Raya Jovem de regresso a Campo Maior com “mais dias de espetáculos”

O festival Raya Jovem está de regresso, este verão, a Campo Maior.

O evento, organizado, normalmente em julho, pela Câmara Municipal de Campo Maior, que durante os dois últimos dois anos não se realizou, devido à situação pandémica que assolou o país e o mundo, vai regressar, num “formato diferente”, segundo o presidente do município, Luís Rosinha, e “com mais dias de espetáculos”.

“Vamos voltar a ter os nossos espetáculos de verão, vamos ter os nossos jovens, novamente ativos, a assistir a brilhantes espetáculos”, assegura o autarca. Para já, o cartaz está no “segredo dos deuses”, mas promete nomes sonantes do panorama musical. “Encontra-se praticamente fechado aquilo que é o cartaz e as atividades associadas”, garante.

Dentro em breve, promete ainda Luís Rosinha, “sairão mais novidades”. “Vamos, todos juntos, fazer mais um Raya Jovem e retomar aquilo que é a nossa vida em comunhão e em comunidade”, remata.

De recordar que a última edição do Raya Jovem Summer Fest decorreu entre os dias 18 e 20 de julho, no parque de estacionamento das Piscinas Municipais de Campo Maior, onde atuaram, entre outros, António José, Toy e Mishlawi.

“FIAPE é uma feira grande em qualquer ponto do país”, diz Carlos Miguel

A Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE) é, nas palavras do Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, Carlos Miguel, que presidiu à cerimónia de abertura do certame, na manhã desta quarta-feira, 27 de abril, “uma feira grande em qualquer ponto do país”.

A feira, que conta com cerca 450 expositores e mais de 130 artesãos, tem a “capacidade de se expandir”, no que diz respeito à área dedicada aos animais, que Carlos Miguel considera “muito atrativa”. “As pessoas gostam muito de os ver, embora dê um trabalho do arco da velha tê-los cá, que eu sei o que isso é, em termos sanitários, mas é importante acomodar o bem-estar dos animais”, acrescenta.

O setor da agricultura, central no evento, é, do ponto de vista de António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, “um dos mais importantes do território”, a par do turismo. “O facto de termos duas grandes feiras, a Ovibeja e a FIAPE, é para nós muito relevante e o facto de elas terem voltado a um formato presencial e darem possibilidade aos agentes comerciais de poderem estar aqui e, mais que vender, divulgar os seus produtos, é muito importante ”, assegura. Dois anos “terríveis”, sobretudo a nível económico, passados, com a pandemia, este “retomar tem um sabor muito especial”.

Relativamente ao facto de, desta feita, a Ovibeja e a FIAPE não terem coincido, em termos de datas, como aconteceu em outros anos, Ceia da Silva diz-se “muito feliz”. “Toda a região ganha em as duas associações estarem conciliadas, pelo menos, naquilo que são as datas dos certames”, remata.

A “melhor FIAPE de sempre” já arrancou em Estremoz

“Tudo se conjuga para que seja a melhor FIAPE de sempre”: é com estas palavras que o presidente da Câmara Municipal de Estremoz revela o seu entusiasmo com o regresso da Feira Internacional Agropecuária e da Feira de Artesanato ao Parque de Feiras e Exposições da cidade, passados dois anos.

“É uma grande satisfação podermos retomar a nossa FIAPE, após estes dois anos de suspensão, pelos motivos tristes que todos conhecemos”, garante o autarca, sem deixar de dirigir ao staff do município um agradecimento, por ter sido “inexcedível e incansável”, e sem o qual não seria possível a retoma do certame.

“Apostámos na essência da FIAPE, isto é, apostámos fortemente no artesanato, com mais expositores e mais espaço; apostámos fortemente na feira pecuária, também com mais expositores e mais espaço; criámos forma de tornar gratuita a entrada na feira; e temos também à noite, que é muito importante e complemente a FIAPE, grandes concertos, com grandes figuras”, revela José Sádio.

