As Jornadas Europeias do Património, promovidas pelo Conselho da Europa e a Comissão Europeia, de 12 a 21 de setembro, são o evento cultural mais amplamente celebrado e partilhado pelos cidadãos da Europa, constituindo uma oportunidade de celebração do mosaico cultural europeu.
Estas Jornadas, este ano sob o lema “Património Arquitetónico: Janelas para o Passado, Portas para o Futuro”, procuram sensibilizar os cidadãos europeus para o valor do património cultural e para a necessidade de o preservar para as gerações atuais e futuras.
Em Portugal são sobretudo os municípios que se associam às Jornadas, durante as quais promovem diferentes atividades, como visitas guiadas, workshops, debates, exposições e espetáculos.
O plano de atividades apresentado deverá conter elementos de aprendizagem, abranger património material, imaterial, natural e digital, envolver todos os públicos e despertar a curiosidade e a experiência partilhada. Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:
O tecido não tecido (TNT), muito utilizado em ambientes de saúde, é um material que, quando não tratado corretamente, pode contribuir para o aumento de resíduos.
Tendo em conta essa preocupação, e por meio de uma reciclagem responsável e criativa, uma equipa formada por profissionais da Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAALE) está a promover o projeto “SUSTENTAALE”, que tem em vista a produção de novos materiais úteis, a partir da reutilização desse TNT.
“Este TNT é utilizado para envolver caixas, batas e panos cirúrgicos: é essa a sua única função. Esse tecido é retirado das salas cirúrgicas ainda antes de as cirurgias começarem, portanto, é um tecido limpo e é nesse tecido que nós iremos trabalhar”, começa por explicar a enfermeira Dulce Delicado, uma das mentoras do projeto que se encontra a votação na edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Elvas. Com “imensas utilidades”, o TNT está já a ser utilizado pela equipa para a produção de sacos, nos quais os doentes levam a sua medicação para casa.
A candidatura ao Orçamento Participativo (votações disponíveis aqui), com um valor de cinco mil euros, surge da necessidade da equipa adquirir materiais e equipamentos, como máquinas de costura, para realizar este trabalho. O trabalho já produzido, que tem até estado em exposição no Hospital de Portalegre, tem vindo a ser desenvolvido com os equipamentos pessoais de cada um dos elementos que integra este projeto.
Este projeto tem ainda uma componente social. “Temos a colaboração da Universidade Sénior de Elvas, que criou uma nova disciplina para dar resposta também a este projeto”, adianta Dulce Delicado. É ainda parceiro do “SUSTENTAALE” o Núcleo de Portalegre da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Da equipa de trabalho, para além de Dulce Delicado, fazem parte as enfermeiras Dulce Mão de Ferro e Elisabete Reduto, assim como a administrativa Liliana Fernandes.
A entrevista completa a Dulce Delicado para ouvir no podcast abaixo:
À luz de mais de cinco mil velas, a associação juvenil Arkus vai dar a conhecer alguns dos espaços mais importantes e emblemáticos do centro histórico de Elvas, na noite do próximo sábado, 13 de setembro.
Numa visita teatralizada muito especial, este evento – “Elvas Iluminada” – surge de uma vontade do presidente da associação, o professor Carlos Beirão, em, de alguma forma, replicar um evento do género, a que assistiu na zona de Salamanca, em Espanha. “Foi daí que surgiu a ideia. Como é uma ideia diferente, tendo em conta o nosso património histórico e as nossas ruas, penso que haverá muita aceitação. Pretendemos dar a conhecer Elvas à noite, valorizar o nosso património e a nossa monumentalidade”, explica.
Associada ao trabalho que a Arkus já desenvolve, no que toca às visitas teatralizadas, este evento promete ser “inesquecível”, por se realizar durante a noite. Todas as velas, que irão acabar por dar outro encanto à iniciativa, angariadas com o apoio das mais diversas empresas do concelho, serão espalhadas por algumas das artérias do centro histórico de Elvas. “Como é o primeiro ano, vamos só fazer em algumas artérias. Não será em toda a cidade, mas se tudo correr bem, se o público participar, poderá ser o início de mais ruas”, assegura Carlos Beirão.
O percurso desta visita terá início pelas 21 horas, na Praça da República, culminando no castelo. “A ideia é mostrar alguns dos monumentos, mas como é o primeiro ano, não conseguimos ir pela cidade toda. Começamos na Sé, seguimos em direção ao Hotel Vila Galé, passamos pela nossa associação em direção à cisterna, depois voltamos para cima, até aos ateliês, Igreja das Domínicas, Alcáçova, Rua das Beatas e terminamos no castelo”, revela Melanie Carona, membro da Arkus.
