Campo Maior: homenagem ao povo da Ucrânia no arranque do Festival das Leituras Floridas

As bibliotecas de Campo Maior acolhem, até final deste mês de março, aquele que é o primeiro Festival das Leituras Floridas, que teve hoje, dia 7, o seu arranque no Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, com uma apresentação oficial, tendo contado ainda com alguns momentos de leitura, música e dança, por parte dos mais pequenos.

Este, garante o diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, Jaime Carmona, é mais um passo para incentivar a leitura, até porque os livros são um “mundo infindável de sonhos, alegrias e de tristezas, que também temos de lidar com elas”. Defendendo sempre a leitura “até ao limite”, o diretor revela ainda que este novo evento, que vem na sequência daquela que era a antiga Semana da Leitura, resulta numa “sinergia” entre as várias instituições de ensino do concelho: o Agrupamento de Escolas, o próprio Município de Campo Maior, o Centro Educativo Alice Nabeiro e o jardim de infância “O Despertar”.

Neste festival, assegura, por sua vez o presidente da Câmara, Luís Rosinha, cultura e educação, de mãos dadas, incentivam à leitura, num mês de março com uma programação ao nível educacional “muito forte”. “Ler é fantástico, pode transportar-nos para todos os lados que nós queiramos, e a leitura vai ser, com certeza, um fator decisivo naquilo que é o sucesso escolar dos alunos”, garante o autarca.

Já o coordenador pedagógico do Centro Educativo Alice Nabeiro, Joaquim Mourato, destaca, com este arranque do festival, o regresso ao convívio e ao reencontro dos vários parceiros desta rede de bibliotecas de Campo Maior, assim como a importância da leitura como “um bem e uma ferramenta” para um “crescimento integral”. O festival, garante ainda, conta com um programa “riquíssimo”, esperando que, com isto, “o hábito da leitura se instale em cada uma das crianças”.

A sessão terminou com um momento de homenagem ao povo ucraniano, com a formação de um cordão humano, com as crianças a segurarem balões com as cores da bandeira daquele país em guerra. Para Jaime Carmona, conflitos como este que se vive na Ucrânia “deviam ficar apenas nos livros de História”. Também Luís Rosinha diz ser importante alertar os mais pequenos para situações como esta, lembrando que a guerra “nunca será solução” para nada.

Campo Maior ou Elvas podem vir a acolher iniciativa alusiva ao Ano Europeu da Juventude

O Parlamento Europeu e o Conselho decidiram que, 2022 seria o Ano Europeu da Juventude. Em Portugal, é o Instituto Português do Desporto e da Juventude que vai coordenar as iniciativas relativas ao Ano Europeu da Juventude, junto dos jovens.

Miguel Rasquinho, diretor regional no Alentejo do IPDJ revela que este ano Europeu da Juventude tem quatro objetivos específicos: a forma como jovens olham para as transições ecológicas e digitais, que lhes podem proporcionar oportunidades; ajudar os jovens a tornarem-se cidadãos ativos, empenhados e participativos na construção da União Europeia, promover a captação de oportunidades no âmbito da União Europeia, e integrá-los nas políticas de juventude” da mesma.

Relativamente ao Alentejo serão feitas iniciativas um pouco por toda a região de forma a destacar e marcar este ano europeu da juventude, com iniciativas culturais e lúdicas, exposições, entre outros, mas também três momentos marcantes pelos três distritos do Alentejo”, revela Miguel Rasquinho.

Estes eventos ainda não têm uma calendarização definida, no entanto, o diretor regional do Alentejo do Instituto, destaca a iniciativa que vai decorrer em Beja, onde irão fazer um encontro das três associações académicas do Alentejo, que vai decorre no IPDJ, desta capital de distrito”.

Em Évora, haverá “um evento ligado à juventude e a visão dos jovens da europa, integrada candidatura da cidade a capital europeia da cultura em 2027”, sendo também objetivo “promover essa candidatura”.

Em Portalegre, Miguel Rasquinho considera que é um “momento muito importante para o distrito” e para Elvas, Campo Maior e Badajoz, onde pretendem fazer um encontro de jovens transfronteiriço, mas revela “ainda não sabemos o local exato, mas teremos jovens e associações juvenis a discutir as políticas da juventude e melhorar a realidade da União Europeia, dando oportunidade aos jovens de Portugal e Espanha para dizerem aquilo que pensam da União Europeia”.

