Na despedida ao Comendador Rui Nabeiro, o arquiteto Rui Andrade, ligado também à área da restauração, em Elvas, revela que “o mundo está de luto, porque o Comendador foi um dos grandes mentores para os empresários que nos dá vontade de lutar, olhar para ele e pensar que há sempre esperança e motivos que tudo vá para a frente”.

Rui Andrade recorda que Rui Nabeiro tinha “um grande coração e nos dá uma grande lição de vida a todos nós, pela forma como trata as pessoas e é um mentor para quem gosta e pretende seguir nesta área, por isso ficará sempre na nossa memória”.

A Diretora Clínica da ULSNA, Vera Escoto, visivelmente emocionada no último adeus Rui Nabeiro recorda que o Comendador sempre ajudou o Hospital de Elvas e garantiu que o foi “um homem fora do seu tempo” e “muito amigo das suas gentes”.

Vera Escoto acrescenta que foi uma pessoa que “nos marcou a todos, sempre disposto a ajudar e sempre com um sorriso na cara, porque ele sorria com a cara e com os olhos”.

“Partiu um homem bom, amigo e generoso e vamos ter muitas saudades dele”, quando ele foi para Lisboa pensei que ele voltava e nada é por acaso, ele morreu no Dia de São José, que é o padroeiro dos operários e no Dia do Pai, e ele foi um pai para esta gente o símbolo de um Pai”, acrescenta a diretora clínica da ULSNA.

Vera Escoto termina dizendo que “guardo em mim uma recordação fantástica de um homem fabuloso que eu tive a sorte e prazer  de ser sua amiga”.

O Ayuntamiento de Badajoz vai propor nomear Rui Nabeiro como “Filho Adotivo de Badajoz”, a título póstumo.

Uma informação anunciada pelo alcaide, Ignacio Gragera, citado pela rádio COPE de Badajoz, que garante que “este reconhecimento devia ter sido feito mais cedo”.

Esta quarta-feira, 22 de março, celebra-se o Dia Mundial da Água, data criada em 1992, no Rio de Janeiro, pela ONU, e que, desde então, serve para se debater os diversos temas relacionadas com este bem precioso e se tomar atitudes que façam a diferença no seu uso racional.

Para este ano, explica o presidente do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus, José Janela, e com o objetivo de se discutir formas de acelerar mudanças para solucionar a crise global da água e saneamento, a ONU definiu o tema “Acelerando Mudança – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”.

Recordando a fábula do beija-flor (que pode ler abaixo), explica o ambientalista, a ONU sugere à população que seja como este pequeno animal na gestão da crise da água.

A cada ano, a ONU escolhe um tema diferente e que corresponde a um desafio atual ou futuro, relacionado com a água, para, neste dia, ser discutido.

A Fábula do Beija-Flor:

“Era uma vez uma floresta, onde se iniciou um incêndio. Todos os animais fugiram para salvar as suas vidas e ficaram à beira do fogo, a olhar para as chamas com terror e tristeza.

Por cima das suas cabeças, um beija-flor voava de um lado para outro em direção ao incêndio, repetidamente. Os animais maiores perguntaram-lhe o que estava a fazer:

– Vou voar até o lago para apanhar água e usá-la no combate ao fogo.

Os animais riram-se dele e disseram:

– Tu és louco! Não vais conseguir apagar o incêndio!

E o beija-flor replicou:

– Estou a fazer aquilo que posso.

O Beija-flor está a ajudar a solucionar o problema, gota a gota. Ele está a ser a mudança que deseja ver no mundo.

Todos podemos ser um Beija-flor. Cada atitude, não importa quão pequena seja, ajudará a solucionar a crise global da água”.

Campo Maior e o país despediram-se ontem, 21 de março, de Rui Nabeiro.

A apresentadora de televisão Fátima Lopes que, ao longo dos anos, foi construindo uma relação de amizade com Rui Nabeiro, foi uma das muitas figuras conhecidas do grande público que se quis despedir do comendador.

Referindo-se ao empresário como “uma pessoa única”, como um “homem maior”, Fátima Lopes diz que nunca ninguém terá a “grandeza dele”. “Para além de tudo, é a perda de um amigo. Ficam as boas memórias e a saudades também”, remata, em declarações à Rádio ELVAS.

A missa de corpo presente de Rui Nabeiro realizou-se ontem, na Igreja Matriz de Campo Maior: uma cerimónia presidida pelo arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, ainda antes do cortejo fúnebre até ao Cemitério Municipal da vila.