O presidente da câmara de Elvas, Rondão Almeida, quer que a zona industrial de Elvas passe para a Herdade da Comenda, junto à fronteira do Caia, uma vez que os terrenos destinados atualmente para o efeito, que vão desde a estação ferroviária de Elvas ao nó das Sochinhas, são de particulares.
O autarca antevê já algumas dificuldades na aquisição desses terrenos: “as pessoas deduzem que têm um olival e, só por ele estar classificado como zona industrial, podem exigir milhões por ele. Numa primeira fase, tal como estou a fazer com os proprietários das casas degradadas, irei reunir com todos os proprietários dos terrenos. Se estiveram disponíveis a vender a sua propriedade, dentro de um preço acessível, em que não perca nenhuma das partes, continuarei a ir por esse caminho e alargarei a zona industrial para esse lado”.
Se os proprietários não se mostrarem recetivos à negociação, Rondão Almeida explica que “na Herdade da Comenda estão disponíveis cerca de 120 hectares de terreno, propriedade do Ministério da Agricultura. Nesse sentido, eu tenho que estar ao pé daqueles que eu deduzo que podem colocar a Herdade da Comenda, onde se fixava a plataforma logística há oito anos, nas mãos da câmara municipal”.
Caso o Governo ceda este terreno e crie as condições necessárias para o infraestruturar, “poderá surgir uma grande zona industrial, como complemento à plataforma logística”, garante Rondão Almeida.
A Banda 1º de Dezembro volta ao Centro Cultural para um Concerto de Ano Novo, este sábado, 22 de janeiro, às 21.30 horas.
Trata-se de um concerto “com um reportório que é uma fusão entre o concerto que a banda tinha preparado para o aniversário, assim como o de ano novo, que não se realizaram anteriormente, devido à pandemia”, explica a vereadora na Câmara de Campo Maior São Silveirinha.
O espetáculo está marcado para as 21.30 horas e a entrada é gratuita, contudo é obrigatório o uso de máscara e a apresentação do Certificado de Vacinação válido.
No alto dos seus mais de 70 anos, João Carapinha é uma das 58 pessoas que habita, hoje, em Ouguela: uma aldeia histórica, de Campo Maior, que, de alguma forma, parece esquecida e parada no tempo, onde não há nada, para além de ar puro, património militar, uma bonita paisagem, um verdadeiro sentimento de paz de espírito e gente simpática e acolhedora, que na sua maioria, já carrega aos ombros muitas décadas de vida.
Depois de 30 anos no Algarve, João decidiu voltar à terra onde tem as suas raízes para gozar da sua pequena reforma, juntamente com a mulher, até porque, dado os baixos rendimentos, não tinham como continuar fora da terra que os viu nascer, onde têm também habitação própria. Já a filha do casal acabou por se fixar em Lisboa, uma vez que, segundo João, pessoas com a mesma idade, ainda jovens e no ativo, não têm como viver e trabalhar em Ouguela. No seu tempo, e até ir para o Algarve, este homem trabalhou sempre na agricultura.
Augusto Encarnação
Vindo de mais longe que João, também Augusto Encarnação regressou a Ouguela, há cerca de quatro anos, depois de 45 em França, onde deixou filhos e netos, mas onde regressa regularmente. Aqui, Augusto e João são, diariamente, a companhia um do outro. Para além das voltas que dão pela aldeia, todos os dias, improvisaram uma esplanada, onde, em dias de sol, jogam às cartas e bebem o seu copo de vinho.
E só mesmo a companhia uns dos outros para que o tempo custe menos a passar em Ouguela. Aqui, não há um café, uma mercearia e a rede, nos telefones, não é muita. Internet, nem sinal dela. De jovens e crianças, também não. Mas esta terra já teve muitas crianças. A escola, recorda outra das habitantes desta pequena aldeia, Graça Amiguinho, chegou a ter as suas duas salas completamente cheias. “Vinham as crianças dos montes, as duas salas que temos ali abaixo não chegavam e a professora ainda tinha de dar aulas na sala de espera”, conta, assegurando que, aqui, “havia muita vida”.
