A Câmara de Portalegre aceitou a privatização da água no distrito, em virtude da Águas do Norte Alentejano, S.A, uma empresa multimunicipal, ter passado agora a fazer parte das Águas de Lisboa e Vale do Tejo, com sede na Guarda.
A presidente da câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, assegura não estar contra a privatização da empresa mas considera que as câmaras estão um bocadinho amarradas e com pouca margem de manobra.
A nossa participação enquanto município deixa muito a desejar e deixamos de ter alguma autonomia, afirma a autarca, criticando os moldes em que se desenrolou o processo.
Adelaide Teixeira lamenta a forma como a autonomia das câmaras será afectada na defesa dos direitos das populações, e garante que fez chegar a insatisfação da autarquia a quem de direito.
A decisão estava tomada (…) nestas questões da privatização não temos grande poder de decisão afirma a presidente da câmara de Portalegre.
A presidente da capital de distrito revela que se insurgiu contra a privatização pela forma como foi feita, mas utilizou o seu voto de confiança para aprovar o regulamento desta mesma privatização, visto ser este um regulamento bem feito do ponto de vista jurídico.
Recorde-se que a extinção da empresa Águas do Norte Alentejano, S.A., com sede em Portalegre, foi aprovada a 30 de junho de 2015 e a responsabilidade dos serviços passa a pertecencer à empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo, com sede na Guarda, de forma a assegurar a centralização dos serviços.