ERT impulsiona participação de Estações Náuticas do Alentejo na NAUTICAMPO

A Entidade Regional de Turismo (ERT), em parceria com as sete Estações Náuticas do Alentejo, a ADRAL e o Sines Tecnopolo, marca presença, pela primeira vez, na Nauticampo, certame especializado em náutica de recreio e atividades de outdoor, que se realiza entre os dias 17 e 21 de abril, na FIL, em Lisboa.

Ao longo de cinco dias, vão ser dados a conhecer os diferentes programas e iniciativas de cada uma das Estações Náuticas do Alentejo que, em associação com várias empresas parcerias, criaram uma rede de oferta que inclui, atividades de turismo náutico integradas com propostas desportivas, outdoor, cultura, gastronomia, enoturismo, astroturismo, entre outras, sempre associadas a planos de água, com o objetivo de promover a região e alavancar a notoriedade da marca territorial nos mercados nacional e internacional.

“Nos últimos anos, no âmbito do projeto Estações Náuticas de Portugal, lançado pelo Turismo de Portugal, em parceria com as Câmaras Municipais de Avis, Alandroal, Mértola, Odemira, Sines, Monsaraz e Moura/Alqueva e através da coordenação da ADRAL e do Sines Tecnopolo, criou-se uma nova rede de oferta diferenciadora com potencial para atrair novos nichos de mercado. Faz todo o sentido que estejamos agora presentes num evento dedicado a este setor, como é o caso da Nauticampo”, afirma José Manuel Santos, presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, que com esta parceria pretende reforçar o trabalho de estruturação e de apoio à comercialização do produto.

“Este trabalho colaborativo que tem vindo a ser desenvolvido no Alentejo já se traduz em resultados e reconhecimento. Uma das provas é o facto da região, mais concretamente Odemira, ter sido escolhida para acolher o 4.º Encontro da Rede de Estações Náuticas de Portugal, em 2025”, acrescenta o mesmo responsável.

“A participação na Nauticampo pode ser o ponto de viragem para um trabalho mais focado na organização do produto e na promoção”, salienta Alexandra Correia, Coordenadora do Projeto Nautical Alentejo, na ADRAL.

Refira-se que a Rede de Estações Náuticas do Alentejo visa divulgar uma oferta temática, desenvolver mecanismos inovadores de prospeção e reforçar a notoriedade e a internacionalização do destino.

Arkus dá a conhecer história do 25 de Abril com teatro às crianças de Elvas

A associação juvenil Arkus está a percorrer todas as escolas do primeiro ciclo do concelho de Elvas para, através de uma pequena peça de teatro – “A Liberdade!” –, dar a conhecer a história do 25 de Abril de 1974 aos mais novos.

Esta “mini-representação”, explica a atriz e membro da associação, Raquel Pirota, serve para explicar às crianças os motivos que levam os portugueses “a comemorar esta data”, sendo que a ideia de promover este espetáculo partiu da Câmara Municipal, depois de contactos pelo vereador Cláudio Monteiro para “realizar alguma atividade alusiva ao 25 de Abril, em contexto escolar”.

O espetáculo “A Liberdade!”, adianta Raquel Pirota, surge também no âmbito e no seguimento da peça que, por altura do feriado municipal de 14 de Janeiro, a Arkus apresenta também às crianças das escolas. A intenção é que as crianças percebam, de forma “engraçada”, este momento histórico de Portugal.

Esperando que esta iniciativa possa marcar os mais novos, a atriz revela ainda que a liberdade de expressão e de escolha são alguns dos temas centrais desta apresentação teatral.

O espetáculo, apresentado em todas as escolas de primeiro ciclo do concelho, incluindo no Colégio Luso-Britânico, é apresentado até amanhã, quarta-feira, dia 17, em duas sessões, às 9 e às 15 horas. É retomado, nos mesmos horários, na próxima semana, entre segunda e terça-feira, dias 22 e 23.

Sara Correia atua em Campo Maior nas comemorações do 25 de abril

A fadista Sara Correia atua no dia 27 de abril, na Praça Multimodal em Campo Maior, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, desenvolvidas pelo município.

Sara Correia abraça a sua nova tour “Liberdade”, alusiva ao seu terceiro disco, que segundo a artista “é o “mais fadista, à linguagem melódica fadista, de portugalidade vincada, vestiram-se depois as melodias de arranjos distintos e sonoridades mais ecléticas, livres, sem estereótipos”.

O concerto de Sara Correia, em Campo Maior é gratuito e está marcado para as 21.30 horas, de dia 27 de abril.

