
A celebrar os seus 96 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas atravessa, neste momento, “um período menos bom, em questão de pessoal”.
Lembrando que a partir já do próximo dia 15 de maio, os bombeiros, que assim o entenderem, estarão ao serviço 24 horas por dia, devido à época de incêndios, o presidente da direção, Amadeu Martins (na imagem), revela que faltam “voluntários e pessoas que queiram trabalhar” na associação. “Quem vai para aquela casa, vai ter de ter gosto por aquilo, porque os bombeiros empenham-se muitas horas”, assegura.
Atualmente, os Bombeiros de Elvas, avança o dirigente, dão resposta, com a sua Ambulância PEM (Posto de Emergência Médica) a “entre 200 a 300 ocorrências mensais”. Perante esta realidade, os operacionais da corporação “são sempre poucos”. “Elvas já é uma cidade com alguma dimensão, mas é envelhecida. Temos muitas saídas a toda a hora, toda a noite. Há lares e tudo isso requer o serviço dos bombeiros”, recorda.
Para se conseguir atrair, sobretudo os jovens, para as corporações, o dirigente defende a criação de uma carreira para os bombeiros. Lembrando que “as associações de bombeiros pagam o ordenado mínimo nacional”, fora algumas “benesses”, Amadeu Martins compara a situação destes operacionais com a realidade das outras forças de Proteção Civil, como os sapadores ou os “canarinhos”: “eles têm uma carreira e têm um vencimento base de mais 300 euros que o ordenado mínimo nacional”.
“Se houvesse uma carreira de bombeiros, se calhar tinham um carreira mais aliciante, se calhar as associações viviam um bocadinho mais desafogadas, mas para isso o Estado teria que investir nestas associações”, remata.