Graça Amiguinho
A missa aos sábados, revela esta mulher, é das poucas coisas que ainda acontecem em Ouguela, sendo que, para fazer as compras, precisa de se deslocar sempre a Campo Maior. Felizmente, o marido tem carro e facilmente vão à até vila. O mesmo não podem dizer pessoas mais velhas que Graça, apesar da ajuda da Câmara e da Junta de Freguesia de São João Batista, nesse sentido, ao disponibilizar transporte.
Nascida e criada em Ouguela, e apesar das saídas com a família para França e Campo Maior, é em Ouguela, onde esta mulher passará, ao que tudo indica, o resto da sua vida. “Nasci, cresci e casei aqui. Estive quatro anos em França, mas não nos demos lá bem, porque tinha uma criança deficiente, viemos embora para Portugal outra vez, fomos para Campo Maior. Tivemos um táxi, mas o táxi também não deu, e voltamos para aqui outra vez, a fazer regadios e a colher azeitona”, explica.
Manuel Molano
Manuel Molano, outro dos habitantes desta aldeia, com idade avançada, e já sem a companhia da mulher, teve de aprender a fazer tudo sozinho. “Sempre aqui vivi, nasci aqui e aqui hei de morrer”, garante, recordando que “só os velhos” continuam em Ouguela, de onde não sai desde que a pandemia surgiu nas nossas vidas. “Se me faz falta alguma coisa, peço aos meus filhos e eles vêm-me trazer”, conta ainda, explicando que os dois filhos vivem em Campo Maior e a filha em Fronteira. Na sua juventude, recorda Manuel, Ouguela tinha duas tabernas, duas mercearias e muita vida. Agora, só mesmo os espanhóis, que todos os fins de semana, animam a aldeia, por mais que, depois de visitada a aldeia, rapidamente se vão embora. “Nem um sítio para lhes vender uma garrafa de água aqui há”, lamenta.
A verdade é que o potencial de Ouguela, sobretudo turístico, tem merecido o reconhecimento de muitos. E é precisamente da necessidade de dar outras condições a quem visita a aldeia, para além de se procurar, por outro lado, inverter o processo de despovoamento de Ouguela, que, juntamente com a Câmara de Campo Maior e a Junta de Freguesia de São João Batista, a AVOAR, a Associação para a Educação Artística e as Literacias, liderada por Rui Andrade, decidiu apostar tudo numa candidatura ao programa Bairros Saudáveis, tendo visto a mesma aprovada e financiada em quase 48 mil euros, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência, do Fundo Ambiental e do Ministério da Saúde.
Rui Andrade
Esta associação, sediada em Castelo que Vide, que faz agora quatro anos, conseguiu já adquirir o estatuto de Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, tendo como objetivo fulcral a literacia para todos, não só a nível regional ou nacional, mas no mundo inteiro.
E foi numa visita a Ouguela, há cerca de três anos, e com o propósito de ajudar no desenvolvimento de um percurso pedestre que Rui Andrade se apaixonou por esta localidade. Para avançar com este novo projeto, o ponto de partida estava dado, até porque, para além de todo o potencial, Ouguela tem vários espaços recuperados e, segundo diz, “em condições”. O projeto, que tem o nome de “Ouguela ConVida”, parte de uma conversa com os habitantes, numa primeira fase, para que a AVOAR conseguisse perceber o que estas pessoas pretendem para a sua terra e dotá-las de um conjunto de ferramentas. Esse trabalho de capacitação e empoderamento, que teve em início em novembro de 2021 e que se estende até agosto deste ano, é levado a cabo por uma dúzia de artistas e técnicos, sendo que, de acordo com Rui Tavares, tudo depende dos habitantes de Ouguela e da sua vontade em levar este projeto por diante.
Da lista de objetivos deste projeto constam, entre outros, a produção de um livro, assim como de vários pequenos documentários, instrumentos que, acima de tudo, têm como fim atrair pessoas até à aldeia. Pretende-se também que as pessoas, em Ouguela, descubram que serviços podem prestar à comunidade. Entretanto, a AVOAR efetuou um pedido de apoio institucional à UNESCO e à Entidade Regional de Turismo do Alentejo, sendo que de ambas recebeu uma resposta positiva, para a divulgação online dos materiais promocionais do projeto. Com o desenrolar do projeto, Ouguela será ainda integrada em duas rotas turísticas.
O objetivo é terminar este projeto, em agosto, com uma festa, em que será, entre outros, apresentada uma performance protagonizada pelos habitantes da aldeia.
