Encontro internacional no Parque Natural de São Mamede

Cerca de 40 técnicos representantes de várias entidades públicas de diferentes países europeus conheceram o Parque Natural da Serra de São Mamede, no âmbito do Encontro Internacional promovido pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) em colaboração com os quatro municípios do Parque Natural: Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre. Este encontro teve lugar, em Castelo de Vide e Marvão.

Partilhar experiências, conhecer projetos, debater práticas, definir estratégias para permitir que as áreas protegidas possam promover o desenvolvimento sustentado e integrado, designadamente as atividades económicas ligadas ao setor do turismo, sem comprometer os valores ambientais e naturais, é um desígnio coletivo e global.

O projeto RAMSAT – Revitalizing Remote And Mountainous areas through Sustainable Alternative Tourism (Revitalização de áreas remotas e montanhosas através do Turismo Alternativo Sustentável), liderado pela CIMAA, surge como resposta à necessidade urgente de incentivar políticas regionais para o uso sustentável dos recursos, quer ao nível do património natural e cultural quer ao nível do turismo alternativo. Este projeto relaciona-se com o objetivo temático da proteção do ambiente e promoção da eficiência dos recursos e da prioridade de investimento: preservação, proteção, promoção e desenvolvimento do património natural e cultural do programa Interreg Europe.

Os parceiros do projeto compilaram, até à data, 35 boas práticas tendo 16 destas sido aprovadas e publicadas com sucesso na Policy Learning Platform. Decisores políticos, técnicos e outros interessados em toda a Europa poderão consultar estas boas práticas e os bons exemplos referenciados.

Alunos da Escola de Artes do Norte Alentejano em audições até julho

Foto: Facebook da Escola de Artes do Norte Alentejano

Os alunos da Escola de Artes do Norte Alentejano, em Portalegre, Ponte de Sor, Sousel e Gavião estão, até final de julho, a apresentar-se ao público, nas suas audições de final de ano letivo, seja em guitarra, piano, clarinete, saxofone, entre muitos outros instrumentos.

Estas audições acontecem depois de dois anos conturbados, em que as aulas, durante muito tempo, só aconteceram via online.

Agora, explica o diretor pedagógico da escola, Jorge Gargaté, as crianças e os jovens têm oportunidade de mostrar às famílias e à comunidade o trabalho que desenvolveram até aqui. “Tivemos tanto tempo sem audições que toda a gente quis agora mostrar o trabalho desenvolvido e dar a possibilidade às crianças de pisarem o palco”, assegura.

“Em duas semanas, temos mais de vinte audições. Todos os dias temos três audições, que acontecem cada uma em seu polo”, adianta o diretor, lembrando que com 350 alunos, e apesar de parecer exagerado o número de audições, “há muito trabalho para mostrar”.

Na pandemia, recorda Jorge Gargaté, as audições e as próprias classes de conjunto não deixaram de ser uma realidade, ainda que em moldes muito diferentes.

Com o final deste ano letivo à porta, o trabalho não acaba, até porque já se começa a preparar o próximo. Atualmente, os professores do antigo conservatório de Portalegre estão a deslocar-se às escolas de primeiro ciclo para mostrarem às crianças os vários instrumentos que terão disponíveis para aprender.

Importância dos insetos no Ambiente em FM desta semana

Um estudo comparativo analisou diversas populações de insetos, em todo o mundo, e cujos resultados foram publicados na revista Nature, identificou pela primeira vez uma ligação clara e alarmante entre a crise climática e a agricultura intensiva.

De acordo com o estudo, locais onde esses impactos são particularmente altos, a abundância de insetos já diminuiu quase 50%, enquanto o número de espécies total reduziu-se em 27%.

José Janela, da Quercus, explica, no Ambiente em FM desta semana que “três quartos das nossas colheitas dependem de insetos polinizadores. As colheitas começarão a falhar e poderão deixar de existir certos alimentos. Não podemos alimentar 7,5 mil milhões de pessoas sem insetos”.

Deputados do PS eleitos por Portalegre querem que Governo invista na Linha do Leste

Os deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Portalegre, Ricardo Pinheiro e Eduardo Alves, entregaram esta semana um Projeto de Resolução na Assembleia da República que recomenda ao Governo investir na Linha do Leste.

