“Ao Pé” é o nome da exposição de Pedro Lunta e Isabel Azerêdo que é inaugurada este sábado, 12 de março.
A Exposição conta com trabalhos criados a partir de velhos moldes de sapatos, que foram plasticamente intervencionados, sendo que estabelecem laços com a língua portuguesa num processo de continuidade ou descontinuidade entre estes e os provérbios ou ditados populares.
A inauguração tem lugar às 17 horas, na Galeria de São Sebastião, em Portalegre.
O Município de Arronches tem vindo a apostar na Zona Industrial da vila, com o objetivo de que mais empresas ali se instalem, bem como sejam criados postos de trabalho, para que a população se fixe.
O ninho de empresas foi desenvolvido em duas fases, revela João Crespo, presidente da Câmara de Arronches, em que a primeira fase conta com seis espaços e a segunda com mais cinco armazéns a rondar os 150 e 170 m2, para mais empresas se instalarem, adiantando que, neste momento, “há ainda terrenos disponíveis, mas não são muitos”, porque segundo diz “há várias intenções de investimento, não só de empresários locais, mas da região, que querem instalar-se naquele local, havendo quatro ou cinco lotes disponíveis e aguardam candidaturas a fundos comunitários”.
A zoina industrial “não é muito grande”, explica o presidente da Câmara de Arronches, “não permite instalar uma empresa que crie 100 ou 200 postos de trabalho, porque depois não tinha mão de obra, mas também não é objetivo fazê-la crescer muito, é sim intenção que esta aumente de forma sustentada, que tenha atividade, se instalem empresas e de certa forma aumentem a empregabilidade no concelho, e que contribuam para a fixação da nossa população”.
Os lotes são vendidos por um “preço simbólico por 0.60 euros m2, para que a empresa, não tenha um custo muito significativo na compra do terreno, pelo este é um grande apoio que o município dá, mas queremos mais, na primeira fase há ainda instalações devolutas, mas sabemos que há interesse em que empresas em adquirir esses espaços”, remata João Crespo.
Zona Industrial de Arronches que tem merecido especial atenção por parte do município.
“Gaitas, mantas e chouriças” é o nome da peça de teatro que foi apresentada, esta quarta-feira, 9 de março, aos alunos do primeiro ciclo do agrupamento de Escolas de Campo Maior, no Centro Cultural.
Uma sessão divertida e que teve como objetivo retratar três lendas: a gaita mágica, os três irmãos e, chovem chouriças.
Uma das atrizes da companhia Teatro à Solta, Jaqueline Mota, foi a juíza deste espetáculo, com o objetivo de fazer com que as restantes personagens tenham respeito pelo tribunal, algo que como revela, não é tarefa fácil. “É uma personagem diferente, com um lugar sério, e tenta fazer com que as pessoas tenham respeito pelo tribunal, algo que não têm muito, mas ela consegue conduzir e entender, em cada caso e em cada lenda, quem de facto tem razão, mas é um pouco complicado, e todo o espetáculo é uma nova tentativa”.
A atriz destaca o facto de os alunos de Campo Maior serem “muito diferentes, recetivos e atentos às peças apresentadas”, o que a seu ver demonstra que “estão habituados a assistir a espetáculos culturais, o que é muito bom”.
Já Cristóvão Carvalheiro tem três personagens: o gaiteiro, um dos irmãos e um aldeão. “Como é a mistura de três contos, acontecem muitas coisas e, sou uma das pessoas que tentar destruir a parte séria da juíza”, revela o ator.
Tânia Catarino representa também três personagens: a mãe da juíza, que é caricata, uma das irmãs e a mulher do aldeão, que fala muito, e revela que em todos os espetáculos, “há ma componente de comédia, tentando chegar a todos os públicos e que, estes, se identifiquem com o que fazemos e que não achem que vir ao teatro é uma seca, queremos sempre que eles se divirtam muito”.
O ator Marco Paiva, nesta peça, é vendedor de loiça, pai de três irmãos e um homem rico, e garante que é ele “o causador dos interrogatórios no tribunal, que leva a que os miúdos muitas vezes não gostem da minha personagem”, considerando que esta peça demonstra às crianças que “é necessário usar a criatividade para criar novas coisas e não estarem presos ao que foi dito e ir ao teatro é fazer parte integrante da peça”.
Já a vereadora na Câmara de Campo Maior, São Silveirinha, refere que “é importante formar as crianças e jovens para este tipo de dinâmicas educá-las pela arte”, daí o público estar incluído no mês do teatro.
Quanto à peça, a vereadora refere que “está de acordo com os programas curriculares, pelo que juntámos uma série de questões, e assim faz todo o sentido que o público escolar esteja aqui contemplado”.
Nunca se falou tanto, como agora, de Saúde Mental e de doenças como depressão e ansiedade, muito agravadas durante estes dois anos de pandemia.