Fernando Fitas apresenta livro “Levar às mãos o lume” no dia 20 no Museu Aberto

“Levar às mãos o lume” é o nome do livro, da autoria do campomaiorense Fernando Fitas, que é apresentado no próximo dia 20 de abril, no Museu Aberto, em Campo Maior.

Esta obra conta com um conjunto de poemas, escritos “há cerca de oito anos, que não se enquadravam nas obras já publicadas e naquelas que estão por publicar”, revela Fernando Fitas, adiantando que se trata de textos “com uma grande carga política, uma vez que estamos a assinalar os 50 anos da Revolução dos Cravos”, dando conta que participou “ativamente”, neste acontecimento, pelo que “não poderia passar despercebido”.

O escritor campomaiorense garante os seus poemas têm “uma componente de denúncia de situações de injustiça, e sobretudo de atitudes e pensamentos ideológicos que há 50 anos foram derrotados pelas Forças Armadas e que agora voltam à praça pública, com populismos, pelo que é um livro de combate e denúncia dessas forças, que tentam ocupar o espectro político português”.

Tendo presente as comemorações dos 50 anos do 25 de abril, Fernando Fitas afirma que este livro “é o único que se ajusta à conjuntura política que o país vive, atualmente”. O autor diz ainda, e tendo presente as últimas eleições legislativas, que “todos aqueles que votaram no extremismo, de extrema-direita, ignoram em absoluto o que era este país antes do 25 de abril”.

O autor explica ainda o título atribuído a esta obra: “levar às mãos o lume é uma expressão peculiar do Alentejo, no sentido de denunciar aquilo que muitas pessoas ignoram. Há um texto que reflete histórias que a minha avó me contava, relativamente aos refugiados de Espanha e a forma como a GNR os tratava, e continua a ser um tema, infelizmente, atual, bem como um texto dedicado à morte da ativista Marielle Franco, pelo que é a denúncia de algumas situações e a prepotência com que algumas força políticas tratam aqueles que estão com os mais desfavorecidos”.

“Levar às mãos o Lume” o recente livro de Fernando Fitas que é apresentado dia 20, pelas 16 horas, em Campo Maior. A apresentação estará a cargo do antropólogo Luís Maçarico e haverá leitura de poemas por parte do ator José Vaz.

Receituário gastronómico raiano lançado na EHTP

A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (EHTP) foi o local escolhido para a Confraria Gastronómica do Alentejo, apoiada pelo estabelecimento educativo, lançar o mais recente projeto editorial, “Comeres Raianos”.

O livro é uma homenagem ao receituário de fronteira e procura, desta forma, ser um documento que servirá para manter vivas estas receitas que, em alguns casos, apenas eram transmitidos através da oralidade.

Na passada quinta-feira, dia 11 de abril, o provedor da Confraria Gastronómica do Alentejo, José Casas Novas, e a diretora da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, apresentaram o mais recente projeto editorial da organização que promove e procura preservar a tradição e os saberes relacionados com a gastronomia alentejana, “Comeres Raianos”.

O livro, preparado nos últimos anos, promove uma viagem pela raia e resulta de um trabalho aturado de recolha do receituário raiano, seja no Alentejo, do lado português, seja na Extremadura e na Andaluzia, do lado espanhol. “A preocupação durante a organização e o desenvolvimento deste livro que, entretanto, se tornou uma realidade, foi garantir que este receituário tão específico fica documentado e tem, assim, mais garantias de continuar a respeitar as suas origens, as suas razões e, também, as tradições associadas. Sabemos que a gastronomia é um reflexo das realidades social, económica e cultural das regiões e não temos dúvidas que, na raia, existe um legado culinário e gastronómico que deve ser preservado”, explicou o provedor da confraria.

O projeto desenvolvido pela Confraria Gastronómica do Alentejo contou com a colaboração da Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre. Vários alunos e formadores participaram na produção do livro e na confeção de inúmeras receitas.

Vivências e histórias da Raia no 25 de abril recordadas em Campo Maior

“Conversa à volta da Raia” foi o mote para a iniciativa que decorreu esta manhã de segunda-feira, 15 de abril, no Centro Cultural de Campo Maior, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

A sessão, destinada ao público escolar, foi moderada pelo professor Fernando Antunes, tendo como oradores Luís Cunha, Francisco Moita Flores e Moisés Cayetano Rosado.

Considerando-se uma “testemunha do 25 de abril”, Francisco Moita Flores, afirma que esse foi dos dias mais importantes da sua vida, “não só pelo fim da guerra, mas também pela necessidade que a sua geração tinha de cultura, nomeadamente, através dos livros que, na época eram proibidos”. O escritor recorda que o seu pai tinha esses livros proibidos, forrados com “um papel específico”, para que não fossem descobertos.

