As Associações de consumidores e transportes rejeitam as portagens que o Governo pretende implantar nas autoestradas espanholas a partir de 2024, avisando que a Extremadura será uma das regiões mais afetadas.
A proposta está ainda numa fase muito embrionária, no entanto na região com maior défice de infraestruturas, a ideia não caiu muito bem. Se o Governo Central concretizar a ideia de cobrar portagens pelo uso das autoestradas a partir de 2024, os estremenhos terão de pagar quatro euros para viajar de Badajoz a Madrid, 3,5 euros de Plasencia a Sevilha e 1,20 euros para ir de Badajoz a Mérida. Neste último caso trata-se de um trajeto que diariamente, centenas de pessoas fazem, para trabalhar, e que no final do ano corresponderia a um gasto de 300 euros.
Estes cálculos foram realizados pela União de Consumidores da Extremadura que ontem demonstrou o seu descontentamento com a ideia.
O Ministério dos Transportes não fala em portagens, mas num “tarifário” pela utilização da rede rodoviária espanhola, a um custo de um cêntimo por quilómetro. Na Extremadura existem 535, entre a A-5 (Badajoz-Madrid) e a A-66 (para Salamanca e Sevilha). O objetivo é duplo: a conservação das estradas a cargo dos usuários e o compromisso com o transporte sustentável.