Com a entrada gratuita na feira, exceção feita para o acesso ao recinto dos espetáculos, localizado onde decorre, habitualmente, o mercado de levante, o presidente da Câmara de Estremoz está convicto que a afluência de público será muito superior à de edições passadas. “Este facto permitiu fazer aquilo que era reclamado há muito, que era separar as zonas de forma a que não se pagasse só para visitar e para consumir no recinto”, recorda ainda.

Numa cerimónia de abertura, na manhã desta quarta-feira, 27 de abril, presidida pelo Secretário de Estado da Administração Local e do Ordenamento do Território, Carlos Miguel, foram muitos os presidentes de Câmara, quer do distrito de Évora, como do distrito de Portalegre, que marcaram presença. Um deles é Luís Rosinha, que revela que o Município de Campo Maior tem um stand na FIAPE, dedicado às flores de papel. “Fizemo-lo com todo o prazer e trazemos aquilo que mais nos caracteriza, que são as nossas flores de papel, e cá estamos numa presença de âmbito territorial”, assegura.

Já o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem, garante que toda a região pode “ganhar muito” se se souber aproveitar o potencial de Estremoz, sendo a FIAPE muito importante para o Alentejo, mas também para o país, numa “altura decisiva”: “quando continuamos a depender muito do exterior, daquilo que importamos, para a nossa consistência, a agricultura que fazemos é muito bem feita, porque há uma capacidade e um conhecimento que não existia há 30 anos”.

Eventos como este, garante o presidente da Câmara de Ponte de Sor, Hugo Hilário, “ajudam a unir” a população, depois da fase difícil por que se passou com a pandemia. “É com orgulho, com felicidade que estamos aqui hoje a registar este início da FIAPE, em 2022, que é também o assinalar da tentativa de retoma à nossa vida normal e todos aqueles que forem os eventos que possam ajudar a promover o nosso território”, comenta o autarca.

“O importante é que a região continue a afirmar-se como polo de atratividade de investimento, a todos os níveis, e a FIAPE é mais uma demonstração disso”, assegura, por sua vez, o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo. Esperando que esta edição do evento, o “maior da zona dos mármores”, seja um sucesso, destacando o esforço da Câmara de Estremoz para dinamizar a região com o certame.

Também o presidente da Câmara de Vila Viçosa, Inácio Esperança, não tem dúvidas que a FIAPE, ao nível agrícola, é o certame mais importante da região dos mármores. Com o evento, também a hotelaria de Vila Viçosa sai a ganhar, até porque lembra o autarca, a oferta, nestes concelhos, “ainda não é muita”.

Em termos económicos, garante o presidente da Câmara de Redondo, David Galego, a FIAPE acaba por ser uma “âncora” que faz os concelhos vizinhos de Estremoz trabalhar para que, em conjunto, entre todas autarquias, possam apresentar os seus produtos a nível nacional.

Também o presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, esteve presente na cerimónia de abertura do evento, que assegura que existe, atualmente, e independentemente da cor política de cada um, uma grande união entre todos os municípios do Alentejo Central. “Esperamos que seja um grande evento, a dar força a este evento e a todos os que aconteçam no distrito de Évora. São 14 concelhos que merecem que estejamos todos juntos, a dar-lhes dimensão nacional”, assegura.

O certame tem como cabeças de cartaz The Lucky Duckies, Calema, António Zambujo e Diogo Piçarra. O programa contempla ainda os espetáculos de Los Romeros, Eddie Ferrer, André Amaro, Pedro Cazanova, Em Casa d’Amália e Karetus.

Jimmy P alerta jovens de Campo Maior para violência no namoro online

Depois de uma primeira obra – “Amar-te e Respeitar-te”, em que aborda a temática da violência no namoro, o rapper Jimmy P volta ao tema, com o livro “O Digital é Real”, com o objetivo de sensibilizar, sobretudo os jovens, para problemas como o cyberbullying e os relacionamentos abusivos online.

