Elvas: primeira pedra dos 60 fogos na Quinta dos Arcos lançada em breve

A Estratégia Local de Habitação, que tem vindo a ser desenvolvida pela Câmara de Elvas, voltou a ser tema de discussão, no decorrer da última reunião do executivo camarário, realizada em Varche.

O presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, avança que, “dentro de um mês, será já colocada a primeira pedra para a construção de 60 fogos, na Quinta dos Arcos, num investimento de sete milhões de euros, a desenvolver ao longo de um ano e meio”. O presidente esclarece que estas casas se destinam a rendas acessíveis, ou seja, “para pessoas que trabalham e cujo rendimento não é compatível com as rendas comerciais, sendo esta uma forma de dar resposta a este segmento da sociedade”.

Para além disto, o município já adquiriu “48 imóveis, que se encontravam degradados, no centro histórico e mais 24 nas freguesias rurais, para serem reabilitados”, adiantando que “o primeiro núcleo já está em fase de conclusão da sua total recuperação, pelo que o objetivo é no espaço de dois anos, realojar cem famílias”.

Rondão Almeida adianta ainda que pode estar para breve a passagem das casas de função da antiga fronteira do Caia e de Vila Fernando para o domínio da Câmara: “é com muita alegria que comunico que estive a falar com os responsáveis pelas casas do Caia e, podemos estar prestes a poder vir a ter essas casas em nome da Câmara, para que as possamos recuperar, assim como as dezenas de casa que existem em Vila Fernando, fora da residências existentes”.

Na referida reunião de Câmara, em que este tema foi a votação, a vereadora do PSD, Tânia Rico, absteve-se. “O que eu gosto de falar é daquilo que são as preocupações de quem tem a responsabilidade de resolver um dos problemas mais graves que existe no concelho, não é estar mais de uma hora, numa reunião de Câmara, a dar formação a uma vereadora que ignora todo o sistema e põe em causa números realizados por equipas técnicas, e a conclusão que tirei foi que a vereadora está contra a Câmara realizar este investimento, porque está preocupada com o custo da manutenção dessas ditas casas”, comenta o autarca. O presidente recorda que já fez muitas obras na cidade, em outros mandatos e não se preocupou com os custos de manutenção e conservação, “porque o que é preciso é depois saber-se gerir”.

O presidente diz que esta posição da vereadora “é lamentável, porque o eleitorado do PSD não se revê nesta forma de fazer política pela negativa; pelo contrário, Paula Calado vestiu a camisola de Elvas, a pensar na melhor resposta para dar aos elvenses e, o que aconteceu nas duas últimas reuniões, em que se muda de vereadora, é que se ocupa o tempo com perguntas desnecessárias e só a tentar criar problemas onde não existem”.

Recordando que o PSD é o segundo partido com mais força a nível nacional e que Elvas também foi governada por este partido durante vários anos, Rondão Almeida afirma: “não venham a funcionar com a política do bota abaixo para levar o PSD para a cova, onde se encontra há quase 30 anos”.