Durante a visita, o público será ainda presenteado com vários momentos culturais e artísticos, levados a cabo por diferentes associações de Elvas, que se juntam à Arkus nesta iniciativa, nos vários monumentos e em “pontos estratégicos” do percurso. “Valorizamos muito as parcerias, principalmente com as associações com quem sempre trabalhamos, a quem, desde já agradeço, porque aceitaram logo o nosso convite. Quero agradecer à Gota d’Arte, à Banda 14 de Janeiro, aos Autores de Elvas, ao Coral Públia Hortênsia de Castro, às nossas Roncas d’Elvas e também ao Vlad e ao Paulo Cachinho”, diz ainda Melanie Carona.
Apelando à participação de todos neste evento, de acesso livre, Noemie Canito, outra das responsáveis pela organização da iniciativa, apela também à colaboração de quem se quiser voluntariar para ajudar a distribuir e acender todas as velas que irão iluminar Elvas nesta noite.
A entrevista completa para ouvir no podcast abaixo:
A certificação no mercado agrícola é o tema em destaque na edição desta semana do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”.
De acordo com Diana Silva (na imagem), gestora de qualidade da empresa sediada em Elvas, a certificação não é mais que “o garante do cumprimento de alguns critérios que trazem, tanto ao cliente, como a quem produz, alguns benefícios”, como valor acrescido e uma garantia de segurança alimentar. Para o cliente final, qualquer produto certificado, para além de “altamente diferenciado”, é, garantidamente, um produto de excelência.
Neste segundo episódio do programa, Diana Silva dá também a conhecer os diferentes tipos de certificações existentes nesta área do mercado agrícola: as de produtos e as de processos, estas últimas “mais dentro do sistema de gestão”.
Já os esquemas de certificação tanto podem ser privados, como é o caso do Global GAP (que tem como objetivo assegurar a segurança alimentar ao consumidor, a proteção do meio ambiente, a produção sustentável e o bem-estar dos trabalhadores e dos animais), como regulamentares, como a produção biológica e a produção integrada.
O episódio do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo” para ouvir na íntegra no podcast abaixo:
Com vista à aquisição de um Sistema de Compressão Torácico Automático, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, através de uma proposta apresentada pelo presidente da direção, Amadeu Martins (na imagem), encontra-se a votação, até final de setembro, à edição deste ano do Orçamento Participativo, promovido pela Câmara Municipal de Elvas.
Dando conta das mais-valias deste Compressor Torácico Automático, “essencial à emergência pré-hospitalar”, Amadeu Martins começa por dizer que a corporação encontrou aqui “uma oportunidade” para tentar apetrechar e “melhorar” o leque de equipamentos que os soldados da paz elvenses têm ao seu dispor.
“Na nossa cidade de Elvas, que é uma cidade envelhecida, os bombeiros, com as muitas ocorrências que diariamente têm, principalmente ao nível dos lares do nosso concelho, muitas vezes deparam-se com paragens cardiorrespiratórias. Os elementos que lá vão, se o fizerem manualmente, o que lhes vai causar muito cansaço, podem não conseguir fazer com que a coisa corra bem”, explica. “Este aparelho automático irá substituir esse homem, com mais precisão, muito melhor do que o ser o humano possa fazer, porque é uma cadência mais aperfeiçoada, mais rítmica. Temos em crer que, muitas das vezes, irá salvar vidas”, acrescenta.
Em causa está um investimento de 15.500 euros. Embora seja um “aparelho caro”, o objetivo da Associação Humanitária era, de futuro, conseguir equipar com este Sistema de Compressão Torácico Automático as suas seis ambulâncias de socorro. Dessa forma, garante Amadeu Martins, os operacionais, para além de poderem socorrer a população “com mais eficácia, iriam melhorar o seu desempenho”.
“Altamente eficaz”, este aparelho, diz ainda o presidente dos Bombeiros de Elvas, poderá vir a ser uma mais-valia em caso de possíveis acidentes que possam ocorrer, por exemplo, na autoestrada ou na linha férrea. “Suponhamos que há um indivíduo que tem uma paragem cardiorrespiratória e que é uma ambulância que o vai buscar. Se o acidente se dá a nove ou dez quilómetros do hospital, até lá chegar, o elemento que venha a fazer as compressões só aguenta, eficazmente, dois minutos e tem de ter uma boa preparação física”, explica. Estes aparelhos, por sua vez, “mantêm uma frequência de cem a 120 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente cinco a seis centímetros”.
