Mariana Martins, de 84 anos, natural de Campo Maior, deu entrada no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, no dia 26 de Março, com uma insuficiência respiratória já diagnosticada pela pneumologista de Portalegre. Em Elvas, fizeram-lhe uma punção arterial (gasometria) para medir o oxigénio no sangue o que lhe provocou uma hemorragia interna. A minha mãe começou a ficar com o braço muito inchado e muito negro e estava a ser tratada, com antibiótico, para uma infeção, referiu-nos o filho da doente, Eduardo Durão.
Quatro dias depois a idosa é transferida para o Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, onde o médico que a atendeu informa a família que o que senhora tinha não era nenhuma infeção mas sim uma grave hemorragia e que tinha que ser submetida a uma intervenção cirúrgica, relatou o filho.
A minha mãe esteve em coma induzido, inicialmente, estando agora muito sedada e a ser alimentada por uma sonda. O médico disse-me que ela ficou com um buraco no braço, porque a carne apodreceu, correndo o risco de lhe ser amputado o membro.
Eduardo garante agora à Rádio Campo Maior que vai seguir com o caso para tribunal porque, desde o dia em que a minha mãe foi transferida para Portalegre, ninguém do Hospital de Elvas me contactou para explicar o que aconteceu. Acima de tudo queria que a minha mãe não tivesse passado por este sofrimento mas também quero que se faça justiça.
Contactada pela Rádio Campo Maior, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que administra o hospital de Elvas, pelas palavras do porta-voz, Ilídio Pinto Cardoso, informa que a senhora de Campo Maior encontra-se em vigilância de insuficiência cardíaca, na Unidade de Cuidados Intensivos e ao mesmo tempo a fazer tratamento da cicatriz. A senhora está a evoluir favoravelmente.