Instituto Português do Desporto e da Juventude que vai coordenar as iniciativas relativas ao Ano Europeu da Juventude, junto dos jovens.

Exposição sobre “Comité Olímpico” na Secundária de Campo Maior

A Escola Secundária de Campo Maior tem disponível para visita, até dia 11 deste mês, uma exposição sobre o “Comité Olímpico”.

A mostra conta com diversos materiais alusivos ao movimento Olímpico, e como revela Jaime Carmona, diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, é objetivo “dar a conhecer aos alunos e à comunidade o que é movimento e espírito olímpico”.

Há também vídeos sobre este movimento, diz Jaime Carmona, “para que as pessoas entendam o que são, verdadeiramente, os jogos olímpicos, desde a Grécia antiga, passando pelo grande papel do barão Pierre de Coubertin, e da era moderna, havendo ainda diversas vitrinas com material, por exemplo do maratonista Francisco lazaro, complementado com materiais que os alunos produziram e dão à exposição outra dimensão”.

Jaime Carmona garante ainda que este “é um movimento que se queria e continua a querer de paz, apesar de os últimos tempos contrariarem os princípios deste comité olímpico”.

A exposição “Comité Olímpico” está patente até dia 11 deste mês, na Secundária de Campo Maior e conta com a colaboração do Comité Olímpico de Portugal.

Miguel Antunes promove património de Elvas com vários tours pela cidade

Para celebrar os 400 anos da inauguração do Aqueduto da Amoreira, o guia certificado Miguel Antunes está a promover, em todos os meses deste ano, uma visita guiada especial, que tem por base a história deste monumento, bem como as fontes, as cisternas e os poços, que confirmam o passado de Elvas em torno da água.

A partir de abril, e até setembro, Miguel Antunes retoma o Elvas Sunset Walls Tour, um roteiro que tem, para além das muralhas, dos fossos, do castelo, do Aqueduto da Amoreira e da cisterna militar, o por de sol como pano de fundo. “É um tour que, normalmente, tem muita adesão de quem nos visita e que, este ano, vai ter um suplemento, que é a possibilidade de brindarmos, ao por do sol, sobre as muralhas, num ponto estratégico, que é uma torre medieval da nossa cidade”, revela o guia.

“Além de receber grupos de visitantes de todas as partes do país e do mundo, aqui em Elvas, diariamente, temos um tour aberto, para todos aqueles que pretendam descobrir um bocadinho da história da cidade”, adianta o guia. Esta visita guiada, com saída da Praça da República, decorre normalmente durante a manhã, e dá a conhecer “o básico” da história do centro histórico da cidade.

Estas visitas diárias pelo centro histórico incluem passagens pelas muralhas islâmicas, medievais e abaluartadas, torre medieval, castelo, Alcáçova, Pelourinho, Igreja das Domínicas, Miradouros, Aqueduto da Amoreira, Judiaria Velha, Sinagoga, Cemitério dos Ingleses e Antiga Sé.

Todas as informações sobre estas visitas guiadas em VisitElvas.

nio de Elvas com vários tours pela cidade

Teatro levou miúdos e graúdos ao Cineteatro Municipal de Elvas

A peça de teatro “O cão que vem de tão tão longe”, da associação elvense Um Coletivo, esteve em palco este domingo, dia 6, no Cineteatro da cidade, no âmbito do mês do teatro.

O espetáculo juntou pais e filhos para uma manhã diferente e, no final, todos aplaudiram este género de iniciativas. Joaquim Santos marcou presença com a filha Francisca, felicitou a organização e referiu-nos que “deviam acontecer mais iniciativas destas. Poder participar em iniciativas culturais, a um domingo de manhã, com a minha filha é muito bom”. Sandra Sousa e Mariana também apreciam este tipo de iniciativas: “nós, apesar de sermos de Elvas, vivemos muito tempo em Montemor-o-Novo onde havia um grupo de marionetas que desenvolvia muitas atividades e eram sempre bons momentos. Agora, em Elvas, vou aproveitar para ver que espetáculos há para podermos participar”.

Cátia Terrinca, do Um Coletivo, refere que o público de Elvas “é muito bom. É um público que, quando comparece, já nos habituou a estar atente e entusiasmado. Este mês do teatro tem uma aposta muito grande na programação familiar e tomámos a decisão de andar por todo o concelho para podermos chegar a toda a gente”.

