Campo Maior Trail Runners estreia-se no Corta-Mato Cidade de Elvas

A décima edição do Corta-Mato Cidade de Elvas, Memorial a António Leitão, promovido pelo Clube Elvense de Natação (CEN), correu-se na tarde deste sábado, 11 de fevereiro, num percurso traçado junto ao Estádio Municipal de Atletismo.

Presente nesta edição do Corta-Mato Cidade de Elvas esteve uma equipa de cinco elementos do Campo Maior Trail Runners, que se estreia nesta modalidade. Um dos elementos do grupo, Carlos Pepê, garante que o importante é, acima de tudo, divertirem-se a fazer aquilo que gostam, sendo também relevante o convívio entre clubes característico deste tipo de provas.

Com a participação de 174 atletas, desde benjamins a veteranos, revela o responsável pela secção de atletismo do CEN, Hugo Tavares, para além da competição, esta é uma tarde “agradável e de muita animação” para miúdos e graúdos.

“Achamos que vai ser uma prova competitiva, porque temos aí bons nomes a nível distrital, regional e nacional”, comenta o responsável, que não esconde que, com este tipo de eventos desportivas, o CEN, por um lado, procura “dinamizar Elvas com a prática desportiva” e, por outro, fazer crescer a secção de atletismo do clube e, com isso, manter a tradição da modalidade na cidade.

Em vista, o CEN tem já a realização, em Elvas, de uma outra prova de corta-mato, mas de âmbito nacional. “Temos estado em conversações com o presidente da Associação de Atletismo do Distrito de Portalegre. As condições são as ideais, porque temos o Estádio de Atletismo mesmo ao lado e que serve de apoio, através dos balneários. Temos um percurso fantástico, em que podemos, lá do alto, ver o Forte da Graça com as amendoeiras em flor. Acho que temos todas as condições para termos aqui um bom corta-mato a nível nacional”, remata Hugo Tavares. 

Entre os muitos atletas em competição, encontrava-se Augusto Piedade, da Barbaris BTT Team, que diz que, acima de tudo, o mais importante que cada um faça o seu melhor, mas sem que ninguém se magoe. Ainda assim, lembra que no seio da equipa de Barbacena há atletas que têm alcançado alguns feitos importantes e que o facto de estarem a competir em “casa” só faz aumentar a responsabilidade de alcançar bons resultados.

A prova, em termos absolutos, foi vencida por dois atletas do Beja Atlético Clube: em masculinos, por Bruno Paixão, e em femininos pela elvense Raquel Trabuco. Por equipas, a vitória sorriu à Barbaris BTT Team, de Barbacena.

A história e o legado de Degolados retratados em “Filhos da Freguesia”

Durante mais de meio ano, André Meira produziu, ao serviço da Junta de Freguesia de Degolados, a curta-metragem “Filhos da Freguesia”, que tem por base o legado e a história daquela aldeia do concelho de Campo Maior.

Recentemente divulgado nas redes sociais, este trabalho, que segundo o autor, licenciado em Cinema Documental, é “um produto artístico bastante honroso da história” de Degolados, apesar de “difícil” de executar, contou com o contributo de muita gente. “Consegui reunir meios suficientes para criar uma história que fosse legitimamente coerente e bem conseguida”, assegura.

Com o objetivo de tornar este filme uma apresentação de Degolados ao país, até porque “muita gente não conhece esta freguesia”, André Meira considera que “Filhos da Freguesia” acaba por servir de “introdução” à história da aldeia e a tudo aquilo que os degoladenses representam. Para isso, este jovem procurou, ao longo do filme, dar destaque, entre outros, às fontes e à igreja de Nossa Senhora da Graça, bem como às “várias coisas que existem nas fronteiras da freguesia, como as barragens e as instalações do Grupo Nabeiro e da Delta”, sem que nada ficasse por mostrar.

Havendo muitas pessoas em Degolados com histórias interessantes para contar, garante o cineasta, procurou-se dar voz a todos aqueles que quiseram contribuir para esta curta-metragem, mas sobretudo a pessoas nascidas na freguesia. “A história de Degolados não se conta sem falarmos daqueles que sempre viveram e que sempre conheceram a freguesia”, garante.

Sem possibilidade de trabalhar com equipamentos de alta gama, André Meira garante que o resultado final acaba por ser melhor que aquilo que podia imaginar. Com este trabalho, este jovem tem esperança que se lhe possam ser abertas portas para um futuro profissional na área do cinema.

A curta-metragem “Filhos da Madrugada” tem cerca de 25 minutos e conta, entre outros, com as participações do presidente da Junta de Freguesia, João Cirilo; da secretária, Olga Madeira; do tesoureiro, Bruno Marques; e do presidente da União Futebol de Degolados, Florival Cirilo.

