“Há crianças que já não regressam”, diz presidente do RCE

Luis_Carvalho_Rugby.jpgA pandemia Covid-19 veio limitar por completo a prática de desportos de equipa, como é o caso do rugby. Impedidos de competir e treinar, os clube de rugby do Alentejo temem pela continuidade dos mesmos uma vez que os escalões de formação foram bastante afetados por esta questão.

No caso do Rugby Clube de Elvas (RCE), a época terminou em março de 2020 com um mega torneio da modalidade, em três campos da cidade. Apesar das tentativas da equipa técnica em manter a dinâmica dos treinos, ainda que através da plataforma Zoom, Luís Carvalho, presidente do clube, reconhece que “muitas das crianças já não vão regressar à atividade quando a situação pandémica estiver resolvida. O único treino que temos com eles é através do computador. Se formos contabilizar os miúdos que temos, são muito menos em relação aos que tínhamos no campo. É muito tempo em que estamos parados. Nós precisamos urgentemente voltar aos treinos”.

Luís Carvalho refere que “as crianças estão a ficar muito sedentárias porque passam grande parte do tempo em casa, em frente a um computador. Ou seja, aquele ritmo da crianças ir para a rua praticar desporto, neste momento não existe. Certamente que começarão a aparecer estudos sobre esta situação mas eu penso que vamos demorar algum tempo a conseguirmos retomar a normalidade na vida destas crianças”.

Com os escalões de formação comprometidos, todos os escalões seguintes estão em risco. O presidente do Rugby Clube de Elvas garante que “mesmo no escalão sénior tem alguns problemas porque falamos de atletas que ainda dependem dos pais. E muitos dos encarregados de educação não os deixam ir treinar devido ao medo da pandemia”.

“Há miúdos que se vão perder”, considera dirigente de “O Elvas”

O Elvas criançasMilhares de crianças e jovens, um pouco por todo o país, dedicam muito do seu tempo ao futebol. Uns como passatempo, outros com objetivos de carreira, viram os seus sonhos interrompidos devido à Covid-19 e consequente proibição de realização de treinos e competições a nível das camadas mais jovens.

A atividade desportiva regular é uma das grandes recomendações quer para na manutenção da saúde física quer mental.

Uma interrupção forçada das atividades desportivas, além das implicações para os clubes, traz também consequências para os atletas, em especial os de formação, que se vêm limitados na evolução da sua aprendizagem e crescimento saudável nas idades em que se encontram.

Em Elvas, um dos clubes da terra, o Elvas Clube Alentejano de Desportos, tem na formação um dos seus pilares. Com cerca de 300 atletas, Luís Piçarra, vice-presidente para o futebol juvenil, considera que “os efeitos desta paragem são devastadores. Os miúdos estão sem praticar desportos e isto vai trazer grandes prejuízos a nível físico e psicomotor, quer a médio quera  longo prazo”.

O responsável considera que “a transição dos atletas do escalão de juniores para seniores vai ficar muito comprometida, não só a nível local mas também no futebol nacional. São duas épocas praticamente parados e os miúdos não desenvolvem o seu potencial”.

“Nós temos alguns atletas juniores que se encontram integrados na equipa sénior e, nesses casos, eles fazem treinos através da plataforma Zoom e têm todo um plano de treino semanal para que mantenham a forma física. Nos outros escalões, é muito difícil dizer a um miúdo para treinar sem competir. Os miúdos gostam é da adrenalina e da pressão do jogo. Treinar sem competir… não é fácil. A motivação dos miúdos não é a mesma”, garantiu.

Não havendo data marcada para o regresso da atividade desportiva nos escalões de formação, Luís Piçarra acredita que só deverá acontecer nos meses de julho ou agosto pelo que “esta época a competição não vai retomar. Mas também, tendo em conta os casos de infeção, seria um pouco negligente colocar em campo grupos de pelo menos 20 jogadores”.

De acordo com Luís Piçarra, “há atletas que estão desejosos de começar a treinar, Mas, infelizmente, há uma parte destes miúdos que se vai perder, principalmente nos escalões mais velhos. Creio que vamos perder muitos destes miúdos porque já começam a ter outros interesses além do futebol”.

