Só uma em cada dez escolas em Portugal possui desfibrilhadores automáticos externos (DAE). Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), existem cerca de 460 equipamentos em agrupamentos de escolas, universidades e pavilhões desportivos escolares e são, atualmente, cerca de 2.100 professores aqueles têm formação de suporte básico de vida e desfibrilhação externa.
O Agrupamento nº3 de Elvas faz parte dos 10% das escolas nacionais que possuem estes equipamentos, estando munido com três desfibrilhadores: dois na Escola Secundária D. Sancho II e outro na Escola Básica de Vila Boim.
Dois desses equipamentos, segundo explica a diretora Fátima Pinto, foram adquiridos pelo próprio agrupamento, sendo que o contrato estabelecido incluía formação, que é renovável, de um total de sete profissionais. “Somos das primeiras escolas a ter o desfibrilhador e a condição de se comprar esse mesmo equipamento foi logo a de incluir formação. Era um contrato muito rico, porque dava formação a sete pessoas, entre docentes, não docentes, docentes administrativos e assistentes operacionais”, começa por explicar.
“Essa formação foi logo feita e, na altura do primeiro contrato, tínhamos um médico associado que, se houvesse utilização do aparelho, estaria sempre em contacto para depois ligar ao Sistema Nacional de Saúde”, adianta a professora, que dá ainda conta que, neste momento, prepara-se a renovação da formação, em que serão incluídos alguns dos mesmos profissionais e outros diferentes, para que o conhecimento chegue “a mais pessoas”.
No decorrer do ano letivo 2021/2022, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) fez chegar um outro desfibrilhador à Escola Secundária de Elvas, que foi instalado junto ao pavilhão desportivo.
Ainda que nunca nenhum destes equipamentos tenha sido alguma vez utilizado, Fátima Pinto assegura que ter os desfibrilhadores nas escolas dá “outra tranquilidade”, em caso de necessidade. “É um aparelho que faz tudo. É só acioná-lo e vem logo uma voz, que nos vai dizendo o que é que é para fazer”, remata.
Assim sendo, no seio do Agrupamento nº3 de Elvas encontram-se instalados três dos 464 desfibrilhadores que existem nas escolas públicas do país (são 4.529 escolas). De recordar que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país, representando um terço do total de óbitos entre a população. Nos últimos anos, o acesso a desfibrilhadores tem aumentado, sendo que, neste momento, em todo o país, há mais de quatro mil espaços públicos com o equipamento.