Esta iniciativa, que surge na sequência do lançamento do Plano Ferroviário Nacional, das intervenções dos Deputados na discussão do Orçamento de Estado para 2022 e do PS ter assumido como prioridade política reforçar a oferta de transporte público no Alto Alentejo, vem pedir ao Governo que eletrifique a Linha do Leste, aumente a frequência do transporte de passageiros com horários ajustados às necessidades das populações, reforce as condições de operacionalização e o conforto do seu material circulante e estude soluções que aproximem a estação ferroviária da cidade de Portalegre.

O comunicado na íntegra, para ler abaixo:

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“O setor dos transportes é responsável por ¼ das emissões de gases com efeito de estufa e o principal consumidor de petróleo no país. Para cumprimento das metas nacionais e internacionais definidas no Plano Nacional Energia e Clima 2030 e no Roteiro para a Neutralidade Carbónica, precisamos de intensificar a descarbonização dos transportes e reforçar a competitividade da mobilidade sustentável.

Determinante para a descarbonização é a aposta na ferrovia como forma de aliviar a dependência externa do país, reduzir as emissões e combater o despovoamento e as assimetrias regionais, promovendo a coesão territorial. Este desiderato, vertido nas premissas do Plano Ferroviário Nacional, é essencial para afirmar a ferrovia como elemento estruturante da rede de transportes nacional, com adequada cobertura do território, presença em todas as capitais de distrito e capacidade de fazer ligações transfronteiriças ibéricas. Para isso, os territórios de baixa densidade populacional não podem perder o comboio da mobilidade sustentável.

A Linha Ferroviária do Leste, que liga a estação de Abrantes, no distrito de Santarém, à estação de Elvas, atravessando todo o Alto Alentejo, é a única linha de transporte ferroviário de passageiros com ligação transfronteiriça a sul do Tejo. A recente crise de refugiados ucranianos deixou evidente a importância estratégica desta ligação ferroviária e o papel crescente que pode ter no futuro do país.

O Governo do PSD/CDS encerrou o transporte de passageiros na Linha do Leste em 2012, deixando o distrito de Portalegre como o único do país sem alternativa de transporte ferroviário. Em 2017, com o regresso do transporte de passageiros em toda a plenitude da linha, com ligação a Badajoz, foi dado um importante sinal político de coesão territorial e investimento na ferrovia. Ainda assim, a Linha do Leste precisa de um compromisso de investimento público para se afirmar junto das populações.

O reforço das condições de operação desta linha garante uma alternativa competitiva ao uso do automóvel neste território. Em coerência com a estratégia nacional de intensificação da rede de oferta de transportes públicos, o comboio constitui-se como fator importante para a mobilidade do Médio Tejo, ligação transfronteiriça e ibérica do país, através do Entroncamento, à estação ferroviária de Badajoz, como a melhor alternativa para fomentar a mobilidade entre as cidades do distrito de Portalegre (Portalegre, Elvas e Ponte de Sor), para assegurar soluções de transporte para a Área Metropolitana de Lisboa e Centro e Norte do país, para estimular a rede de ensino superior existente, para criar respostas complementares a importantes investimentos públicos como a nova Escola da GNR em Portalegre e para servir as empresas e a atividade turística.

Para afirmar a Linha Ferroviária do Leste é fundamental aumentar a frequência no transporte de passageiros, garantindo a possibilidade de ter dois horários, em sentido inverso, suficientemente desfasados para permitir a utilização do comboio para deslocações dentro e fora do distrito de Portalegre e por isso ajustados à necessidade das populações.

Acresce a necessidade de eletrificar a linha, como assumido no Plano Nacional de Investimentos 2030, enquadrando o investimento numa fonte de financiamento que seja clara, garantir material circulante que defenda e capacite esta alternativa de mobilidade, como a renovação da automotora afeta à linha, e avaliar soluções para aproximar a ferrovia da cidade de Portalegre, a única capital de distrito, com estação, a mais de 4 km do centro da cidade (a sensivelmente 13km).

