feiras e Exposições de Estremoz, onde decorre, desde ontem, a 34ª edição da FIAPE e a 38ª Feira de Artesanato.

As entradas, no pavilhão dedicado à pecuária, bem como no espaço onde ganha destaque o artesanato, os produtos da região bem como os stands institucionais, são, pela primeira vez gratuitas.

O evento, que conta este ano com um número recorde de expositores, contempla, para além de noites de muita música, com um vasto programa dedicado à pecuária, que inclui atividades de zooterapia para idosos, concursos de ovinos, desfile de cães e passeios a cavalo.

As imagens da inauguração da 34ª FIAPE

O Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, Carlos Miguel, inaugurou ontem, 27 de abril, a 34ª edição da Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE) e da 38ª Feira de Artesanato: um certame que, de acordo com o presidente da Câmara, José Sádio, se espera que seja o melhor de sempre.

A feira, que decorre até domingo, 1 de maio, conta com cerca 450 expositores e mais de 130 artesãos.

Quanto aos espetáculos musicais, destaque para as atuações de Calema esta quinta-feira, António Zambujo amanhã e Diogo Piçarra no sábado.

“Presente e futuro das demências” juntou profissionais da área em Campo Maior

“Pensar as Demências no presente e no futuro” foi o mote para encontro de profissionais da região, que teve como objetivo debater este tema e que decorreu esta tarde de quarta-feira, 27 de maio, em Campo Maior, onde foi também apresentado o Plano Regional para as demências da Região Alentejo.

Rosália Guerra, do Gabinete Alzheimer Maior da Santa Casa da Misericórdia, entidade organizadora, revela que “é com muita alegria” que voltam a realizar um encontro deste género, que, no fundo, “se dirige a profissionais da região que trabalham na área das demências e envelhecimento, e onde é feita uma reflexão sobre qual o caminho a seguir para continuar a cuidar bem e melhor das pessoas com demência”.

É preciso “estar à altura para cuidar de pessoas com demência, cada vez mais, dado que são doenças prolongadas, bastante desafiantes e queremos estar todos centrados naquilo que é o mais importante”, acrescenta.

Este encontro teve dois motes: por um lado a apresentação do plano regional para as demências e, por outro, discutir as boas práticas que já estão a ser levadas a cabo pelos profissionais. Tomar conhecimento das linhas orientadoras e as boas práticas, no que às demências diz respeito, é também outro dos objetivos, “mas cuidar de pessoas com demências é cuidar de pessoas; por isso, temos de estar centrados naquilo que é cuidar de uma pessoa”, remata Rosália Guerra.

Já o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, Luís Machado, revela que a instituição há muito tempo privilegia e trabalha o tema das demências, sendo um assunto “de toda a importância, está na ordem do dia, é transversal à sociedade e merece o interesse da sociedade em geral; por isso, estamos sempre que possível a chamar a atenção para ele”.

Na abertura da sessão, esteve presente a presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, Maria Filomena Mendes, que destacou a importância deste encontro, não só pelo reencontro, depois da pandemia, mas também para fazer uma reflexão e criar uma rede, entre profissionais da área das demências. “Este encontro é extraordinariamente importante, porque podemos fazê-lo já com alguma normalidade e esse é um marco a celebrar, bem com realizar estes encontros que são fundamentais para refletir, avaliar as situações e criar redes, porque no Alentejo é importante que os profissionais se encontrem também para perceberem como partilhar as boas práticas”.

Relativamente ao Plano Regional, Maria Filomena Mendes afirma que “é de todo o interesse da ARS Alentejo ter uma estratégia integrada, em todas as áreas e que se torne num instrumento de visão para o futuro, nesta área, na região, porque temos uma população envelhecida e o facto de fazermos este encontro no Alto Alentejo é muito relevante e tentar perceber, com os efeitos da pandemia, como podemos revisitar o plano que já estava elaborado e precisa de ser reavaliado, algo que está em curso, bem como nos podemos adaptar e melhorar a nossa capacidade de resposta”.

A presidente do Conselho Diretivo da ARS do Alentejo recorda que existe um instrumento importante que é o PRR, assim como envolver todas as entidades, utentes e famílias, “melhorando a qualidade da resposta, em termos assistenciais, aos doentes com demência”.

A coordenadora, na ARS Alentejo, do Plano Regional para as demências, Graça Eliseu, adiantou que este plano se assume como “o reflexo do plano nacional, sendo necessário ajustar à realidade regional, quer do ponto de vista legislativo e das capacidades dos serviços e necessidades da população. Neste momento, estão a ser feitas as adaptações e reajustes necessário, após a pandemia e uma reestruturação e capacidades de resposta dos serviços e investimento”.

Para este plano, “é necessário envolver todas as ideias e a evidência científica, com as necessidades e saber até que ponto se adequa às respostas de cada serviço, o SNS ou respostas sociais e há uma competência acrescida das entidades, para que possam confluir num interesse comum, que é dar resposta às necessidades das pessoas”, remata Graça Eliseu.

“As demências são um assunto prioritário”, revela Catarina Alvarez, da Associação Alzheimer Portugal, adiantando que em Campo Maior estar a falar sobre este tema, no arranque dos planos regionais para as demências, é muito importante, mas neste momento “é preciso criar percursos de cuidados, articulados com os vários setores de saúde o setor social e capacitar os profissionais, para dar uma melhor resposta às pessoas com esta doença”.

Já o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Luís Rosinha, destacou o importante papel da Santa Casa da Misericórdia, no concelho, no que diz respeito às demências, bem como “o grande acompanhamento e apoio prestado às famílias, um trabalho que deve ser feito com o utente, mas também com a família”, considerando “ser um enorme prazer receber esta iniciativa, em Campo Maior”.

A sessão decorreu no Centro Cultural, numa organização da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, através do gabinete Alzheimer Maior, e contou com mais de 80 profissionais na área das demências.