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Com o “maior orçamento de sempre” em 2026, Câmara de Elvas tem grandes investimentos no horizonte

O Município de Elvas já aprovou o orçamento e as grandes opções do plano para 2026. Ainda que aprovado sem o voto favorável dos três eleitos da oposição, na passada quarta-feira, 10 de dezembro, o orçamento, que parte dos “44 milhões, podendo chegar aos 53, após a transição do saldo da gerência anterior”, explica o presidente Rondão Almeida, é “o maior de sempre” da Câmara Municipal.

Duvidando que haja outro município no interior do país, com as dimensões da Câmara de Elvas, que tenha “o atrevimento de apresentar um orçamento na ordem dos 50 milhões de euros”, Rondão Almeida garante que se não tivesse sido estabelecido, no início do mandato, um entendimento entre Movimento Cívico por Elvas e PS, “seria muito difícil” a autarquia ter um “orçamento para poder trabalhar”.

Entre as grandes opções do plano constam investimentos a serem feito em áreas “muito significativas”. A aposta na habitação vai continuar, por ser um dos “grandes problemas” que o município continuará a tentar atenuar. “Temos também a questão das escolas: todas elas estão a precisar de grandes intervenções e temos, nada mais, nada menos, do que um orçamento que anda na ordem dos seis milhões de euros para requalificar todo o parque escolar, entre o primeiro e o terceiro ciclo”, adianta.

Para a ampliação dos lares de idosos do concelho será destinada uma verba de cerca de quatro milhões de euros. “Depois temos a ampliação da zona industrial, entre a aquisição de terrenos e as infraestruturas, em que iremos investir mais de oito milhões”, revela Rondão Almeida. “Temos ainda o recurso do quadro de pessoal em técnicos superiores, em algumas áreas que são extremamente importantes, assim como continuar a fazer aquilo que temos vindo a fazer nos últimos anos: um grande investimento nas áreas da cultura, do desporto e do turismo”, acrescenta.

Dizendo que os vereadores da oposição – Margarida Paiva, da AD, e José Eurico Malhado e Elsa Dourado, do Chega – tinham aqui a oportunidade de mostrar aos elvenses que “vieram pela positiva” e que pretendem trabalhar em prol dos elvenses, Rondão Almeida garante que a autarquia vai fazer grandes investimentos, sem afetar os munícipes, em termos de impostos.

“Quiseram (a oposição), evidentemente, mexer naquilo que é impossível neste momento. Neste momento já estamos a trabalhar com uma taxa de IMI de 0,35%, quando o máximo é de 0,5%. No IRS já devolvemos um ponto percentual. Na derrama, que o máximo é 1,5% e a grande maioria das câmaras está precisamente aplicando este 1,5%, principalmente as câmaras onde existem grandes empresas – que é o caso, por exemplo, de Campo Maior, e que faz muitíssimo bem -, nós estamos a aplicar uma derrama de 0,4%”, esclarece o autarca.

Em termos dos impostos, entre IMI, IRS, Derrama, IUC e IMT, a Câmara Municipal de Elvas recebe “quatro milhões e 600 mil euros”. “Se nós recebemos desses impostos diretos 4,6 milhões de euros e apresentamos um orçamento que anda entre os 44 e os 50 milhões de euros, evidentemente temos que pensar seriamente que estamos a trabalhar muito sem estar a sacrificar as pessoas mediante os impostos pagos”, remata o presidente.

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