Luís Rosinha
Segundo o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, este projeto surge, também, no seguimento das intervenções que têm vindo a ser feitas no património de Ouguela, como a Praça de Armas e as muralhas que cercam a aldeia. “Candidatámo-nos a fundos europeus para fazer a reabilitação da Praça de Armas, tanto como uma parte da muralha de Ouguela, sendo que as verbas a que nos podíamos candidatar não podiam contemplar que toda a muralha fosse feita”, revela o autarca. “Continuamos a trabalhar e, neste momento, estamos em condições de fechar todo o procedimento relacionado com a muralha de Ouguela e dando aqui uma perspetiva de visita muito interligada com a uma possível visita à Fortificação de Campo Maior, termos também aqui um ponto de ligação com Ouguela, até porque Ouguela, por si só, tem caraterísticas fantásticas, do ponto de vista da observação da natureza, os caminhos pedestres. Aqui, existe uma série de potencialidades por explorar”, adianta.
Com os equipamentos e infraestruturas de Ouguela a ficarem prontos, aos poucos, garante Luís Rosinha, é necessário capacitar e incentivar a população, no sentido de dar a esta aldeia uma nova vida. No final de contas, diz ainda, o importante é que se perceba que, em Ouguela, “existe dinâmica”, pelo que se espera que se consiga levar os visitantes a usufruir das potencialidades e do património da aldeia.
Miguel Tavares
Com o trabalho a ser desenvolvido pela AVOAR, a população de Ouguela “vai ganhar capacidade de influenciar o próprio futuro”, um futuro que se quer “mais ambicioso”, garante, por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de São João Batista, Miguel Tavares. Contudo, lembra, Ouguela, hoje despovoada e com uma população maioritariamente idosa, chegou a ter entre 500 a 600 habitantes. Vivendo, há muitos anos, na base da agricultura, esta aldeia não é agora, nem há muito tempo, “apetecível para os jovens”.
A aposta em Ouguela, diz ainda Miguel Tavares, depois de cerca de 20 anos sem qualquer investimento, chegou, com a disponibilização de recursos e a luta pelos financiamentos, por altura do primeiro mandato de Ricardo Pinheiro, ao leme da Câmara Municipal de Campo Maior. O presidente da junta não esconde que há vários problemas na aldeia, mas que, por exemplo, não é possível desapropriar, para se depois se recuperar as habitações degradadas que se encontram espalhadas por Ouguela.
Entretanto, conseguiu-se já instalar um serviço de internet naquele que vai ser o centro comunitário de Ouguela, a ser brevemente inaugurado, no antigo posto de saúde da aldeia, e toda a ajuda tem sido prestada à população, dentro das possibilidades. Ouguela, recorda ainda, chegou a ser considerada a primeira Aldeia dos Sonhos, pela INATEL. Muito recentemente, foi iluminada com uma estrela de Natal da Missão Continente.
Vanda Portela
E sem adiantar grandes pormenores, Vanda Portela, do atual executivo da Junta de Freguesia de São João Batista, revela que um negócio irá mesmo nascer, muito em breve, em Ouguela. “Tentámos dinamizar a parte comercial e incentivar a que existisse algum tipo de negócio, um café, qualquer coisa”, revela, por mais que se saiba que “é difícil”. “Já está previsto e a iniciar-se um projeto que se enquadra, perfeitamente, naquilo que nós pretendíamos e que vai permitir ao proprietário ter lucro com o negócio. Vamos ajudar em tudo que seja possível para que tenha sucesso”, assegura.
Para que Ouguela tivesse mais vida e atividade, desejo antigo da Junta de Freguesia de São João Batista, garante Vanda Portela, foi com muito gosto que o atual executivo, juntamente com a Câmara, abraçou este projeto da AVOAR. O antigo posto médico da aldeia mais que espaço comunitário, vai acabar por servir como um elo de ligação entre todas as parcerias que a Junta de Freguesia e a Câmara de Campo Maior têm estabelecido, ao longo dos anos.
Em todo o país, 246 projetos foram aprovados para financiamento ao programa Bairros Saudáveis, num total de 752 candidaturas, 27 dizem respeito à região Alentejo, apenas dois, incluindo este de Ouguela, no Alto Alentejo.