O projeto pedagógico foi apresentado esta terça-feira, 26 de abril, em primeira mão, aos alunos de 7º e 8º anos de Campo Maior, no Centro Cultural da vila, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, promovido pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), em parceria com o Município de Campo Maior. Mais que através do livro, a mensagem da obra é transmitida, pelo artista aos jovens, através daquilo que melhor sabe fazer: a música.

O rapper explica que “O Digital é Real” surge no seguimento da primeira obra, com o objetivo de se “repensar o conceito de privacidade” e de aprofundar temas relacionados com a violência no namorado, ao nível das redes sociais. Em “Amar-te e Respeitar-te”, Jimmy P e a Betweien, a empresa responsável  pelo projeto, procuraram “capacitar os jovens e prevenir comportamentos de risco, naquilo que são as relações amorosas”. Passados cinco anos, desde que foi lançado esse trabalho, “a sociedade evoluiu e as redes sociais têm uma importância muito maior nas nossas vidas”.

Com “O Digital é Real”, a violência no namoro, a partir das redes sociais, através de conceitos como Cyberbullying, Cyberstalking, Sexting, Grooming, Sextortion, Revenge Porn e Romance Scams, procura-se dar ferramentas aos jovens, para que possam combater estes problemas, ganhando uma “noção mais lúcida daquilo que pode acontecer nas redes”.

Estes foram problemas que, com a pandemia, acabaram por ganhar uma outra dimensão. “Há um estudo, que mencionamos no livro, que diz que, de todos os jovens inquiridos, pelos menos 70 por cento, sofreram alguma forma de bullying durante a pandemia”, adianta Jimmy P. Isto acontece, garante o artista, porque as redes sociais permitem “que o agressor não dê a cara, tendo a sensação de segurança e de anonimato”. Isto, adianta, “tem acontecido: em cada vinte jovens, pelos menos, 16 ou 17, já sofreram deste tipo de abuso”.

Interpretar canções, relacionadas com esta problemática, para jovens, com “alguma intimidade e profundidade”, garante ainda, é bem diferente de apresentar as suas músicas mais conhecidas em concerto. “Se eu fosse aluno, uma coisa era eu estar a ouvir um professor a falar disto todos os dias; outra é ouvir alguém que eu conheço, que vejo na televisão e ouço na rádio e acho que isso, obrigatoriamente, tem outro impacto e encurta essa distância entre o público e o artista”, remata.

Transmitir a mensagem que Jimmy P levou até Campo Maior, numa fase em que os jovens precisam de estar despertos para algumas problemáticas, dada a idade do público-alvo deste projeto pedagógico, garante a vereadora na Câmara Municipal, São Silveirinha, é de grande importância. “Estão numa idade complicada, pensam que já sabem tudo, não estão despertos para determinadas problemáticas e é nesse sentido que também temos de alertar, enquanto educadores, enquanto pais, para eles perceberem que o mundo não é aquele mar de rosas que se pinta”, assegura. São Silveirinha lembra ainda que, nas redes sociais, há, entre outros, perseguição, assédio e bullying, pelo que há que alertar e chamar a atenção dos mais novos.

Dar aos jovens a oportunidade de receber a mensagem, através de um artista, que muitos deles gostam e acompanham, garante a presidente da CPCJ de Campo Maior, Francisca Russo, foi o principal objetivo desta sessão. “Esta atividade vem no sentido de dar aos jovens a oportunidade de que a mensagem passe de uma outra forma, com uma interação diferente, para os focar naquilo que são hoje as temáticas atuais: a violência no namoro, o cyberbullying e esse tipo de questões”, revela.

Todos os alunos presentes na sessão receberam o livro “O Digital é Real”. As três histórias da obra, que conta com o apoio da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV),  narram experiências pessoais de relacionamentos abusivos online, de sexualidade e comportamentos de risco e de relacionamentos online seguros e saudáveis.