Para os atletas que estão habituados a períodos de atividade contínua, o período de interrupção dos campeonatos poderá trazer algumas consequências menos positivas. Este cenário de pandemia mundial veio agravar ainda mais as suas consequências.

Associações de Futebol querem desporto contemplado no Plano de Recuperação e Resiliência

Comunicado ADRApós o Governo ter colocado em consulta pública o Plano de Recuperação e Resiliência no valor de 13.900 milhões de euros, no qual não constam apoios ao desporto, as Associações Distritais e Regionais de Futebol manifestaram o seu “descontentamento” e “estranheza” por verem o Desporto não ser contemplado com ajudas que consideram vitais.

As associações consideram que “o documento ignora todos estes pontos, e “apelam ao Governo para que enquadre a prática desportiva no Plano de Recuperação e Resiliência”.

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Após a análise do documento, as Associações Distritais e Regionais de Futebol (ADR ́s) consideram que “se tem verificado um grande empenhamento de todo o tecido desportivo nacional (Clubes Associações Distritais e Regionais de modalidade, Federações, COP, CPP, CDP e Autarquias Locais) na promoção da atividade física e principalmente do desporto, com resultados excelentes ao longo de muitas épocas desportivas, que tem proporcionado um cada vez maior reconhecimento internacional do país”.

O setor do Desporto tem sofrido um enorme impacto com o aparecimento da pandemia Covid-19, “provocado pela falta de público e a paralisação da atividade dos escalões de formação, proveniente do deliberado em sucessivos Estados de Emergência, pelo Senhor Presidente da República e a sua regulamentação pelo Governo, com a agravante de não ter existido até ao momento qualquer apoio governamental”.

Em relação à prática desportiva regular “estão associados um conjunto muito vasto e variado de outros setores importantes da economia portuguesa, que, por esta via, também estarão a ser penalizados; Os graves efeitos da pandemia já estão a provocar um deficiente rendimento desportivo generalizado dos cerca de 600 mil atletas federados inscritos na época anterior, com exceção dos atletas olímpicos e profissionais, tendo em conta a longa paragem das respetivas competições (2 épocas)”.

“As várias organizações internacionais, das quais destacamos o Parlamento Europeu, que recentemente aprovou uma Resolução (B9 – 0115/2021, de 4 de fevereiro), em que recomendam aos Estados a inclusão nos seus planos de recuperação pós-Covid-19 a promoção do desporto, como forma de melhorar as políticas públicas de intervenção na população”.

A prática desportiva regular é essencial para a saúde dos cidadãos, pelo que “é uma estratégia transversal a várias áreas que não podemos desprezar em tempos como os que vivemos, sendo válido, tanto para o desporto sénior, como para o desporto praticado pelos escalões de formação, como um garante da defesa da saúde pública”.

De uma forma inesperada, “ao não se verificar a presença do desporto no PRR, estamos a comprometer a evolução desportiva de milhares de praticantes, que aspiram chegar ao topo da pirâmide desportiva. Algo que terá reflexo na qualidade e competitividade das nossas Seleções Nacionais e dos nossos clubes de topo, ou seja, vamos comprometer o desígnio nacional que a todos nos uniu de uma forma gratificante nos últimos anos”.

O documento também não valoriza “a disciplina de Educação Física ao nível da Escolaridade Obrigatória e do Desporto Escolar. Em Portugal (2019) existiam cerca de 2,2 milhões de pobres, registando-se nas crianças o elo mais fraco, com o valor de 22,3% (com maior impacto na faixa etária dos 12-17 anos). E são precisamente as crianças que têm sido impedidas de praticar desporto, sendo, por isso, fundamental e urgente a implementação de estratégias transversais onde se insere o desporto”.

As Associações Distritais e Regionais de Futebol não compreendem o critério aprovado e, “manifestam o seu descontentamento, já que nos causa estranheza o facto do desporto não se encontrar contemplado em tão importante documento, considerado fundamental para o desenvolvimento de Portugal durante a atual década”.

Esta posição baseia-se no facto de, “na realidade, esta decisão colocar em causa, de uma forma decisiva, a sobrevivência da já debilitada atividade de muitas centenas de clubes e, assim, assistirmos ao progressivo colapsar do tecido associativo desportivo do nosso País, com todas as consequências dramáticas que isso implicará em termos de coesão territorial da nossa sociedade.”