A reportagem completa para ouvir no podcast abaixo:
Após cem dias à frente dos destinos da Câmara Municipal de Campo Maior, o mandato de Luís Rosinha, fica, desde já, associado à elevação das Festas do Povo a Património Cultural e Imaterial da UNESCO, bem como à conquista de um financiamento de 15 milhões de euros, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para investimento na zona industrial da vila.
Para o presidente da Câmara, “é fundamental” que as festas do povo se realizem, assim que possível e que a pandemia o permita, apontando, já para o ano que vem, a próxima edição do evento. “Não podemos olhar para um evento como este, numa situação em que estamos hoje em dia ainda, e temos de perceber que este é um evento de união e comunhão entre as pessoas, que neste momento não podemos provocar”, assegura.
A elevação, a 15 de dezembro do ano passado, adianta Rosinha, aumentou a responsabilidade que já sentiam a autarquia, a Associação das Festas do Povo de Campo Maior e a própria população. “Nós já a sentíamos, porque percebíamos que é um evento que vai sendo feito pelos mais velhos, que tinha de existir aqui uma salvaguarda nos modelos de conceção e própria execução da flor, e aquilo que a câmara já está a preparar que tem muito que ver com um processo educativo”, revela.
Incorporar a tradição das Festas do Povo na comunidade escolar é, assim, uma das prioridades: “os nossos alunos terão que sentir a necessidade daquele trabalho voluntarioso, mas que é a nossa mostra ao mundo mais significativa, e agora com um selo de património da UNESCO, que nos trará, de certeza, muito mais a ganhar”.
Quanto aos fundos do PRR, que superam o valor do orçamento municipal para este ano, que é de 14 milhões e 800 mil euros, revela o autarca, começa-se já a tratar do procedimento de contratação. “Estamos praticamente a assinar o termo de aceitação com a CCDR e a perceber quais são as questões não ilegíveis”, revela Luís Rosinha.
O Centro de Artes e Ofícios, prometido em campanha eleitoral pelo PS, virá a ser uma realidade, garante ainda o autarca, mas que, por agora, as prioridades são outras. “Iremos fazer esse caminho, começamos a identificar o espaço para fazer esse centro, perceber quais as necessidades que vamos lá colocar, se será uma coisa mais direcionada para aquilo que é a Festa da Flor em si, mas também para outros atos, porque não nos podemos esquecer, que associadas às Festas do Povo, temos as Saias, a nossa cultura popular”, lembra.
Relativamente ao investimento, com base nos fundos do PRR, o presidente da Câmara de Campo Maior não tem dúvidas que irá resultar em mais fixação de empresas, mais empregos e mais investimento. “A fixação de jovens pode muito estar atrás de um projeto como este, porque falamos em questões muito em voga, que tem a ver com novas profissões, que tem a ver com a criação de uma zona totalmente coberta das redes 5G”, remata.
Estes foram apenas alguns dos temas abordados numa entrevista feita esta quinta-feira, pelo diretor da Rádio Campo Maior, António Ferreira Góis, a Luís Rosinha. Pode ver e ouvir a entrevista, na íntegra, aqui.
O presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Luís Rosinha esteve, esta quinta-feira, dia 20, em entrevista na Rádio Campo Maior e Rádio ELVAS ELVAS, para falar sobre os primeiros cem dias do seu atual mandato à frente da autarquia campomaiorense.
Veja, ou reveja, aqui o vídeo da entrevista, conduzida por António Ferreira Góis, diretor das rádios do grupo Alentejo em FM:
Um grupo de 16 pessoas, de nacionalidade estrangeira, deslocou-se ao final do dia de ontem, terça-feira, dia 18, ao Posto Territorial de Campo Maior da GNR para pedir ajuda, alegando que se encontrava a ser explorado. Com fome e sem condições de alojamento, tudo apontou para crime de tráfico de seres humanos.
De acordo com o capitão Lourenço, comandante do Destacamento Territorial de Elvas da GNR, “perante todos os indícios, percebemos que se poderia tratar de uma situação de tráfico de seres humanos. Acolhemos estas pessoas, em coordenação com uma equipa multidisciplinar e especializada na prática de tráfico de seres humanos e com o Município de Campo Maior, e já encaminhámos oito destas pessoas. As outras oito foram acolhidas pelo Município de Campo Maior e, posteriormente seguirão também para estes centros”.