Segundo um estudo da Eurofound, 64% dos jovens europeus, dos 18 aos 34 anos, encontram-se em risco de depressão. O mesmo acontece com 60% das pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 49 anos, e com 50% acima dos 50 anos.
A estes números, somam-se os das consultas de psicologia, que, de janeiro de 2020 para janeiro de 2021, registaram um aumento na ordem dos 450%, revela a psicóloga Maria Calado. “É um número muito elevado, é assustador”, começa por dizer. São números alarmantes, que resultam, entre outros, do isolamento, da privação de atividades culturais, de lazer e desportivas, das mudanças nas próprias rotinas e até da convivência forçada com familiares.
“O medo da doença, de contagiar: isto criou muitos medos”, garante Maria Calado. Do “convívio excessivo”, entre quatro paredes, revela, resultaram também muitos divórcios, porque antes “as pessoas tinham uma rotina, iam trabalhar, iam fazer desporto, estavam com os amigos e só depois iam para casa. E isto acabou. Foi uma mudança muito brusca”.
O envolvimento social, com estes dois anos, em grande parte, passados em casa, e sobretudo ao nível dos mais jovens, garante a psicóloga, foi “totalmente danificado”, tendo em conta as consequências da Covid-19. Depois, em pessoas já com ansiedade, depressão ou Perturbação Obsessiva Compulsiva (POC), a pandemia resultou num “reforçar patológico”. Agora é preciso “voltar atrás”, para reabilitar, uma vez mais estas pessoas, o que é “extremamente difícil”.
Durante este difícil período, a Ordem dos Psicólogos esteve sempre junto da população, o que, do ponto de vista da psicóloga, conduziu a uma desmitificação da profissão e a uma maior coragem no momento de pedir ajuda. “A Ordem dos Psicólogos tinha uma linha de atendimento e deu formação gratuita aos psicólogos”, o que contribuiu também para que os jovens começassem a olhar para as consultas com outros olhos. “Estão a vir, querem vir e às vezes até dizem aos amigos que vão ao psicólogo. Isto é fundamental. Nós estamos a mudar mentalidades”, assegura Maria Calado.
Quanto ao processo de tratamento destas patologias do foro psicológica, a terapeuta não esconde que é difícil, sendo que a própria pessoa tem de ser forçada a sair de casa, a obrigar-se a fazer desporto e tudo aquilo que gostava de fazer, antes de ser diagnosticada com ansiedade, depressão ou qualquer outra doença mental. “É muito difícil mudar isto, porque nós somos seres de hábitos, e a pessoa não está bem e não quer sair. Para a pessoa custa muito sair de casa e estar com as outras pessoas, mas faz parte do processo”, diz ainda.
Também os pedidos consulta, ao nível da psiquiatria, têm aumentado, segundo a psiquiatra Filipa Viegas, “a par de uma óbvia falta de recursos humanos para dar resposta”, como psiquiatras, psicólogos, técnicos de reabilitação psicossocial, terapeutas ocupacionais e psicomotricistas. Com isto, a pandemia “veio aumentar a pressão sobre os serviços de Doença Mental”.
As pessoas que já tinham doença mental, antes da pandemia, “acabaram por piorar” e aqueles que já tinham alguma vulnerabilidade acabaram mesmo por desenvolver algum tipo de patologia, pelo “stress acrescido”. Este, que é considerado por muitos um “trauma coletivo”, reflete-se num conjunto de situações: “a diminuição da interação com os pares; a exacerbação de alguns conflitos familiares, pela a proximidade imposta; uma exposição a violência; as questões do luto familiar, por muitas pessoas que faleceram; dificuldades económicas vindas da própria pandemia; a privação de liberdade e experiências”.
Só em Portugal, e segundo um estudo levado a cabo, no decorrer da pandemia, com uma amostra de seis mil pessoas, um quarto destas, sobretudo ao nível dos jovens adultos e das mulheres, apresentava sintomas moderados a graves de ansiedade e depressão, revela a médica.
Apesar do aumento da doença, durante a pandemia, verificou-se, por outro lado, “um aumento da sensibilização para a saúde mental, com a redução do estigma, que também é uma coisa importante: começarmos a perceber que o cérebro, como qualquer outro órgão, também pode adoecer”. A repercussão dos efeitos colaterais da pandemia, garante Filipa Viegas, é de mais casos de depressão, ansiedade e de perturbação de stress pós-traumático, com sintomas que vão desde tristeza, à falta de motivação, preocupação excessiva, crises de pânico, até às alterações do sono.
