Pedro Passos Coelho e Paulo Portas chegaram a acordo. À terceira reunião entre ambos, ficou definido que o CDS vai continuar a apoiar o Governo. O novo entendimento entre PSD e CDS prevê “alterações pontuais” no Executivo, ficando excluída uma “remodelação profunda”.
Depois da demissão do líder do CDS, anunciada terça-feira, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas reuniram em três ocasiões.
A crise política em Portugal começou com a demissão do ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, na segunda-feira. No dia seguinte, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros também se demitiu. Paulo Portas, que tinha subido a número 2 da hierarquia do Governo com a saída de Vítor Gaspar, anunciou que discordava da escolha de Maria Luís Albuquerque para ministra das Finanças, por considerar que se trata de uma opção de “continuidade”.
Depois da demissão de Paulo Portas, que sublinhou que a sua decisão era “irrevogável”, os ministros do CDS no Governo colocaram igualmente os seus lugares à disposição. Assunção Cristas (Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território) e Mota Soares (Solidariedade e Segurança Social) vão manter-se nos cargos por decisão do partido. Já Paulo Portas está mandatado para negociar.