A curta-metragem para ver, na íntegra, no vídeo abaixo.

Quinzena Gastronómica dos Ganhões em oito restaurantes de Campo Maior

De forma a promover as tradições gastronómicas locais e a apoiar e dinamizar a economia do concelho, o Município de Campo Maior está a promover, até dia 15 de fevereiro, a segunda edição das Quinzenas Gastronómicas.

Depois das sopas, em novembro, é a Cozinha dos Ganhões que está em destaque nesta Quinzena Gastronómica, que o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, espera que tenha, pelo menos, “o mesmo sucesso” da primeira. “Aprimoramos algumas questões que vamos aprendendo a trabalhar, porque para nós também é uma novidade estas jornadas gastronómicas”, acrescenta.

O autarca espera agora que os campomaiorenses adiram à iniciativa, “que vão aos restaurantes provar aquilo que é uma das maravilhas do concelho” no que toca à gastronomia.

O restaurante “O Faisão” é um dos oito estabelecimentos aderentes a esta Quinzena Gastronómica. Para o proprietário, João Cámelo, estas iniciativas são “muito importantes”, uma vez que quem visita a região procura sempre a gastronomia típica.

Até dia 15, o destaque nas ementas dos restaurantes aderentes vai para pratos como favas com chouriço, sopas de tomate com toucinho frito, ensopado de borrego, cozido de grão e migas com entrecosto. Todas as sugestões dos estabelecimentos para esta Quinzena Gastronómica para conhecer aqui.

Circulação retomada esta quarta-feira na Estrada do Bicho

A circulação no Caminho Municipal 1113, conhecido popularmente por Estrada do Bicho, será retomada hoje, dia 1 de fevereiro, a partir das 17 horas.

O trânsito nesta artéria estava cortado desde o passado dia 14 de dezembro, devido aos estragos provocados pelo desabamento de uma passagem hidráulica.

O Município procedeu à total recuperação do troço danificado, num investimento de 55.600 euros.

Marcos Bastinhas abre as portas de sua casa para receber utentes da APPACDM

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Elvas está a assinalar o seu 34º aniversário e, nesse sentido, decidiu levar, na manhã desta segunda-feira, 30 de janeiro, os seus utentes até à Herdade da Algramassa, de Marcos Bastinhas, para poderem ter uma manhã diferente.

Conhecer “a parte mais pessoal” do cavaleiro elvense, a quem o presidente da instituição, Luís Mendes, agradece que tenha aberto hoje as portas de sua casa, foi o principal objetivo desta iniciativa.

“O Marcos é um símbolo da nossa cidade e os nossos utentes gostam muito quando há corridas de touros e festivais, em Elvas, de ir assistir e ver as suas atuações”, garante o responsável. No fundo, com esta atividade, a ideia foi que os utentes pudessem observar os animais, perceber como são tratados, como é que Marcos “treina e em que condições é que o faz”. “O pessoal está todo muito contente e é um dia diferente”, acrescenta Luís Mendes.

Estas saídas dos utentes da instituição, garante ainda o presidente da instituição, são “muito importantes”, sendo que trabalhar a inclusão e a integração na sociedade destas pessoas continua a ser o “cavalo de batalha” da APPACDM.

Já Marcos Bastinhas, que dá os parabéns à APPACDM pelo “excelente” trabalho desenvolvido, garante que está sempre disponível para abrir as portas de sua casa para tornar o dia das pessoas “mais feliz”. “Desde que as pessoas fiquem com um sorriso no rosto é sempre missão cumprida e, seja esta causa ou outra, temos sempre a porta de casa aberta”, garante.

“Conhecer o dia a dia do campo, dos cavalos, o trabalho com os cavalos, visitar a praça de touros, o picadeira e dar uma voltinha de cavalo”: foi isto que Marcos preparou hoje para este grupo de utentes da APPACDM.

Os festejos do aniversário, assinalado no sábado, dia 28 de janeiro, prosseguem esta tarde, com mais um momento de convívio, na instituição. Para sexta-feira, 3 de fevereiro, está marcada uma missa por alma de todos aqueles que fizeram parte da APPACDM de Elvas.

Troço da EN 373 entre Campo Maior e Elvas reabre ao trânsito esta sexta-feira

É já esta sexta-feira, 20 de janeiro, por volta das 18 horas, que é reaberto o troço da Estrada Nacional (EN) 373, entre Campo Maior e Elvas que, desde o passado dia 13 de dezembro, se encontra fechado ao trânsito, depois dos estragos provocados pelo mau tempo, que resultou no colapso do muro de suporte ao Pontão dos Saberes.

Os trabalhos foram concluídos esta manhã e, após a vistoria ao local pelo presidente da Câmara e responsável pela Proteção Civil Municipal de Campo Maior, Luís Rosinha, este troço será reaberto à circulação automóvel em totais condições de segurança.