Paula precisa de um dador de medula compatível: “hoje por mim, amanhã por um familiar vosso”

Bombeira voluntária em Elvas, Paula Remédios já salvou muitas vidas. Agora, é ela quem precisa de ajuda para se salvar.

Com um linfoma raro, esta mulher, de apenas 35 anos, quase a terminar o seu curso de Enfermagem, já esgotou, praticamente, todas as possibilidades de tratamento, sendo que a última reside num transplante de medula óssea. Mas para isso, precisa de um dador compatível e é nesse sentido, mas também para ajudar outras pessoas que passem pela mesma situação, que está a apelar à ajuda de todos.

Foi no IPO, em Lisboa, que lhe foi diagnosticado esse linfoma raro, do tipo Grey Zone, depois de, em janeiro do ano passado, ter dado entrada no hospital de Elvas, onde começou a ser acompanhada. “Fiquei internada, em Elvas, mas inicialmente não sabiam bem o que é que eu tinha. Sabiam que eu tinha um tumor no tórax, entre o coração e os pulmões, mas não sabiam que género de tumor é que era”, começa por contar. Internada durante um mês, é quando faz um exame PET (uma Tomografia por Emissões de Positrões) que lhe é detetado o linfoma. Após mais uma série de exames e biópsias, passa a ser seguida no IPO, onde se confirma o pior: um linfoma raro, “mais agressivo”. “Dentro do azar todo que tive, tinha de ter mais esse”, lamenta.

Doente há um ano e quatro meses, Paula já fez todo o tipo de quimioterapia que existe, mas nenhum que seja específico para o tipo de cancro que tem. “Tenho vindo a experimentar vários tipos de quimioterapia, para ver qual é faz efeito, mas é claro que surgem sempre complicações, porque é um tratamento muito agressivo, que mata as células cancerígenas, mas também mata o que é bom”, explica.

Com a única possibilidade de salvação com um transplante de medula óssea, esta mulher procura agora “sensibilizar as pessoas a irem aos bancos de sangue”, para que se tornem dadoras de medula. “E não peço só para mim, porque existem milhares e milhares de pessoas a passar pelo mesmo que eu. Se não conseguir para mim, pelo menos que ajude outras pessoas. Hoje é por mim, mas amanhã pode ser por um familiar ou um amigo”, assegura a bombeira.

A “doença da moda”, como lhe chama, surge na vida de Paula quando estava a estudar para se tornar enfermeira, o sonho de uma vida. “Estava no último ano de Enfermagem, a fazer os estágios – faltam-me dois para ser enfermeira – e sou bombeira. Eu considero-me ainda bombeira, apesar de não estar no ativo, devido à minha situação, mas trabalhava, tinha a minha independência, ajudava os outros, estava no meu estágio e a fazer, finalmente, o curso que eu queria – que era o meu sonho e que continua a ser”, revela, entre risos tímidos.

De um momento para outro, Paula viu-se “sem nada”. Sente que perdeu a sua independência. porque o cansaço e o facto de perder o cabelo, com os tratamentos, fizeram-na perder a sua essência, a sua identidade. Passou também a ter de depender de outros, como o namorado e os pais. “Têm sido super presentes e bastantes pessoas surpreenderam-me, pela positiva. Têm sido incansáveis e só tenho que agradecer do fundo do meu coração”, acrescenta.

As percentagens, indicadas pelos médicos, apesar de altas, a rondar os 80 por cento, no que diz respeito à possibilidade de se salvar com o transplante, Paula garante que “acabam por ser nada”, até porque, até lá, será preciso encontrar esse dador compatível.

Nestas situações, os familiares diretos são sempre os primeiros a serem testados. “Infelizmente, os meus pais e a minha irmã não são compatíveis comigo e é por isso que eu agora estou a tentar que as pessoas sejam dadoras. Até pode ser que me salvem a mim ou a mais alguém”, diz, Paula, com alguma esperança na voz.