Na sua intervenção o escritor destacou que, atualmente há uma “degradação do ensino, de forma assustadora, devido a um processo de facilitismo”, porque ninguém pode chumbar, por exemplo, considerando que “assistimos hoje a um processo que facilita a massificação da ignorância”, que segundo diz “está a assassinar o país, está a fazer mal aos jovens”.

Francisco Moita Flores foi responsável pela série “Raia dos Medos”, gravada em Campo Maior, na década de 90, revelando que retrata a “solidariedade e crueldade do povo da raia”, durante a Guerra Civil de Espanha.

Já Luís Cunha, autor de “Memória Social em Campo Maior: Usos e Percursos de Fronteira”, revela que essa obra, elaborada nos anos 90, pretendia “perceber quais as memórias das pessoas, na zona da fronteira relativas à Guerra Civil e ao contrabando, para perceber de que forma essas memórias eram construídas e reconstruídas, no presente”.

Luís Cunha diz ainda que a conversa desta manhã foi bastante “interessante e estimulante”, lamentando a falta de “concentração dos jovens”. Para o escritor, “o 25 de abril é um pretexto para se falar de questões de cidadania e o espaço de fronteira é sempre interessante para pensar as questões da liberdade da opressão”.

Já o historiador Moisés Cayetano Rosado afirma que Salgueiro Maia foi uma pessoa que estudou “com muito carinho” considerando que “é uma das figuras mais importantes do país”. Para o historiador, é necessário ter presente “a vontade de liberdade que os militares e o povo português tinham, para conquistar a sua liberdade”.

 

Já o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, enaltece a presença e experiência dos oradores, garantindo que o objetivo da autarquia passou também por “mostrar aos jovens presentes o que se conquistou no 25 de abril de 1974”.

Esta sessão ficou ainda marcada por uma interrupção pacífica, por parte de um grupo da Associação de Pais de Campo Maior, que subindo ao palco, mostraram o seu desagrado com a situação de insegurança que se vive nos estebelecimentos de ensino, depois da manifestação desta manhã. O presidente da Associação citou mesmo uma frase de Francisco Moita Flores.

Rui Veloso, Jorge Fernando, Jüra e Kura no 25 de Abril em Alandroal

Rui Veloso, Jorge Fernando, Jüra e Kura

Em parceria com as juntas de freguesia, várias associações do concelho e o Agrupamento de Escolas, o Município de Alandroal está a ultimar a programação de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril.

Lembrando que esta é uma “data marcante”, o presidente da Câmara, João Grilo, revela que as ações previstas “não se esgotam no dia 25”, sendo que se prolongam, pelo menos, até maio. O programa comemorativo, diz ainda, é “mais alargado e diferente daquilo que se tem feito em outros anos”, celebrando-se a data, no concelho, de uma “forma especial”.

Através de momentos culturais, educativos e de evocação, o objetivo da autarquia é levar todos a “refletir sobre a importância das conquistas destes 50 anos”.

A par da tradicional sessão solene da Assembleia Municipal e do périplo por todas as freguesias, em que será hasteada a Bandeira Nacional, ao som da Banda Filarmónica do Centro Cultural de Alandroal, haverá concertos de Rui Veloso, Jorge Fernando, Kura e Jüra. Jorge Fernando atua no Fórum Cultural Transfronteiriço de Alandroal, na noite do dia 24, enquanto Rui Veloso irá animar um lanche convívio aberto a toda a população na tarde de dia 25, no castelo da vila. Também no castelo, mas no dia 27, atuam Jüra e Kura, numa noite mais dedicada aos jovens.

No dia 25, será também inaugurada a obra de requalificação da quarta fase de Melhoria da Mobilidade Urbana. “É uma obra emblemática numa zona que estava muito degradada e onde era difícil circular, que faz a ligação entre as duas partes da vila separadas pela Nacional”, explica o autarca.

O programa de comemorações contempla ainda várias ações dedicadas ao público escolar, provas desportivas, apresentações de livros e eventos descentralizados por todo o concelho.

Futebol Feminino: Selecção Distrital Sub-16 faz história no Interassociações

A Seleção Distrital de Futebol Feminino Sub-16 de Portalegre terminou o Torneio Interassociações no oitavo lugar entre 22 Associações Distritais e Regionais.

