No próximo dia 20 deste mês assinala-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying, para tal no programa de hoje “Elvas + Solidária, a psicóloga Viviana Matias, explica não só este conceito, mas também qual o impacto que tem nas vítimas.
O Bullying caracteriza-se pela “intencionalidade e continuidade de comportamento ao longo do tempo, numa relação que é caracterizada por uma diferença de poder entre duas pessoas, ou um grupo e uma pessoa, tornando-se assim numa forma grave de agressão”.
Segundo alguns estudos, e como revela psicóloga, “uma em cada cinco crianças é vítima deste tipo de violência, em contexto escolar, que causa um grande sofrimento ao nível emocional e social, e que pode comprometer o desenvolvimento da sua personalidade, muitas pessoas acabam por experienciar sentimentos negativos e a parte da rejeição, acabam por se sentir doentes e influencia a sua rotina diária e rendimento escolar, porque mantêm a preocupação se este tipo de agressão volta a acontecer”.
Para além das consequências emocionais que o bullying causa nas crianças, e quando estas não têm o devido apoio psicológico, pode mesmo levar ao suicídio. A psicóloga refere que “algumas das pessoas quando não têm o devido acompanhamento, pode mesmo levar ao suicídio, e aumenta também os riscos de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.”
Atualmente para além do Bullying surge um novo tipo de agressão que é o ciberbullying, “que tem vindo a disparar”. Viviana Maias refere que este tipo de violência “é mais silencioso, em que não há tanto controlo, uma vez que se processa a nível virtual, e tem um maior impacto nas crianças e jovens”.
Para combater o bullying e ciberbullying, principalmente nas escolas, e como explica a psicóloga Viviana Matias, torna-se fundamental o envolvimento das forças de segurança, bem como pais, professores e, acima de tudo, a sociedade em geral. “Tanto a polícia como a escola, devem estar bastante envolvidos na sensibilização deste tema, bem como o trabalho dos psicólogos, é muito importante trabalhar junto dos alunos estas questões com uma comunicação assertiva para a resolução de problemas e gestão de conflitos, porque há muitas estratégias que podemos transmitir, o modo como devem agir”
No entanto, a psicóloga considera que os pais devem estar sensibilizados, para poderem ajudar os filhos, mas esta sensibilização aplica-se igualmente aos jovens que dizem “eu só estavam a assistir, e não percebem que acabam por estar a apoiar e manter o comportamento, ou mesmo ao filmar, em vez de colocar um ponto final”.
“Toda a gente deve estar envolvida, para estar alerta e cooperar sempre que é necessário identificar alguma situação”, acrescenta ainda a psicóloga Viviana Matias.
O impacto do bullying nas crianças e jovens é o tema em destaque no programa, desta semana, “Elvas + solidária”, que pode ouvir na nossa emissão ao meio-dia e meia e às 16.30 horas.