Quanto ao transplante, e depois de encontrado um dador compatível, o mesmo, tendo em conta a sua condição, deve ser feito o mais rápido possível.

Para serem dadoras de medula óssea, as pessoas apenas têm de se deslocar ao serviço de dadores de sangue do seu hospital de residência e pedirem para serem dadores de medula óssea. Também o podem fazer pela internet, através do site do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (ver aqui), mediante o preenchimento de um inquérito disponibilizado online.

Aqueles que residem fora de Portugal também podem ajudar. Para isso basta consultar uma listagem, aqui disponibilizada. Ao procurar se o país em que residem atualmente pertence à lista, é só pesquisar pelas várias cidades com os centros de colheita, onde as pessoas se podem deslocar para se tornarem dadoras de medula óssea.

A entrevista completa para ouvir no podcast abaixo:

Campo Maior evoca valores de abril em Assembleia Municipal

Foi ao som de “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, que teve início, na tarde desta segunda-feira, a sessão extraordinário pública comemorativa do 48º aniversário do 25 de Abril, da Assembleia Municipal de Campo Maior: um momento em que todos os presentes se levantaram e entoaram a música, muitos envergando um cravo vermelho na mão.

O presidente do órgão deliberativo da Câmara Municipal, Jorge Grifo, assegura que, com esta assembleia, o importante é enaltecer os valores de abril e dar-lhes continuidade:  “temos de trabalhar diariamente para que esses valores de abril possam fortalecer-se ainda mais, para que abril chegue, de uma vez por todas, a todos os portugueses”. “O povo ainda não tem os mesmos direitos, nem tem todo as mesmas oportunidades”, acrescenta.

No decorrer da sessão, duas crianças do Agrupamento de Escolas de Campo Maior – Martins Remudas e Margarida Cardoso – tiveram oportunidade de expor um pequeno texto e um poema sobre o 25 de Abril. Envolver os jovens nestas questões, garante Jorge Grifo, é importante para que estes sintam que a Assembleia Municipal “também lhes pertence”. Este acaba por ser o “pontapé de saída” para o projeto que está a ser desenvolvido pelo Município de Campo Maior, para ter, dentro em breve, uma Assembleia Municipal Jovem, para dar voz aos mais novos. “É fundamental trazermos os jovens, as crianças, para este mundo que é a política”, remata.

Passar a palavra e os 48 anos de história de democracia, em Portugal, aos jovens de Campo Maior, é também, para o presidente da Câmara, Luís Rosinha, algo muito importante, até porque caberá aos mais novos “prosseguir e levar estes valores de abril por diante”. “São 48 anos de muitas histórias e de muitos acontecimentos no nosso concelho e aquilo que, a mim hoje me apraz trazer aqui é fazer um relato daquilo que é a história do poder local democrático”, explica ainda.

“Eu venho enaltecer aquilo que homens da minha geração, os capitães de Abril, que tanto lutaram para que nós hoje tenhamos liberdade e vivemos em convivência e democracia”, revela, por sua vez, João Camélo, do grupo municipal do Partido Socialista. Espera ainda que os jovens “nunca deixem acabar o espírito do 25 de Abril”.

Presente nesta sessão solene esteve também Pedro Reis, do grupo municipal da CDU, que lembra a importância desta data e da paz a ela associada: “nunca nos podemos esquecer que o 25 de Abril foi uma revolução longa, que culminou com a paz, simbolizada pelos cravos vermelhos, colocados nas espingardas”. Para além disso, Pedro Reis recorda as conquistas de Abril, consagradas na Constituição da República Portuguesa, como a da democracia económica e política, da defesa dos direitos dos trabalhadores e das populações.

 

Kids Urban Run anima Jardim Municipal de Campo Maior neste 25 de Abril

Várias dezenas de crianças e jovens, dos cinco aos 16 anos, participaram na manhã deste feriado de 25 de abril, naquela que foi a primeira edição do Kids Urban Run, no jardim municipal de Campo Maior, numa organização do Campo Maior Trail Runners e do União Futebol de Degolados.