De acordo com o comandante, este grupo de indivíduos já estava sinalizado e a situação já tinha sido reportada ao Ministério Público: “em novembro, quando realizámos uma ação de fiscalização com o intuito de identificar situações de tráfico de seres humanos, estivemos no monte onde estes e outros indivíduos estavam. Por haver alguns indicios, reportámos o caso ao Ministério Público mas eles não se quiseram deslocar do local. Agora, por se encontrarem numa situação mais vulnerável, deslocaram-se ao posto da GNR de Campo Maior para pedirem ajuda”.
Já no posto da GNR de Campo Maior, foi necessário encontrar uma entidade que lhe servisse uma refeição digna. Esse foi o papel da Santa Casa de Campo Maior, como nos referiu Luís Machado, provedor da instituição campomaiorense: “fomos contactados pela Segurança Social no sentido de servirmos a refeição a estas pessoas. Conseguimos proporcionar-lhe o jantar e também o pequeno almoço de hoje. Ontem, quando passei pelo posto da GNR, ainda não se sabia onde eles iriam pernoitar. Nesse sentido, apoiámos também com a entrega de cobertores”.
Também a Câmara Municipal de Campo Maior tomou diligências para ajudar estas pessoas, principalmente na questão das refeições e da hospedagem. Luís Rosinha, presidente do município explica que tomou conhecimento da situação depois de ser contactado pela diretora distrital da Segurança Social e do Comandante do Posto Territorial de Campo Maior da GNR, sendo que a partir desse momento, se colocou “à disposição para minimizar o momento que estas pessoas estavam a viver”, uma delas relacionada com as refeições, enaltecendo o papel do provedor que “manifestou prontamente disponibilidade para confecionar as refeições, noturnas, e a Câmara disponibilizou o armazém municipal para que estas lá pudessem jantar”.
O município, em colaboração com a Junta de Freguesia de Degolados, para hospedar estas pessoas, decidiram disponibilizar o espaço do antigo lar de Degolados para que lá pudessem pernoitar. O presidente do município campomaiorense revela ainda que “como estes processos são geridos por uma ONG, foi acionada uma linha para a parte da hospedagem, mas tendo em conta a noite fria e o passar das horas, aquilo que de forma articulada as entidades agilizaram, foi disponibilizar o espaço do antigo lar de Degolados”, que tinha disponibilidade de camas que eram destinadas a doentes covid, caso fosse necessário, e foi onde estas pessoas pernoitaram.
Luís Rosinha acrescenta ainda que o apoio da Câmara foi de encontro “às necessidades notificadas pela GNR e Segurança Social, demonstrando apreço à junta de Degolados, na pessoa da Olga Madeira, que se prontificou de imediato a ajudar e preparar os quartos neste lar, para que estas pessoas tivessem uma noite tranquila e quente”.
O caso está em investigação para apurar todos os pormenores. As 16 pessoas, homens e mulheres, têm idades compreendidas entre os 20 e os 50 anos e estariam a trabalhar na apanha da azeitona, em diversos olivais da região, estando alojados num monte no concelho de Campo Maior.
“Futuro Digital” é o nome da iniciativa que está a decorrer até amanhã, 20 de janeiro, na Escola Secundária de Campo Maior, promovida pelo CLDS 4G e a Associação Coração Delta.
Durante três dias, os alunos do ensino secundário podem assistir a conferências, palestras, workshops e exposições interativas subordinadas ao mundo digital, de forma a estarem preparados para o futuro.
Jaime Carmona, diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior explica que esta iniciativa “é muito interessante, variada e muito completa” e que, atendo ao facto de vivermos num mundo tecnológico, os alunos devem ter noção do que é este mundo, “pelo que a escola tem de mostrar os vários caminhos, assim como as profissões emergentes”.
Para além de palestras, o diretor do Agrupamento de Escolas adianta que os perigos do digital, workshops, estúdio de televisão para fazer um currículo digital e impressão em 3D, são outras das atividades que decorrem, no âmbito da iniciativa.
“A escola tem que tem uma preocupação cada vez maior, não só em ajudar os alunos a aprender e contribuir para a sua formação, mas também ir um pouco mais além, que é mostrar os vários caminhos a ser percorridos, as profissões mais rentáveis, ou seja, ajudá-los para que quando tomem as suas decisões estejam mais conscientes daquilo que os rodeia”, revela ainda Jaime Carmona.