Com este compromisso de investimento aprofunda-se a mobilidade sustentável através da ferrovia e promove-se a coesão territorial e social do país e do Alto Alentejo, em continuidade com os investimentos de valorização da Linha do Leste.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, a Assembleia da República resolve recomendar ao Governo que:

1 – Aumente a frequência do transporte de passageiros na Linha do Leste, com horários ajustados às necessidades das populações;

2 – Planeie e enquadre a eletrificação da Linha do Leste numa fonte de financiamento que seja adequada;

3 – Reforce as condições de operacionalização da Linha do Leste e o conforto do seu material circulante.

3 – Estude, no âmbito da construção do Plano Ferroviário Nacional, soluções que aproximem a estação ferroviária da cidade de Portalegre”.

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Elvas quer fazer parte da Comunidade Europeia do Desporto em 2024

A Câmara Municipal de Elvas já formalizou o pedido de intenção de candidatar a cidade à Comunidade Europeia do Desporto, em 2024.

Uma informação avançada pelo vereador no município de Elvas, Hermenegildo Rodrigues, adiantando que este “é um grande projeto que queremos centralizar em Elvas, se assim a Comissão Europeia entender atribuir-nos a organização desse evento”, adiantando que “para além das mais-valias em termos daqueles que nos possam visitar, é colocar Elvas num patamar de exposição mediática, que nós há muito defendemos, pelas nossas infraestruturas, pelas condições que temos em Elvas, para a prática dos vários desportos, pelo que é importantíssimo todos estarmos juntos para podermos levar por diante estes projetos conjuntos”.

A carta de intenção da candidatura já foi feita, sendo que se aguarda a marcação de uma reunião, para fazer o levantamento e carta de exigências. O vereador no município de Elvas deseja “que em 2024 tenhamos essa atribuição desse galardão, de realizar um evento de âmbito europeu”.

Município de Elvas que submeteu um pedido de intenção para que a cidade possa vir a fazer parte da Comunidade Europeia do Desporto.

Galardão de Turismo Militar atribuído a Campo Maior resulta “da aposta feita na recuperação do património”

O concelho Campo Maior foi, recentemente, distinguido com o galardão de Destino de Turismo Militar em 2021/2022, no decorrer do encontro de Turismo Militar, promovido pela Associação de Turismo Militar Português.

Este reconhecimento, garante o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Luís Rosinha, resulta da aposta que tem sido feito pelo município, ao longo dos últimos anos, na requalificação do património amuralhado dos Castelos de Campo Maior e de Ouguela. Esse trabalho, adianta o autarca, começa agora a “ser reconhecido por associações externas ao concelho”.

Por outro lado, Luís Rosinha encontra neste galardão “uma vantagem para o concelho ao nível do turismo”, ficando associado a um ponto turístico, no país, este ano.

Relativamente à última fase da intervenção nas fortificações de Ouguela, o autarca garante que os trabalhos estão “praticamente concluídos”. “Já só falta mesmo a parte da entrada, a zona dos arcos, antes de se entrar na Praça de Armas”, assegura.

O galardão de Destino de Turismo Militar, atribuído a Campo Maior, foi recebido por Luís Rosinha, no passado dia 18 de junho, numa cerimónia que decorreu em Porto de Mós.

Balanço do Festival “Outros Sons” “só pode ser muito positivo”, diz São Silveirinha

A primeira edição do Festival “Outros Sons”, promovida pela Câmara de Campo Maior terminou ontem, domingo, 26 de junho, depois de três dias, em que a música do mundo passou por diferentes espaços da vila.

Para a vereadora no município campomaiorense, São Silveirinha, o balanço desta primeira edição “só pode ser muito positivo, nem que fosse pelo facto de trazermos outras sonoridades a Campo Maior, o que acaba por enriquecer, a nível cultural a nossa programação”.

A vereadora acrescenta, quando questionada acerca de uma próxima edição “eu gostava que fosse a nível nacional, porque temos tudo para que seja bem sucedido, porque o programa desta primeira edição foi muito rico”.

Helena Madeira, Sax on The Road, Karyna Gomes, Os Sabugueiros, Raíz Lusa e Bossa & Morna foram os artistas e os grupos que fizeram parte desta primeira edição do Festival “Outros Sons” tendo os espetáculos decorrido na Praça Velha, no jardim municipal e no jardim do Palácio Visconde d’Olivã, em Campo Maior.