“Este jardim tem uma curiosidade: chama-se o jardim da Avenida da Liberdade, por mais que a maior parte das pessoas, em Campo Maior, o conheça como jardim municipal. E nós apanhámos nesse mote e quisemos libertar o jardim para que as crianças o ocupassem, com corrida, com diversão, porque esta uma corrida de obstáculos”, começa por explicar Carlos Pepê, em representação Campo Maior Trail Runners.

Com a atividade, dividida por quatro escalões etários e sexo, procurou-se, acima de tudo, “trazer alegria e liberdade” aos jovens, depois de longos períodos de confinamento, devido à pandemia. “Festejar abril também é isto”, garante Carlos Pepê.

“É giro ver esta malta toda a dar colorido ao nosso jardim”, diz ainda o responsável, adiantando que esta prova deu início ao campeonato concelhio do Kids Urban Run, que conta, até setembro, com mais três provas: no Estádio Capitão César Correia, em Ouguela e em Degolados.

Esta segunda-feira, parte do jardim municipal de Campo Maior deu também espaço a vários campos improvisados de ténis, onde o Coração Delta teve oportunidade de divulgar a modalidade e atrair novos atletas. Sancho Moura, responsável pela modalidade no clube, adianta que o mesmo conta, atualmente, com 30 atletas, tendo esta atividade como objetivo, acima de tudo, promover a atividade física.

Ontem, domingo, dia 24 de abril, foram os adultos que tiveram oportunidade de participar numa corrida, de dez quilómetros, e numa caminhada, de cinco quilómetros, pela liberdade.

 

Campo Maior volta a celebrar a liberdade do 25 de Abril

Passados dois anos, Campo Maior voltou esta segunda-feira, a celebrar a liberdade, neste feriado de 25 de Abril. Numa cerimónia simbólica, nos Paços do Concelho da vila, a Banda 1º de Dezembro, no início de uma arruada, tocou temas emblemáticos, como “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, uma das senhas a canção que serviu de primeira senha à revolução de há 48 anos.

“Nunca o Município de Campo Maior se podia alhear a estas comemorações. São 48 anos de liberdade, verdadeiramente democráticos e este ano temos a particularidade de termos mais tempo em democracia que em ditadura e, por isso mesmo, é motivo de festejo”, começa por dizer o presidente da Câmara, Luís Rosinha. O autarca espera que os valores de Abril se possam manter, não só por estes dias, mas durante todo o ano.

Por esta ocasião, a escadaria da Câmara Municipal foi decorada com fotografias de campomaiorenses, com “sorrisos de liberdade”. Entretanto, as celebrações no concelho, que deviam ter começado no sábado, foram canceladas, devido às previsões de mau tempo. “Baralharam-nos as previsões mete reológicas, mas havia aqui uma preocupação dos próprios artistas e a Câmara foi confirmando e também teve essa sensibilidade, que poderia vir a ocorrer aguaceiros e trovoadas”, explica Rosinha. Tal não se veio a verificar, sendo que concertos, como o de Luís Trigacheiro e dos grupos de música popular de Campo Maior, acontecerão muito em breve.

Hoje, e passados vários anos, é retomada também a realização de uma Assembleia Comemorativa do 25 de Abril, que decorre a partir das 16 horas, no Centro Cultural da vila. “É uma assembleia solene, uma forma condigna de podermos de festejar o 25 de Abril, que foi obviamente um marco para Portugal e foi esse mesmo momento, essa madrugada de abril, que nos permitiu hoje em dia viver de uma forma diferente, de uma forma mais livre”, explica o presidente da Assembleia Municipal de Campo Maior, Jorge Grifo.

Presentes nesta arruada, estiveram, entre outros, os presidentes da Juntas de Freguesia do concelho. Para Miguel Tavares, presidente da Junta de Freguesia de São João Batista, voltar a festejar o 25 de Abril, como antes, “é extraordinário”. “A pandemia limitou-nos bastante, mas como houve esperança no 25 de Abril, também houve esperança que, após pandemia, pudéssemos estar aqui, já sem muitas restrições e poder ver a cara de toda a gente, saber que estamos bem e que nada mudou”, assegura.