Os Clubes filiados nas Associações Distritais e Regionais de Futebol são os responsáveis pela realização de milhares de jogos semanais, movimentando várias dezenas de milhar de cidadãos, que proporcionam uma atividade semanal ao longo do ano, sendo considerado um setor de atividade económica com grande capacidade de atrair investimento e uma boa fonte de receita fiscal para o Estado.

Assim, tendo em conta o referido anteriormente, as Associações Distritais e Regionais de Futebol solicitam ao Governo que seja tomado em consideração toda esta situação, já que as competições distritais assumem um papel de relevo no desenvolvimento desportivo, mas também social e económico das regiões e do país.

Com a não inclusão do desporto no PRR perde-se uma excelente oportunidade para efetuar “a Reabilitação e Modernização das instalações desportivas existentes nos Clubes, Associações Distritais e Regionais de modalidade, Federações e Centros de Alto Rendimento; elaborar um Plano de Infraestruturas Desportivas inovador adequado à atual realidade das necessidades da população; e elaborar um Plano de Revitalização Financeira dos Clubes, ADR ́s e Federações, onde se incluirá a formação de agentes desportivos. Por último, e tendo em consideração o atrás exposto, apelamos à consideração do Governo para que a prática desportiva dos escalões de formação e dos seniores possa vir ainda a ser enquadrada em parte, no âmbito de alguma das dimensões apresentadas, como é o exemplo da Transição Digital, com os programas de formação de jovens e de adultos aprovados.

O documento formulado pelas Associações distritais e regionais foi enviado ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes; Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo; e Secretário de Estado do Planeamento, Ricardo Pinheiro.

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NAOM 2021 adiado para 2022

Alentejo - NAOM2021O Norte Alentejano O’Meeting (NAOM) 2021, prevista para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro, nos concelhos de Marvão e Castelo de Vide, foi adiada para 2022, em data a anunciar.

A informação foi avançada pela Câmara Municipal de Marvão e a decisão foi tomada pela Federação Portuguesa de Orientação, em colaboração com os clubes organizadores, a Federação Internacional de Orientação e os Municípios de Marvão e Castelo de Vide.

Raquel Trabuco treina sozinha à espera de provas

RaquelTrabucoOutubro2015.jpgUm pouco por todo o país, as modalidades desportivas estão suspensas e a maioria das provas foi cancelada ou adiada, devido à pandemia de COVID-19.

A atleta elvense Raquel Trabuco afirma que “esta situação está a ser complicada para si, enquanto atleta, até porque afeta a rotina de todos, mas tenta treinar num local onde não existem pessoas.”

Raquel afirma que “a época desportiva já estava definida e estava já a trabalhar para algumas provas, no entanto temos que aceitar e zelar pelos nossos”. Diz ainda que “enquanto puder treinar sem prejudicar ninguém” irá fazê-lo, até porque lhe faz bem.

A época desportiva estava a correr bem para Raquel Trabuco, tinha acabado de se sagrar campeã no Alentejo, mas neste momento “não vale a pena treinar muito sem saber quando será possível voltar ao ativo”, explica a atleta.

Normalmente Raquel já costumava treinar sozinha, sabe que os treinos estão parados até 20 de abril, mas não sabe se os colegas continuam a treinar. Como o pai é o seu treinador, os dois tentam adaptar os treinos”.

“O mais importante é zelar primeiro pela nossa saúde e ficarmos todos bem, e se não fizermos provas este mês serão no mês que vem”, afirma Raquel Trabuco.

Covid-19: provas distritais de futebol suspensas em Portalegre

AFPortalegre.pngDepois de ter anunciado que estavam suspensas as provas distritais dos escalões de formação de futebol e futsal, e que as competições dos escalões seniores decorriam à porta fechada, entre 14 de 29 de março, a direção da Associação de Futebol de Portalegre (AFP) decidiu aumentar as medidas preventivas dos naturais riscos de contágio do COVID-19.

Daniel Pina, presidente da AFP, revela que estão agora suspensas todas as provas oficiais nas mais diversas variantes, por tempo indeterminado. “No seguimento de novas recomendações da Direção-Geral de Saúde, e porque os equipamentos municipais no distrito não estariam disponíveis, porque as autarquias estão a fechar os mesmos, a direção da AFP decidiu suspender todas as provas”, explica.

