Carlos Silva, secretário-geral da UGT (União Geral de Trabalhadores), lança duras críticas ao Governo por continuar a aplicar políticas de austeridade.
Eu lamento que o plano Juncker tenha sido uma iniciativa na União Europeia sem o apoio claro do Governo Português, em relação à política nacional, alega Carlos Silva. Uma coisa é o Jean-Claude Juncker vir dizer que é necessário apoiar o investimento na Europa com 310 mil milhões de euros e agora vem o presidente do BCE (Banco Central Europeu) disponibilizar mais de um bilião de euros para a criação de investimento em toda a Europa e em Portugal continuam-se a aplicar medidas de austeridade. Há aqui qualquer coisa que não está certa; há qualquer coisa que é paradoxal, garante.
Para o secretário-geral da UGT não podemos continuar a assistir a um fomentar do investimento, do crescimento económico em toda a Europa e Portugal continua com a cabeça metida na areia, como as avestruzes, em que as políticas de austeridade é que são para seguir. Carlos Silva vai mais longe e garante que o Governo português contraria a posição do Papa Francisco, que diz ser preciso combater a pobreza e dar expectativa às pessoas, e do prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz, que vem dizer que as políticas de austeridade estavam erradas.
O Governo continua a reduzir salários, ou a não os aumentar desde 2010 que não há aumentos salariais na Administração Pública, lembra Carlos Silva. É com os privados que temos de contar, remata.