Uma boa alimentação e a prática desportiva, garante a médica, são a base da prevenção da doença mental. “As pessoas que conseguiram manter passatempos, hobbies e uma rotina diária, conseguiram não descambar, não adoecer com tanta probabilidade”, revela. O recurso a medicamentos pode estar implícito, no tratamento de doenças como a depressão e a ansiedade, mas cada vez mais os especialistas defendem a psicoterapia como abordagem de “primeira linha”, com recurso ao médico de família e à psicologia.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal passou de 99,5 doses diárias de antidepressivos por cem mil habitantes, em 2016, para 131,1 em 2020. Este aumento da toma de medicação para o tratamento de depressões, sobretudo, diz Filipa Viegas, acontece pela falta de aposta, por parte do Governo, na introdução de psicólogos no Serviço Nacional de Saúde.
“Se o doente fosse um carro, a medicação dava o combustível, mas a é psicologia que dá a aulas de condução. Não nos vale de nada ter um carro, se não o sabemos conduzir”, diz a médica. A verdade é que os psicólogos “não são contratados para os cuidados de saúde primários, do SNS, e essa devia ser a principal preocupação de quem gere a nossa saúde, porque isso iria aliviar essa percentagem de pessoas que têm de acabar por recorrer à medicação”. Ainda assim, Filipa Viegas lembra que há casos em que a medicação é fundamental, sendo esse o principal indicador de que houve, de facto, um agravamento da saúde mental.
A médica recorda que “ansiedade e tristeza todos nós, em algum momento da nossa vida, já o sentimos, perante circunstâncias que o justifiquem”. Passa-se de uma reação normal para uma patologia quando os sintomas começam a ser muito frequentes, ao longo de vários dias, e quando têm um impacto na funcionalidade da pessoa: “quando a pessoa começa a não conseguir fazer a sua vida normal, tratar dos seus afazeres, quando deixa de ter prazer em coisas que antes lhe davam prazer, quando começa a não sair de casa”.
Perante estes sinais de alerta, e quando a pessoa começa também a apresentar alterações de apetite e de sono, quando se torna mais pessimistas e apresenta, inclusive, ideias de terminar com a própria vida, há que pedir ajuda. “Outra coisa que é importante é a pessoa falar, porque, muitas vezes, está em sofrimento, pelo tal receio ou vergonha e não o revela. Quem a rodeia tem de estar atento a uma mudança naquilo que a pessoa costumava ser”, remata.
Não há um momento certo para procurar ajuda, até porque o limiar da angústia varia de pessoa para pessoa. Contudo, quando se sente que se pode estar perto de o atingir, deve-se agir.
A entrevista na íntegra a Maria Calado e Filipa Viegas para ouvir no podcast abaixo.
O Centro Cultural de Campo Maior recebeu esta terça-feira, 8 de março “A Gata Borralheira”, uma peça de teatro dirigida aos alunos do pré-escolar, produzida pela companhia Teatro à Solta.
Esta versão do conhecido conto de fadas ofereceu uma nova perspetiva da história, adaptada ao público mais jovem, cheia de humor e em constante interação com o público, mostrando que a Gata Borralheira continua a sonhar e acaba mesmo por encontrar a felicidade
Esta foi uma iniciativa inserida na programação de “Março – Mês do Teatro” e “Festival de Leituras Floridas” que decorrem até ao fim do mês.
A exposição “Arte na Diferença”, uma mostra do trabalho desenvolvido pelos utentes da APPACDM de Elvas, encontra-se patente ao público até ao próximo dia 3 de abril, no espaço.arte, em Campo Maior.
A mostra tem recebido a visita de algumas IPSS da região, que proporcionaram aos seus utentes a possibilidade de apreciarem as obras expostas.
Foi o caso dos utentes da própria APPACDM de Elvas e do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, que estiveram naquele espaço municipal, onde passaram uma tarde diferente do habitual.
As imagens da inauguração da exposição, a 4 de fevereiro:
De forma a assinalar o Dia Internacional da Mulher, o auditório da Escola Secundária recebeu ontem, terça-feira, 8 de março, o Fórum Mulher, intitulado “A Mulher na Sociedade Atual”, uma iniciativa do Município, com o apoio do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, dirigida aos alunos do ensino secundário.
Numa sessão moderada por Bárbara Nunes, participaram enquanto oradoras Dionísia Gomes, Coordenadora da Ação Social do Grupo Nabeiro, Francisca Russo, Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Campo Maior, Margarida Palmeiro, Diretora Técnica da Farmácia Campo Maior, Maria Lama, Bailarina e Coreógrafa profissional, e Rosalía Perera Gutiérrez, advogada e Empresária.
Durante a manhã, e perante um auditório repleto de jovens, foram abordados diversos temas relacionados com o papel da mulher na nossa sociedade, dificuldades, conquistas e desafios para o futuro.
Estiveram presentes na sessão o presidente da Assembleia Municipal, Jorge Grifo, os vereadores São Silveirinha, Paulo Almeida e Fátima Vitorino, Olga Madeira e Sandra Rosa em representação das Juntas de Freguesia de Degolados e da Expectação, respetivamente e o Diretor do Agrupamento de Escolas, Jaime Carmona.