A corrida de Touros, marcada para as 17 horas deste sábado, dia 23, na Praça de Toiros José Varela Crujo, em Beja, integrada na 38ª edição da Ovibeja, foi cancelada.

Em praça estariam os cavaleiros João Moura Caetano, Emiliano Gamero e Marcos Bastinhas, assim como os grupos de forcados amadores da Moita, Cascais e Beja, capitaneados, respetivamente, por Pedro Raposo, Paulo Loução e Miguel Sampaio, que iriam pegar seis imponentes toiros das Sesmarias Velhas do Guadiana.

Esta decisão surgiu depois da chuva que tem caído ter deixado a arena sem condições de utilização, tal como se pode ver na imagem publicada nas redes sociais pelo cavaleiro elvense Marcos Bastinhas.

A entrega de prémios, dos concursos de ovinos e suínos que têm vindo a decorrer na edição deste ano da Ovibeja, acontece amanhã, domingo, dia 24, às 15 horas. Entre os três primeiros lugares, na raça merina preta, “está um exemplar de Luís Dentes Campos, um produtor de Vaiamonte, no concelho de Monforte, que noutras classes ganhou mais prémios. Em primeiro e segundo lugar temos dois animais de um criador nosso, da Petigape”, de acordo com Tiago Perloiro, da organização.

O responsável refere que “em todas as edições da Ovibeja são realizados estes concursos que apresentam quatro classes em cada raça, sendo, nas fêmeas, classes de ovelhas, com idades superiores a dois anos, e classes de malatas, com idades entre um e dois anos. Nos machos é igual”.

De acordo com Tiago Perloiro “o Alto Alentejo assume-se como uma zona com bastantes criadores, tanto de merino branco como preto, o que tem permitido um crescimento bastante sustentável da raça. A raça merina é a mais predominante na região alentejana, por ser autóctone e muito bem adaptada ao modo de produção extensiva”.

A concurso, nesta 38ª edição da Ovibeja, estiveram as raças Campaniça, Merina preta e branca e ainda suínos.

Algumas das atividades previstas no programa de comemoração do 48.º Aniversário do 25 de Abril de 1974 foram suspensas, em Campo Maior, devido às condições metereológicas previstas para os próximos dias.

Assim, o concerto de Luís Trigacheiro, Silvie Ornelas & Ensemble Ibérico, previsto para o dia 23 de abril, e a animação musical com o Grupo de Cantares Vozes da Nossa Terra e o Rancho Folclórico Espigas e Papoilas, prevista para o dia 24 de abril, foram adiados para data a divulgar oportunamente.

Também o Hastear da Bandeira Nacional na Praça da República na noite de 24 de abril foi cancelado, pelos mesmos motivos.

A restante programação mantém-se inalterada.

“A dança vai às escolas” é a iniciativa desenvolvida pelo município de Campo Maior, em parceria com as professoras dos projetos de formação de dança contemporânea, ballet e dança oriental.

A ideia surge de um desafio por parte do município, de forma assinalar o Dia Mundial da Dança, que se comemora, na sexta-feira, 29 de abril, revela São Silveirinha, vereadora na Câmara de Campo Maior, adiantando que “esta é uma arte que merece o maior carinho, por todo o trabalho desenvolvido nos cursos de formação, levando a dança a todos os níveis de ensino do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, Escola Secundária, Centro Educativo Alice Nabeiro, Jardim de Infância “O Despertar” e ATL Arco-Íris.

Haverá um cronograma próprio e, cada uma das professoras vai-se deslocar a cada um destes espaços de ensino, em horário a definir, e poderá ainda haver workshops para os alunos.

A Dança vai às escolas de Campo Maior, a partir de 26 a 29 deste mês, assinalando o Dia Mundial da dança, com o ballet dança contemporânea e oriental.

O Agrupamento de Escolas de Campo Maior realiza, até final do ano letivo, mais duas mobilidades, ao abrigo do programa Erasmus+.

De domingo, dia 24 de abril, até ao próximo dia 30, 13 alunos e dois professores vão estar em Reus, no norte de Espanha, para participar num conjunto de atividades relacionadas com a expressão dramática, de acordo com a professora Vanessa Algarvio. Esta mobilidade, adianta, “pertence ao Erasmus + CLIL, que tem como objetivo o desenvolvimento da língua inglesa, em várias vertentes”.

“Em Espanha, vai ter a ver com as artes dramáticas e o que vamos fazer lá é desenvolver atividades com os alunos, neste âmbito”, diz ainda a professora, que adianta que, para além de cinco dias de atividades, a comitiva vai ainda passar dois dias em viagens.

Depois de Espanha, ainda no decorrer deste ano letivo, segue-se uma outra mobilidade, tendo a Turquia como o país de destino.

Maria do Céu Antunes, a ministra da Agricultura e da Alimentação, inaugurou oficialmente a 38ª edição da Ovibeja, na tarde desta quinta-feira, no Parque de Feiras e Exposições Manuel de Castro e Brito, em Beja, onde o certame decorre até segunda-feira, feriado nacional de 25 de Abril.

A governante, em declarações à comunicação social, salientou “a grande resiliência da “agricultura portuguesa durante a pandemia” e “capacidade de adaptação às condições mais exigentes”.

A ministra defendeu “o regadio coletivo e sustentável com o intuito de promover uma agricultura competitiva baseada no uso eficiente da água”. Já nas restantes regiões, a aposta incidirá “num sequeiro que também se quer ajudado e que contribua para a manutenção de um equilíbrio em toda a atividade agrícola”.

Esta, de acordo com o presidente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio, é a feira de maior dinamismo e “a grande alavanca da região”, pelo que saúda o seu regresso, após a última edição em 2019. O autarca tem esperança num “evento muito positivo, com “muitos visitantes”.

Já o diretor regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, José Godinho Calado, diz ser de grande importância a retoma de eventos como a Ovibeja, ainda que com todos os cuidados. “É sempre importante voltar a estes eventos, eventos sociais, culturais, que nos trazem o contacto das pessoas e o conhecimento. É também muito importante porque nos dá a entender que uma pandemia, extremamente difícil, que continua cá, mas que, com cuidado, temos de ir caminhando no tempo e ir fazendo estes eventos”, diz ainda.

A agricultura, defende por sua vez o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Ceia da Silva, terá de ser um setor “fortemente apoiado” pelo próximo quadro comunitário, considerando “excelente” este regresso da Ovibeja e desta normalidade possível. A Ovibeja, diz ainda Ceia da Silva, “é o grande certame agropecuário do país”: “é para nós uma referência e é que com muita alegria que vemos o regresso das pessoas e dos animais a esta vivência da Ovibeja”.

Entre os presentes na inauguração do evento, esteve o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, que não tem dúvidas de este é um dos grandes eventos da região, que representa a capacidade que o Alentejo tem de se afirmar como “território de atratividade e de oportunidades de futuro, nos setores da agricultura”.