O presidente da associação explica que, só depois de indicações da Federação Portuguesa de Futebol e da Direção-Geral de Saúde, “de que a epidemia está a passar”, a AFP irá fazer o levantamento da suspensão das provas.

Mosteirense trava líder Crato na Taça da Associação em Portalegre

Bola.jpgO Mosteirense venceu, em casa, o líder Crato por 3-1, na partida mais importante da 8ª jornada da fase de grupos da Taça da Associação de Futebol de Portalegre.

Resultados: Estrela, 2 – Fronteirense, 3; Castelo de Vide, 1 – Portalegrense, 1; Gafetense, 2 – Gavionenses, 2; e Mosteirense, 3 – Crato, 1. O Elétrico folgou.

Classificação: 1º Crato 16 pontos, 2ºs Mosteirense, Portalegrense e Fronteirense 15, 5º Elétrico 12, 6º Castelo de Vide 8, 7º Gavionenses 5, 8º Estrela 3 e 9º Gafetense 2 pontos.

Dez golos em Mosteiros no Distrital sénior de Portalegre

desportoRCM1.jpgO empate 5-5 entre Mosteirense e Portalegrense foi a nota dominante da 13ª jornada do Distrital sénior da Associação de Futebol de Portalegre, disputada neste domingo 1 de março. Com este resultado, o Mosteirense travou o líder Portalegrense e entregou a liderança do campeonato ao Crato, numa jornada em que o Estrela de Portalegre conquistou o seu primeiro ponto na prova, ao fim de 12 jogos.

Resultados da ronda 13: Mosteirense, 5 – Portalegrense, 5; Crato, 2 – Castelo de Vide, 0; Estrela, 2 – Gavionenses, 2; e Elétrico, 2 – Fronteirense, 0. O Gafetense descansou nesta jornada.

Classificação: 1º Crato 24 pontos, 2ºs Portalegrense, Gavionenses e Elétrico 21, 5º Gafetense 20, 6º Fronteirense 17, 7º Mosteirense 14, 8º Castelo de Vide, 4 e 9º Estrela 1 ponto.

Crato e Elétrico à frente nos seniores de Portalegre

BolaRedes.jpgO Crato e o Elétrico de Ponte de Sor não só ganharam como golearam, na 10ª jornada do campeonato distrital de seniores da Associação de Futebol de Portalegre, e estão nas duas primeiras posições da tabela classificativa.

Na 10ª ronda deste campeonato, verificaram-se os resultados seguintes: Fronteirense, 0 – Crato, 4; Gavionenses, 2 – Castelo de Vide, 2; Gafetense, 2 – Mosteirense, 1; Elétrico, 6 – Estrela de Portalegre, 1. O Portalegrense folgou.

Classificação: 1º Crato 20 pontos, 2º Elétrico 18, 3º Portalegrense 16, 4ºs Gafetense e Gavionenses 14, 6º Fronteirense 13, 7º Mosteirense 12, 8º Castelo de Vide 3 e 9º Estrela de Portalegre zero pontos.

Mosteirense empata em Ponte de Sor e atrasa Elétrico no Distrital

Bola.jpgO empate do Mosteirense em Ponte de Sor atrasou o Elétrico, no topo da classificação do campeonato distrital de seniores da Associação de Futebol de Évora. No comando da tabela, o líder Crato foi golear fora o vizinho Gafetense e está com um ponto a mais que o Portalegrense, agora segundo.

Resultados da 9ª jornada: Fronteirense, 2 – Castelo de Vide, 0; Elétrico, 2 – Mosteirense, 2; Gafetense, 0 – Crato, 4; e Gavionenses, 3 – Portalegrense, 3. O Estrela de Portalegre folgou.

A primeira volta termina com a classificação assim: 1º Crato 17 pontos, 2º Portalegrense 16, 3º Elétrico 15, 4ºs Fronteirense e Gavionenses 13, 6º Mosteirense 12, 7º Gafetense 11, 8º Castelo de Vide 3 e 9º Estrela 0 pontos. Este campeonato só regressa dentro de duas semanas, com jogos a 1 e 2 de fevereiro.