Cátia Sá foi a responsável pela parte musical deste espetáculo e conta-nos como foi trabalhar para um “público muito especial. Foi ouvir muito do que é a obra do Moondog, que inspirou esta peça, ler muitos poemas e conversas muito sobre o caminho que queríamos seguir. Albergar todas as idades também nos fez pensar em como é que a música pode chegar às pessoas”.

O Mês do Teatro prossegue na próxima sexta-feira, dia 11, com a apresentação de “As mãos das Águias”, para toda a família, pelas 18 horas, no Pavilhão Comendador Rondão Almeida, em Vila Boim; no sábado, à mesma hora, com “Lusíadas para Miúdos: A Epopeida”, por Paulo Roque, no Pavilhão Multiusos de Santa Eulália; e no domingo, com “Quarto-Império”, do Um Coletivo, no Cineteatro Municipal de Elvas, também a partir das 18 horas.

Virgílio Castelo na abertura do mês do teatro em Campo Maior

A iniciativa “Março – Mês do Teatro” começou na noite do dia 5 de março com “O Homem da Amália”, uma peça escrita e interpretada por Virgílio Castelo que conta a história do amor mais profundo, mais estranho e mais secreto que alguém teve com Amália Rodrigues. A história de um homem que existiu e deixou de existir, por se ter apaixonado por uma estrela que não se podia alcançar.

A noite começou com o Grupo de Teatro EntrePalcos, do Projeto de Formação Artística do Município de Campo Maior que inaugurou, com um espetáculo no foyer do Centro Cultural.

Teatro à Solta apresenta duas peças em Campo Maior no Mês do Teatro

“A Gata Borralheira”. Foto: Teatro à Solta

A companhia Teatro à Solta, da Marinha Grande, apresenta dois espetáculos, na terça e quarta-feira, dias 8 e 9 de março, no Centro Cultural de Campo Maior, inseridos na programação do Mês do Teatro, promovida pela autarquia local.

Os dois espetáculos em questão, “A Gata Borralheira” e “Gaitas, Mantas e Chouriças” têm a comunidade escolar como público-alvo.

No caso de “A Gata Borralheira”, a história é contada por duas atrizes, que se desdobram nas diversas personagens do conto, segundo revela o encenador Cristóvão Carvalheiro. Trata-se de uma criação coletiva, a partir do conto de Perrault, com o mesmo nome, com “pequenas alterações” à história. “Fala dos valores de como devemos acreditar em nós próprios e devemos querer o melhor para nós”, adianta o encenador.

“Gaitas, Mantas e Chouriças”. Foto: Teatro à Solta

Já em “Gaitas, Mantas e Chouriças”, em que Cristóvão Carvalheiro, para além de assumir a encenação, integra o elenco, a Teatro à Solta reúne três lendas: “A Gaita Milagrosa”, “Os Três Irmãos” e “Chovem Chouriças”. Neste espetáculo, as gargalhadas estão garantidas,  quer dos mais novos, quer dos mais crescidos.

“A Gata Borralheira” é apresentada aos alunos de Campo Maior em duas sessões, na terça-feira: uma às 10.30 horas e outra às 14.30 horas. Já “Gaitas, Mantas e Chouriças”, também em duas sessões, sobe ao palco do Centro Cultural de Campo Maior pelas 10 e pelas 14.30 horas.

Arronches envia 1620 quilos de bens para a Ucrânia

Arronches enviou mantimentos para a Ucrânia, numa angariação de material que decorreu durante três dias, tendo sido enviados 1620 quilos de bens de primeira necessidade para o povo ucraniano. Segundo a Câmara Municipal, “no que toca a ajudar o próximo, o povo de Arronches é sempre dos primeiros a prontificarem-se e, perante a situação de conflito entre os países de leste da Europa, voltou a não desiludir, tendo-se mobilizado para angariar bens de primeira necessidade para o povo ucraniano”.