Esta é apenas uma das sete propostas a votação (saber mais aqui) na edição deste ano do Orçamento Participativo de Elvas.
A entrevista completa a Amadeu Martins para ouvir no podcast abaixo:
Hoje, 8 de setembro, é dia da Extremadura (Espanha). Como tal, o programa “Ambiente em FM”, com José Janela, da Quercus, é esta semana dedicado à sua impressionante riqueza natural.
Segundo José Janela, a Extremadura apresenta um mosaico de habitats muito diversos — zonas húmidas, florestas e planícies — que favorecem a presença de inúmeras espécies. A área destaca-se como um dos principais destinos para a observação de aves na Europa Ocidental.
Adicionalmente, cerca de um terço do território está legalmente protegido. É aí que vivem espécies ameaçadas como o lince-ibérico, o abutre-preto, a cegonha-preta e a águia-imperial-ibérica, que dependem desses espaços para a sua sobrevivência.
O programa completo desta semana para ouvir no podcast abaixo:
Em Portugal, a Autoridade Tributária tem reforçado os mecanismos de cobrança coerciva das dívidas fiscais. De acordo com dados recentes, só em 2025 foram penhorados 86 045 salários por dívidas ao Estado. Apesar de representar uma redução de 14,5% face ao ano anterior (100 604 penhoras), os números continuam a ser preocupantes.
Esta ligeira descida pode indiciar uma melhoria nas finanças das famílias ou um maior recurso às soluções legais disponíveis, como o pagamento em prestações ou a dação em pagamento. No entanto, a elevada incidência de penhoras demonstra a necessidade urgente de medidas preventivas e de maior acompanhamento às famílias em dificuldade.
Como verificar a sua situação fiscal?
Qualquer contribuinte pode consultar online a sua situação junto das Finanças. Para tal, basta:
Selecionar “Serviços Tributários” → “Execuções Fiscais” ou “Dívidas Fiscais”,
Autenticar-se com o seu NIF e senha de acesso.
É fundamental manter esta informação atualizada e agir atempadamente.
O que fazer após receber uma citação de execução fiscal?
Se recebeu uma citação de execução fiscal dispõe de um prazo de 30 dias para reagir. Durante esse período pode:
Pagar voluntariamente a dívida, incluindo juros e custas, o processo extingue-se.
Propor dação em pagamento, ou seja, oferecer bens em substituição do pagamento em dinheiro.
Requerer o pagamento em prestações, sujeito a juros e, por vezes, à exigência da prestação de garantia.
Apresentar oposição à execução, com base em ilegalidades, prescrição ou outros fundamentos, sendo aconselhável o apoio jurídico.
E se não reagir?
Caso o contribuinte nada faça, o processo prossegue com penhora de bens e rendimentos. Regra geral, a penhora começa pelos salários e depois incide sobre outros bens.
É importante saber que:
Apenas 1/3 do salário líquido pode ser penhorado.
O contribuinte tem sempre direito a manter, no mínimo, o valor correspondente ao salário mínimo nacional (€ 870) e, no máximo, até três salários mínimos (€ 2610).
Estão excluídos da penhora os bens essenciais à vida familiar (como móveis, eletrodomésticos indispensáveis) e instrumentos indispensáveis ao exercício da atividade profissional.
A casa de habitação própria pode ser penhorada?
Sim. Mesmo a casa de habitação permanente pode ser penhorada em sede de execução fiscal. No entanto, a lei impede que essa casa seja vendida compulsivamente. Esta salvaguarda aplica-se apenas nos processos das Finanças e não noutras dívidas (como as ao banco, por exemplo).
Atenção aos prazos de prescrição
O direito das Finanças a executar coercivamente uma dívida prescreve, em regra, ao fim de 8 anos, contados desde o final do prazo de pagamento voluntário.
Já o direito de liquidação (ou seja, o direito da AT apurar e cobrar o imposto) prescreve ao fim de 4 anos.
Se suspeita que uma dívida já prescreveu, deve contactar um advogado ou a DECO para avaliar a situação.
Conclusão: Deve agir antes que seja tarde
Consulte regularmente a sua situação no Portal das Finanças.
Se for notificado, não ignore. Pague, negocie ou apresente oposição.