O autarca assegura que foi feito, por parte das Infraestruturas de Portugal, um “esforço grande” para que os trabalhos acontecessem no menor tempo possível, tendo em conta os prejuízos para os residentes das duas localidades e as preocupações com as questões de socorro.

Rosinha explica ainda que, inicialmente, a previsão é que a intervenção a realizar, ao contrário do que acabou por se comprovar, era de dez a 20 metros de comprimento. “Aquilo que se vê aqui hoje é um muro, em pedra argamassada, que levou centenas de metros cúbicos de betão e pedra e que, efetivamente, teve aqui uma atitude muito ágil, por parte das Infraestruturas de Portugal, que quase de imediato, se colocou no terreno, com os meios que tinha”, assegura.

Passado este mês de trabalho, chega hoje o dia de se reabrir esta estrada, sabendo Luís Rosinha “todos prejuízos que foram causados, sobretudo aos residentes de Campo Maior e Elvas”. “Na altura, eu também tinha uma preocupação com as questões de socorro, porque o nosso hospital de referência é o de Elvas”, acrescenta. “As entidades articularam-se, o trabalho aparece feito e, passado um mês, eu acho que as pessoas depois de passarem nas estrada, vão perceber o que aqui foi feito”, diz ainda.

“Felizmente e finalmente” volta-se a poder circular nesta estrada, sendo que, durante mais de um mês, foram muitos os prejuízos causados também, no que toca ao transporte de mercadorias, por mais que, para evitar males maiores, o Município de Campo Maior tivesse reativado o trânsito na Estrada do Retiro. “Quem sofreu mais foram as empresas da região, que não puderam fazer este trajeto, como faziam todos os dias, os residentes e os trabalhadores, porque há um fluxo de trabalhadores grande, entre o concelho de Elvas e todos os concelhos no pós-Elvas, e que viram as suas vidas mudadas neste mês”.

As obras, para além de terem servido para recuperar o muro de suporte ao Pontão dos Saberes, serviram também para a recuperação de uma passagem hidráulica, que acabou por desaparecer, com as cheias.

Barragem do Caia volta a efetuar descargas dez anos depois

Depois de ter atingido esta terça-feira, 10 de janeiro, os 98,22% da sua capacidade de armazenamento de água, a Barragem do Caia iniciou, hoje, pelas 10 horas, descargas de superfície.

As últimas descargas tinham acontecido há praticamente dez anos, mais precisamente em fevereiro de 2013.

Estas descargas de superfície servem para controlar o volume da barragem, que foi construída em 1963 e que tem capacidade para armazenar 190 milhões de metros cúbicos de água. Abastece, para além dos concelhos de Elvas e Campo Maior, os de Arronches e Monforte.

De recordar que ontem, a Associação de Beneficiários do Caia tinha informado a população dos concelhos de Elvas e Campo Maior que iria proceder a descargas, depois de, dias antes, já o ter feito junto de residentes e agricultores que vivem e trabalham nas margens do rio Caia.

Depois das descargas, a água segue o seu trajeto pelo rio Caia, entra no curso do rio Guadiana, culminando na Barragem do Alqueva.

Tradição de cantar as Janeiras em Campo Maior reúne várias gerações (c/fotos e vídeos)

A população de Campo Maior saiu esta sexta-feira, 6 de janeiro, em massa, à rua para cumprir a tradição de cantar as Janeiras.

Esta iniciativa promovida pelo município, acabou por resultar num convívio de gerações, contando, entre outros, com o Grupo “Despertar Alentejano”, os alunos da Academia Sénior da CURPI e do Centro Educativo Alice Nabeiro, que pelas ruas cantaram as Janeiras, e onde não faltaram as pandeiretas e as castanholas.

Para o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, este momento assume-se como uma forma de levar alegria às ruas da vila, deixando alguns momentos menos bons para trás, e abraçando o novo ano com otimismo. “Este é um início de ano com muita esperança e muita fé, numa iniciativa com muitas crianças e pessoas mais velhas associadas, e este sair à rua e cantar, depois de uma quadra natalícia que não foi a esperada, é também deixar as mágoas para trás e pensar que este é um ano, com mais otimismo para os campomaiorenses”, refere o autarca.

Já Carlos Clemente, presidente do Grupo “O Despertar Alentejano”, que colaborou esta iniciativa, “para trazer de novo a tradição a Campo Maior” enaltece a presença das gerações mais novas.