Ao longo de três dias, foi entregue, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Arronches e nas instalações das Juntas de Freguesia de Assunção, Esperança e Mosteiros, um total de 1620 quilos de kits de primeiros socorros, medicamentos, conjuntos de cama, roupas de adulto e para criança e bens alimentares não perecíveis, entre outros. O material angariado foi depois levado para Évora, em transporte da Câmara Municipal de Arronches, que se associou a esta iniciativa, sendo posteriormente enviado para leste pela empresa WinDoor, que cedeu as suas viaturas para o efeito.

Os arronchenses demonstraram, mais uma vez, a sua “solidariedade e compaixão para com quem precisa de apoio”, ficando o agradecimento do Município de Arronches “a toda a comunidade por um gesto que é certamente uma enorme ajuda para o povo da Ucrânia neste complicado momento”.

A autarquia agradece ainda a quem organizou, acondicionou e transportou os bens doados pela população: técnicos da autarquia (Acácio Semedo, Elisabete Pereira, Joel Casimiro, Óscar Vaz, Paulo Fonseca e Vital Pacheco), da Junta de Freguesia de Assunção (Gonçalo Grilo), dos Bombeiros Voluntários (Ana Lopes, Luís Velez e Diogo Vieira) e dos voluntários (Ana Moriano, Daniela Muralhas, Lúcia Costa, Patrícia Flores, Tânia Pereira e Tânia Vaz).

“Peixe do rio não pode ser só um evento quinzenal”, diz João Grilo

A edição deste ano da Mostra Gastronómica do Peixe do Rio já decorre na vila de Alandroal. Um evento onde as iguarias feitas com peixe do rio estão em destaque e onde os restaurantes aderentes preparam os melhores pratos, quer para os visitantes quer para os habitantes locais que tenham intenção de os degustar.

O evento conta com diversas iniciativas, como showcookings, degustações e o congresso do peixe do rio, entre outros.

A cerimónia de abertura decorreu este sábado, dia 5 de Março, no auditório do centro cultural transfronteiriço de Alandroal e contou com a presença de diversas entidades.

João Grilo, presidente da Câmara Municipal de Alandroal referiu que “esta Mostra Gastronómica surgiu que uma pequena ideia de dinamizar um produto que temos no nosso concelho. A verdade é que, em 2020, quando preparávamos mais uma edição, que tivemos que cancelar devido à pandemia, já estávamos num patamar bastante elevado. Este ano retomamos e temos o desafio de tornar o peixe do rio em algo mais que uma mostra de 15 dias. É necessário que o peixe do rio esteja em destaque o ano todo”.

José Robalo, presidente da Assembleia Municipal de Alandroal, considera que este é “um momento muito importante e que pretende projetar as capacidades do concelho. O peixe do rio era um elemento bastante limitado a alguns pescadores e hoje é um trunfo no nosso concelho, devido a todas as iguarias que são feitas nos restaurantes.

Os chefes José Júlio vintém e Paulo Amado, os responsáveis pelo congresso do peixe do rio, garantiram que “é uma iniciativa que vai contar com várias apresentações e demonstrações que pretendem mostrar as potencialidades do peixe do rio, um produto que deve ser consumido fresco e não congelado, tal como o peixe do mar”, disse o chefe Júlio. Já o chefe Paulo Amado adiantou que “no âmbito deste congresso será apresentado um trabalho de investigação que pretende focar o Alandroal como um local de estudo e ensinamento sobre o peixe do rio”.

Vítor Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, considera que “esta mostra assenta numa questão muito característica do Alentejo que é a gastronomia. Uma gastronomia que nasceu do povo, que antigamente tinha que aproveitar tudo para cozinhar, como as ervas ou o pão duro, e que acaba por dar origem a pratos fantásticos, como a açorda. Nós, no turismo temos seguido sempre uma linha de apostar naquilo que é a qualidade. Aquilo que conseguimos fazer pode ser pouco, mas tem que ter uma marca de qualidade. E isso tem sido feito, porque se nós andarmos pelo país o Alentejo é uma marca bastante conhecida. A qualidade que se têm vindo a afirmar ao longo dos anos, está também refletida na forma como o Alentejo tem enfrentado estes dois anos de pandemia, como menos casos e menos mortes”.

Já Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo “quando olhamos para o Alandroal, olhamos para um concelho que está no mapa, graças ao presidente João Grilo. Ele tem feito um trabalho fantástico e as muralhas de Juromenha são também exemplo disso”.

A Mostra Gastronómica do Peixe do Rio, em Alandroal, decorre até dia 13 de Março.