
A curta-metragem portuguesa Porta-te bem, realizada por Joana Alves, foi distinguida com o Prémio Onofre de Melhor Curta-Metragem na 31.ª edição do Festival Ibérico de Cinema de Badajoz, que decorreu em Espanha e terminou na passada sexta-feira. Este galardão inclui um prémio monetário de 3.000 euros e garante à obra a candidatura direta aos prestigiados Prémios Goya e Feroz.
O filme narra a história de Filomena, uma mulher que vive isolada numa aldeia do interior de Portugal e que acaba de descobrir que tem pouco tempo de vida. Além do prémio principal, Porta-te bem arrecadou também o prémio de Melhor Música Original, composta por Miguel Vilhena.
Joana Alves é uma cineasta portuguesa natural de uma pequena localidade rural, atualmente residente em Lisboa. A sua obra destaca-se pela sensibilidade narrativa e pela abordagem intimista de temas sociais e familiares. É licenciada em Cinema pela Universidade da Beira Interior, obteve uma Pós-graduação em Realização em Lisboa e um Estágio em Londres com um realizador português.
Em 2016, Joana recebeu uma nomeação para os Prémios da Academia Portuguesa, na categoria de Estudante, pelo seu curta-metragem “Perfect Crime”. Desde 2017, ela tem colaborado com a produtora beActive como Assistente de Realização em projetos de ficção, entre os quais se destacam o longa-metragem “Gabriel” (2019), nomeado para os Prémios Sophia 2019 pela Academia Portuguesa de Cinema, e a série “A Família Ventura” (2017), nomeada para os Prémios Sophia 2018 na categoria de Melhor Série de Televisão.
Prémios internacionais e regionais do 31º Festival Ibérico de Cinema de Badajoz
- Ne me quitte pás, de Karim Hoo Do, venceu o Prémio do Público de Olivença.
- All you need is love, de Dany Ruz, foi o favorito do público de San Vicente de Alcántara.
- Lights, de Aitana Cantero e María Isabel Sáiz, recebeu o Prémio do Público Infantil.
- De Sucre, de Cláudia Cedo, conquistou o Prémio do Júri Jovem e o de Melhor Interpretação Feminina.
- El Príncep, de Alex Sardá, destacou-se com os prémios de Melhor Fotografia, Melhor Realização e Melhor Interpretação Masculina.
- Happy Hour, de Nico Romero e Álvaro Monje, foi distinguido com o Prémio Reyes Abade para a Melhor Curta da Extremadura.
Participação portuguesa em destaque
Nesta edição, cinco curtas-metragens portuguesas integraram a seleção oficial, composta por 21 filmes escolhidos entre mais de 1.200 candidaturas recebidas.