Previna penhoras com uma boa gestão financeira e pedindo ajuda antes do incumprimento.
Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:
Com a entrada em setembro, a Escola de Karaté do Moto Clube Alentejano de Elvas está de regresso ao ativo, para preparar a nova temporada desportiva (2025/2026).
Contando, atualmente, com mais de 20 atletas, a escola está sempre aberta a receber todos aqueles que se possam interessar pela modalidade. Quem quiser experimentar, de acordo com o treinador e diretor técnico, Paulo Ramalhete, terá sempre oportunidade de participar em duas aulas gratuitas. “Temos por hábito dar duas aulas grátis a quem vem de novo para experimentar: podem apanhar um treino mais físico ou um mais técnico e assim ficam com uma ideia, até para sentirem o ambiente do que é a casa Moto Clube”, começa por dizer, garantindo que há sempre inscrições abertas e “espaço para mais gente”.
Quando questionado se há, ou não, uma idade ideal para começar a praticar Karaté, Paulo Ramalhete revela que há quem defenda que sim e quem pense o contrário. Por mais que outras escolas aceitem crianças logo a partir dos três anos, no caso do Moto Clube a idade mínima são os cinco. “Eu, pela minha vida profissional, não tenho horário. Normalmente, a partir dos cinco já aceito, mas sempre com alguns condicionalismos, que são logo falados com os pais, para tentarmos perceber se é mesmo isto e se a criança se sente contente ou não”, explica.
Os treinos, no ginásio do Moto Clube Alentejano de Elvas, realizam-se todas as segundas e quartas-feiras, a partir das 18 horas.
Para além da escola de Elvas, Paulo Ramalhete tem vindo a promover o Karaté também em Monforte, num projeto muito recente, que arrancou no ano passado. “Estive a época toda a trabalhar com três meninos, vou começar com esses. Se houverem mais, tanto melhor”, diz ainda.
Os sucessos dos últimos anos alcançados pelos atletas do Moto Clube Alentejano de Elvas, os estágios que se avizinham e aquilo que é o Karaté, enquanto arte marcial, são alguns dos assuntos abordados numa entrevista a Paulo Ramalhete, que está disponível, na íntegra, no podcast abaixo:
A União Europeia criou, recentemente, um sistema de Indicações Geográficas que, pela primeira vez, também se aplica ao artesanato e a produtos industriais.
A Indicação Geográfica é um selo de qualidade que protege o nome de um produto ligado a uma região, porque as suas características ou reputação dependem diretamente dessa origem.
Até aqui, esta proteção era conhecida sobretudo nos alimentos, vinhos e licores. Agora, passa a abranger também produtos não agrícolas — como a joalharia, a cutelaria, os têxteis e rendas, a cerâmica, o vidro, os instrumentos musicais e tantos outros.
Entre as vantagens para os produtores, esta certificação traduz-se em valor acrescentado, abertura a novos mercados, defesa contra imitações e maior reconhecimento para o seu trabalho. Para os consumidores, é um selo de confiança: quem compra sabe que está a adquirir algo genuíno, feito com técnicas tradicionais e originário de um território específico.
Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do “Espaço Europa”, com Ana Pereira do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:
A Agricert, empresa sediada em Elvas, associa-se às três rádios do Alentejo em FM para, através de um novo programa – “Agricert: do Alentejo para o Mundo” –, dar a conhecer todo o trabalho que tem vindo a desenvolver, em torno das certificações de produtos agroalimentares, desde o ano da sua fundação, 2000.
No primeiro episódio deste novo programa, emitido esta terça-feira, 2 de setembro, é dada a conhecer a história, a missão e os objetivos da empresa, pela gerente Maria João Valentim (na imagem).
Ainda que o trabalho desenvolvido pela Agricert, depois de acreditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), se tenha iniciado com a certificação de derivados do porco alentejano, como presuntos, foi, com o tempo, evoluindo para outro tipo de produtos, como o Queijo de Nisa DOP, o Queijo Mestiço de Tolosa IGP e as Ameixas d’Elvas DOP. Hoje, a área de atuação é ainda mais abrangente, com certificações realizadas também no âmbito do turismo acessível.
Com atuação em mais de 30 países desde a sua fundação, a Agricert assume-se hoje como um ator estratégico no setor agrícola e agroalimentar, com uma presença transversal nas principais fileiras produtivas, olivicultura, vitivinicultura, hortofrutícolas, cereais e produção animal.