O Museu Estremenho e Ibero-americano de Arte Contemporânea de Badajoz, através da artista Maite Cajaraville, lançou o projeto VEXTRE.
VEXTRE. Extremaduraensitios é um projeto inovador que se desenvolve em torno de uma realidade digital aumentada, onde a interação do visitante é essencial para a concretização da proposta apresentada.
De maneira a se corrigir a perceção distorcida da região, torna-se crucial a participação da denominada “diáspora da Estremadura”, à qual pertence parte de uma geração criativa, onde se inclui Maite Cajaraville e, consequentemente, a sua produção artística. A VEXTRE deve por isso, ser entendida como um contributo artístico no sentido de uma desmistificação do território, possibilitando uma interação com um conjunto de aspetos emocionais, projetados em três dimensões, como se de um percurso se tratasse, estimulando a redescobrir o território que habitamos.
Expressamente concebida para o MEIAC, a peça resultante do processo criativo emana uma presença e beleza estética, sendo na verdade um objeto virtual tridimensional, produzido por meios tecnológicos, que contou com um exaustivo trabalho de investigação e tratamento de dados, atendendo a diferentes parâmetros socioeconómicos da Estremadura. A VEXTRE possibilita a qualquer utilizador com recurso aos dispositivos móveis, aceder de qualquer parte do mundo a este conjunto de dados relativos à Estremadura promovendo, deste modo, outras formas de exibição artística, contribuindo para diminuir as barreiras físicas entre o museu e o público.
Este projeto produzido pelo MEIAC insere-se no acordo celebrado em 2019 entre a Junta da Extremadura e a Fundação Eugénio de Almeida (Évora), por via do qual foi estabelecido um programa de intercâmbio de exposições de artistas da Estremadura espanhola e do Alentejo, por um período de três anos.
Após a sua apresentação no MEIAC, que ocorrerá no final de Abril de 2021 em Badajoz, o VEXTRE será apresentado ao público na FEA em Évora, proporcionando novos diálogos com os visitantes daquela cidade.