Foram cerca de 120 as crianças do Centro Educativo Alice Nabeiro que se associaram ao Cantar as Janeiras. Carlos Pepê, coordenador pedagógico da instituição de ensino, revela que estas iniciativas “são sempre muito importantes”, até porque estão a trabalhar com as crianças, “os anos 80, num projeto que se chama “conta-me como foi” e cantar as janeiras faz parte desses anos, e por isso, essas iniciativas são muito importantes e estaremos sempre ao lado dos nossos parceiros, como eles estão para nós, esta é uma tradição em Campo Maior e assim somos uma comunidade mais forte”.

Falámos ainda com algumas pessoas que saíram à rua para cantar as Janeiras. Marcelina Pingo considera que este é “um convívio muito bonito”.

Nas palavras de Céu Militão esta iniciativa “é maravilhosa, e isso nota-se pela presença de todas as gerações”, para si, esta é uma forma de começar o ano “em grande, de forma divertida, em paz e com muita saúde”.

Campomaiorenses que saíram esta tarde à rua para Cantar as Janeiras, como manda a tradição, juntando várias gerações e percorrendo as ruas da vila.


Dois anos depois, São Vicente volta a cantar aos Reis

A tradição de se cantar aos Reis, dois anos de pandemia passados, voltou a cumprir-se, ontem à noite, 5 de janeiro, na freguesia de São Vicente e Ventosa, em Elvas, com cerca de 20 pessoas, incluindo quatro crianças, a entoarem, pelas ruas da aldeia, e de porta em porta, vários cânticos, de forma a desejar um feliz novo ano a todos.

“Faz sensivelmente 17 anos que começámos esta tradição, transmitida por elementos de maior idade”, começa por dizer o responsável pelo grupo, Manuel Anastácio. Surpreendido com o número de pessoas que se quiseram associar à iniciativa, Manuel Anastácio não tem dúvidas que é através dos mais novos que se vai conseguindo “transmitir o espírito” desta tradição.

A noite começou no lar de idosos, para que também os mais velhos pudessem recordar esta tradição, em que “muitos deles” também participaram, em outros tempos, lembra o presidente da Junta de Freguesia e membro do grupo, João Charruadas. Depois, “correram-se” as ruas, parando o grupo em alguns locais onde as pessoas aguardavam a sua chegada, com “uma garrafinha de vinho, um doce ou um bolo-rei”.

Numa última paragem, e como tem sido sempre tradição, foi servida ao grupo uma açorda, por volta da meia-noite.

Centenas de crianças na chegada dos Reis Magos a Badajoz (c/fotos e vídeos)

Passava pouco depois das 15.30 horas desta quinta-feira, 5 de janeiro, quando Baltasar, Belchior e Gaspar chegaram à Estação de Comboios de Badajoz, vindos do Oriente, para cumprir mais uma vez a tradição da Cavalgata dos Reis Magos, na cidade pacense.

À sua chegada, os reis magos cumprimentaram as centenas de crianças presentes, que os aclamavam com muito entusiasmo e fizeram questão de entregar os seus pedidos.

Baltasar, Belchior e Gaspar, em declarações à Rádio Campo Maior expressaram a sua felicidade, por ver os sorrisos das crianças, neste dia, desejando o melhor para todas elas. “Muito felizes por ver a quantidade de pessoas e queremos ver o sorriso das crianças que é o melhor que há, é uma alegria poder voltar a estar aqui e esperamos que as crianças desfrutem, já que nos últimos dois anos não puderam e desejo saúde amor e felicidade para todos”.

O alcaide de Badajoz, Ignacio Gragera, considera que é uma “alegria voltar a celebrar este dia de Reis, de forma totalmente tradicional”, tendo em conta que nos últimos dois anos, tal não foi possível devido à pandemia, mas também ver “a felicidade das crianças”, esperando que desfrutem, porque segundo diz, “este dia é para eles”.

No total foram mais de mil crianças que participaram na Cavalgata, nos carros alegóricos, alusivos a temas como A Bela e Monstro, o livro da Selva ou mesmo as princesas da Disney.

Falámos também com algumas crianças, que demonstraram a sua felicidade ao ver os reis Magos e a quem pediram, entre animais de estimação, brinquedos, telemóveis, entre outros.

Ângela, uma das pessoas que aguardava a chegada dos reis magos, na Estação, revela que este “é um dia muito especial, principalmente para as crianças”, adiantando que uma das suas filhas desfilou num dos carros alegóricos, pelo que é um dia “muito feliz para todos”.

Esta é uma tradição que tem passado de geração em geração, e Fátima é o exemplo disso, uma vez que sempre aguardou, enquanto criança, a chegada dos Reis Magos e agora, junto à Estação de comboios, passa “a alegria e emoção” ao seu filho de dois anos.

Cavalgata dos Reis Magos que voltou a cumpriu-se em Badajoz, com a chegada dos três reis magos à Estação de comboios, seguindo-se o desfile, onde as crianças, atiraram às centenas de pessoas presentes os tradicionais rebuçados.