Depois de ter feito história ao garantir presença na Liga de Ouro, com as vitórias sobre AF Évora (2-0) e AF Castelo Branco (1-0), na primeira fase da competição, a equipa da AF Portalegre “vendeu caras as derrotas na Fase Final contra AF Viseu (2-1) e AF Madeira (1-0) e conseguiu um empate a um golo com a AF Setúbal”.

“Este é mais um feito inolvidável para a nossa Associação. Não nos podemos esquecer que, no ano passado, esta mesmo Seleção chegou à final da Liga de Prata, conseguindo um honroso décimo lugar”, refere o presidente da direção da AF Portalegre, Daniel Pina.

Daniel Pina agradece ainda “a todos os clubes e seus dirigentes pela aposta no Futebol Feminino, uma vez que, só assim é possível que esta Instituição, que é de todos, consiga tantas proezas na modalidade a nível nacional”.

Ponte de Sor recebeu reunião ordinária de abril do Conselho Intermunicipal

O Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, local onde está exposto o mosaico de rolhas de cortiça premiado como recorde do Guiness em 2014, recebeu na passada quinta-feira, dia 11, a reunião ordinária do mês de abril do Conselho Intermunicipal da CIMAA.

O destaque principal vai para a ratificação do contrato para o desenvolvimento e Coesão Territorial do Alto Alentejo 2030, assinado recentemente pelo Presidente do Conselho Intermunicipal, Hugo Hilário. Uma nova janela de oportunidades para alcançar as respostas urgentes e necessárias para a população do Alto Alentejo, com um investimento previsto superior a 70 milhões de euros.

Os procedimentos de contratação pública relativos ao Empreendimento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato – Barragem do Pisão, continuam a pautar as reuniões do Conselho Intermunicipal da CIMAA. A complexidade do projeto e as demais atividades necessárias à sua concretização continuam a demonstrar união em torno deste projeto estruturante que irá beneficiar toda uma região, dando passos sólidos no sentido do cumprimento das metas inscritas no PRR.

Foi apresentado novo ponto de situação das candidaturas submetidas e aprovadas no âmbito do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial do Alto Alentejo (2020).

A CIMAA e os Municípios do Alto Alentejo continuam com uma das melhores taxas de execução do país (119,23%), de acordo com dados recolhidos no primeiro trimestre deste ano.

Antes da ordem do dia, o Comando Territorial de Portalegre da GNR apresentou aos autarcas o projeto EGUARD, que já se encontra em funcionamento em algumas regiões do país. Através de teleassistência, o seu objetivo passa por uma monitorização mais próxima da população idosa vulnerável e isolada, o que permitirá uma intervenção mais rápida, eficaz e adequada por parte das forças de segurança, no caso de serem necessárias.

Agrupamento de Campo Maior sem “solução mágica” para violência nas escolas

Dizendo não ter uma “solução mágica” para resolver o problema da insegurança e os episódios de violência nas duas escolas do agrupamento de Campo Maior, o diretor Jaime Carmona garante que a ligeireza de que a direção é acusada de ter no tratamento deste tipo de situações, por parte do presidente da Associação de Pais, é apenas proveniente de “diferentes pontos de vista” (ver aqui).

“Se amanhã conseguir encontrar um diretor que tenha soluções mágicas, este diretor entrega as chaves que tem desta escola, volta para a sua sala de aula, porque não está minimamente agarrado a este lugar”, garante.

Considerando que este não é um problema que se resolve do dia para a noite, o professor garante que o “diagnóstico” dos problemas do agrupamento está feito e registado, sendo que é preciso encontrar soluções. “Sempre manifestámos preocupação e procurámos desencadear formas de estar diferentes até dos próprios parceiros para esta situação”, assegura.

Assegurando que a atual direção “tudo tem feito” por “melhorar o agrupamento”, Jaime Carmona, que espera que todos em torno da escola possam colaborar, garante que ninguém o pode acusar de dizer que não existem problemas na escola. “Mas não o fazemos com espalhafato, com um grande alarido, é sim registando, alertando, notificando e  queixando-nos às entidades certas”, acrescenta.

O diretor diz ainda “não caber na cabeça de ninguém” que poderá ter algum tipo de satisfação em que, dentro da escola, qualquer problema aconteça com os alunos, sendo que, do seu ponto de vista, é necessário, com os “especialistas na matéria”, como a GNR e a Câmara Municipal, rever estas situações.

Lembrando ainda que a Associação de Pais representa os pais de todos os alunos do agrupamento sem exceção, Jaime Carmona reconhece que a manifestação desta manhã tem a “sua razão” de acontecer. Contudo, a procura por um só culpado nesta situação não faz sentido e só acaba por “menorizar o problema”.