Já João Cirilo, presidente da Junta de Freguesia de Degolados, lembra que, passados dois anos, e com o fim da imposição do uso de máscara, também agora se ganha uma nova liberdade. “Na sexta-feira, eu praticamente não conheci os meus alunos e há dois anos que estão comigo. Ao tirarem as máscaras, muitos deles, sinceramente, imaginava uma coisa e é outra completamente diferente. Estamos, aos poucos, a voltar à normalidade, e ainda bem que assim é”, confessa o também professor.

Para Hugo Milton, presidente da Junta de Freguesia da Expectação, celebrar este dia, é recordar o momento em que se ganhou a liberdade, sendo importante nunca esquecer os valores de Abril. “Temos um dia bom, propício a celebrar o 25 de Abril, já que há dois anos que não o pudemos fazer. Estávamos a ver que o tempo não o ia deixar, mas, em todo o caso, conseguimos fazê-lo e aqui estamos para dar valor a esse marco da nossa história”, diz ainda.

Durante a arruada, que teve início junto à Câmara Municipal de Elvas, a comitiva, acompanhada da Banda 1º de Dezembro, percorreu grande parte das ruas da vila, ao longo de toda a manhã.

Hastear das Bandeiras na Câmara de Elvas nas Comemorações do 25 de abril

As comemorações dos 48 anos do 25 abril tiveram início em Elvas, nesta segunda-feira, com o hastear das Bandeiras, nos paços do concelho, ao som da Banda 14 de janeiro.

Para o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, o 25 de abril é uma data “para recordar a grande obra dos capitães de abril, e por outro lado, é uma data que não nos devemos esquecer e que trouxe a liberdade, mas também uma determinada responsabilidade, que passa por respeitar a liberdade dos outros”.

Rondão espera que “sejamos capazes manter esta forma de viver em democracia como temos conseguido até aqui”, lembrando a guerra que se vive na Ucrânia e a falta de democracia por parte da Rússia, ao pretender invadir um país democrático. “É essa grande preocupação que devemos ter em atenção quando, muitas vezes, esquecemos o 25 de abril”, dia Rondão Almeida.

O presidente da Câmara de Elvas enaltece que o concelho “vive em plena democracia e todos nos respeitamos uns aos outros, e é grato verificar como nos comportamos, até no içar das bandeiras, com as três forças políticas, porque a democracia está cima de tudo e a cidade mais alta está, por isso políticas à parte e exercício das funções à frente”, remata.

O município de Elvas, para assinalar esta data proceder também à entrega de cravos à população.

Produtores de queijo aproveitam Ovibeja para dar a conhecer os produtos

Assumindo-se como uma das principais feiras agrícolas do sul do país, nem só de agricultura e animais se faz a Ovibeja, mas também de produtos endógenos, cultura e animação musical.

O evento, que chega esta segunda-feira, dia 25 de Abril, ao fim, conta com um vasto leque de expositores que vão desde a alimentação ao artesanato.

Ana Cachopas (na foto em cima), da Queijaria Cachopas, em Évora, refere que a Ovibeja “é já uma tradição para a empresa, sendo um evento que conta com clientes de várias zonas do Alentejo mas também do Algarve. Nós temos aqui uma vasta gama de produtos, desde o queijo fresco, ao requeijão e ao queijo de cabra, ovelha e mistura”.

Já Marta Jerónimo, da Queijaria Almocreva, refere que na Ovibeja “contam apenas com queijos de ovelha, com a receita tradicional do Queijo de Serpa. Temos um rebanho de 400 a 500 ovelhas que varia consoante as necessidade que temos de leite para produção do queijo”.

A Ovibeja termina hoje, no Parque de Feiras e exposições da cidade.