O Município de Elvas decidiu avançar para a celebração de um contrato de comodato, por 20 anos, com a Associação de Desportos Gímnicos de Elvas, a Isekais, para que os ginastas possam utilizar uma das naves do Centro de Negócios Transfronteiriço (CNT) para os seus treinos, passando a ter ali a sua sede.
Contudo, a votação deste contrato, no decorrer de uma reunião do executivo da Câmara Municipal, contou com a abstenção e a “pouca vontade”, segundo o presidente Rondão Almeida, da vereadora do PSD, Tânia Rico.
Recordando o trabalho desenvolvido pela Isekais – atualmente com mais 200 atletas – ao longo dos últimos anos, em prol da modalidade, Rondão Almeida explica que os ginastas, por não terem uma sede, têm andado sempre de pavilhão em pavilhão, sem terem um local certo para a sua atividade. “A Isekais tão depressa está no ginásio da Escola Secundária, ou no ginásio do Escola da Boa-Fé, ou no Pavilhão Multiusos que temos no CNT, e isto não faz qualquer sentido”, garante.
Esta medida, segundo Rondão Almeida, vem contribuir para a criação de “estabilidade” no seio da Isekais, pelo que estranha o facto da vereadora do PSD se ter abstido na votação deste contrato de comodato. “Estamos a resolver um problema que já deveria estar resolvido há muitos anos”, assegura.
Questionado sobre o facto de uma das naves do CNT passar a estar ocupada pela Isekais, Rondão Almeida garante que aquele equipamento municipal continua a ter espaço suficiente para realizar qualquer evento. “Temos à volta de quatro mil metros quadrados para fazer exposições. Por muitas exposições que lá tivéssemos feito, nunca ocupámos mais de dois mil metros quadrados. Só a última nave que eu construí, quase nunca é utilizada”, remata.