No passado fim de semana, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) transferiu cinco doentes Covid, um doente do Hospital de Santa Luzia de Elvas e quatro do Hospital José Maria Grande de Portalegre, para o Hospital de Portimão.
Este transporte de doentes foi realizado para libertar camas nos serviços de internamento dos dois Hospitais e foi efetuado em doentes com menor gravidade.
De acordo com a informação que conseguimos apurar, de momento não serão realizadas mais transferências, já que o serviço de Hospitalização Domiciliária esta a acompanhar com sucesso doentes Covid que se encontram nas suas próprias habitações. Em Elvas, há neste momento 12 doentes a ser tratados por médicos e enfermeiros da ULSNA, evitando assim a sobrecarga do Hospital de Elvas.
Os dois hospitais do distrito, em Elvas e Portalegre, tem capacidade para 56 doentes covid-19. O Hospital de Santa Luzia, tem uma capacidade para receber 14 doentes covid-19, podendo ainda aumentar o numero de camas e no caso de Portalegre, o Hospital Dr. José Maria Grande, possui uma lotação de 42 doentes, tendo 6 camas em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).
A preocupação com a saturação dos hospitais portugueses, com recordes de hospitalizações por covid-19, disparou nos últimas dias no país após se conhecer da transferência de meia centena de pessoas do hospital Amadora-Sintra, na periferia de Lisboa, para outros centros devido a uma sobrecarga na sua rede de oxigénio.
O hospital chegou na noite da terça-feira passada a um estado de “sobrecarga”, apesar de ter instalado uma torre de oxigénio extra na semana passada devido ao elevado número de pacientes que atendia, mais de 300, quando o seu plano de contingência previa um máximo de 120 pacientes com Covid.
Face à carga de trabalho adicional, a capacidade de oxigénio disponível começou a falhar, forçando cerca de 48 pessoas a serem levadas para outros hospitais da cidade.
O fornecimento de oxigénio já foi reposto, de acordo com o Amadora-Sintra, mas a situação criou elevado o alarme em Portugal, onde, durante semanas, se sucedem os alertas de colapso por parte de responsáveis sanitários, preocupados com o descontrolo da terceira vaga de coronavírus.
A saturação dos hospitais levou a que seja frequente ver longas filas de ambulâncias estacionadas à entrada das salas de emergência dos hospitais à espera que os pacientes que transportam sejam atendidos.