“Um militar não foi formado para ser vigilante”, diz Aragão Varandas

AragaoVarandasOs Militares na reserva poderão vir a realizar funções de vigilantes nas escolas.

Segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC), a medida já foi aprovada e contempla alterações a um diploma que vem permitir agora o recrutamento de elementos das Forças Armadas na reserva para fazer vigilância nas zonas escolares.

O coronel Aragão Varandas referiu-nos que esta medida vai denegrir a função de um militar: “dá-me a sensação que estamos a denegrir a função de militar, que foi formado para uma coisa e agora está a fazer outra, um militar não foi formado para ser vigilante ou contínuo de uma escola, não tem cabimento, não tem pés nem cabeça fazer uma coisa dessas”.

“Os militares não podem ser confundidos com forças de segurança interna, como a Polícia ou a GNR. Parece-me que quem trata desses assuntos não sabe bem do que está a falar, as Forças Armadas têm uma missão de defesa nacional externa, fundamentalmente, e esta é uma atividade exclusiva de forças de segurança interna, polícia ou GNR”, refere ainda o coronel Aragão Varandas.

As principais missões serão a de zelar pelo cumprimento dos regulamentos das escolas, requerendo o auxílio de forças de segurança, sempre que for justificado.