A CIMAA, em colaboração com a AREANATejo e com a EDP Distribuição, potenciou a implementação de sistemas de regulação do fluxo luminoso (RFL) em 75 instalações de iluminação pública (IP) dos 15 Municípios do Alto Alentejo, numa iniciativa inovadora e pioneira a nível nacional, que permitirá a redução da emissão anual de mais de 500 toneladas de CO2 para a atmosfera.
Esta medida permite obter reduções significativas no consumo anual de energia eléctrica, mais de 1,2 GWh (4% do total da IP do Alto Alentejo) e nos encargos anuais com o seu funcionamento em mais de 130 mil Euros (5% dos encargos totais com a IP do Alto Alentejo).
Inserida no âmbito do Projecto ILUPub Melhoria da Eficiência Energética da Iluminação Pública e financiada pelo INALENTEJO, divide-se em três componentes de execução, sendo que duas delas já se encontram implementadas.
A despesa anual com energia eléctrica dos 15 Municípios do Alto Alentejo ultrapassa os 5,2 milhões de Euros, sendo que mais de 2,6 milhões correspondem a custos com IP, constituindo estes valores um peso importante nas despesas correntes dos Municípios.
Nesse sentido, é imperativo que os Municípios, enquanto entidade pública de actuação local, sejam idóneos na adopção e implementação de medidas que conduzam a uma melhoria do desempenho energético da IP (e consequentemente, a uma redução de custos) demonstrando um exemplo de boas práticas.
O consumo de energia está na origem de 80% das emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia (UE). Concludentemente, reduzir as emissões de gases com efeito de estufa implica um menor consumo de energia e uma maior utilização de energia limpa.
De acordo com o PNAEE 2016 – Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética, em Portugal a Iluminação Pública é responsável por 3% do consumo energético. No entanto, tem-se verificado nos últimos anos uma tendência de aumento da rede de IP (cerca de 4 a 5% por ano), o que implica um conjunto de medidas direcionadas ao aumento da eficiência energética no parque de IP, fundamentando as medidas tomadas.
Nos períodos nocturnos de menor circulação viária e pedonal, e sem perda aparente de qualquer das qualidades funcionais e de segurança dos sistemas de IP, esta tecnologia permite baixar os níveis de iluminação permitindo, consequentemente, diminuir os consumos de energia, aumentar o intervalo entre substituição de consumíveis, estabilizando a tensão de forma a minimizar envelhecimento prematuro das luminárias e seus componentes e sua consequente diminuição do intervalo de manutenção.
Certos das enormes vantagens que a implementação de medidas de melhoria da eficiência na iluminação pública, está neste momento a ser preparada a terceira fase que deverá arrancar até final de 2013.