Agrária de Elvas poderá vir a alargar oferta formativa

Num total de 16 cursos, o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), na primeira fase de acesso ao Ensino Superior, para este novo ano letivo, viu preenchidas a totalidade das vagas disponíveis em metade das suas licenciaturas, incluindo na de Enfermagem Veterinária, na Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE).

Estes bons resultados, garante o presidente do IPP, o professor Luís Loures, têm um “impacto muito positivo”, não só nos concelhos de Portalegre e Elvas, mas em toda a região. “Duas licenciaturas da Escola de Educação esgotaram, completamente, as vagas; três da Escola de Tecnologia também; e a Saúde fez o pleno, ou seja, teve cem por cento de colocados”, revela o presidente.

O grande problema, quer em Elvas, quer em Portalegre, continua a ser a falta de camas para os estudantes. Só no ano passado, recorda Luís Loures, o Politécnico perdeu 38 alunos, colocados em primeira opção, que não conseguiram habitação. Ainda assim, a instituição de ensino superior tem já cofinanciamento, do PRR, para começar a resolver esse problema, lembrando que, com a ajuda da Câmara de Elvas, a ESAE contará com uma nova residência de estudantes.

Com a possibilidade de abertura de novos cursos na Agrária de Elvas, ao nível da Biotecnologia e Biociências, num futuro próximo, diz ainda Luís Loures, é preciso arranjar soluções, até porque a escola foi criada para acolher cerca de 200 estudantes e, hoje em dia, tem cerca de 400. Apesar do processo para a abertura destes novos cursos ainda não ter tido o seu arranque formal, Luís Loures garante que a direção da ESAE está empenhada, para que esse alargamento de cursos disponíveis seja uma realidade.

Na Escola Superior Agrária de Elvas, as aulas, para os alunos de licenciatura e Cursos Técnicos Superiores Profissionais, arrancam na segunda-feira, dia 26 de setembro.

Com mais vontade que nunca, elvenses fazem da Piedade segunda casa

A romaria de São Mateus, que se volta a cumprir em Elvas, dois anos de pandemia passados, voltou a levar as famílias do concelho até ao parque de campismo da Piedade, onde o convívio, por estes dias, é a palavra de ordem.

Leonardo Lanternas, por exemplo, lembra-se desde os seus sete anos de acampar por ocasião da feira e das festas em honra do Senhor Jesus da Piedade, uma tradição que, segundo conta, já vai na terceira geração. Para passar estes dias, nas melhores condições, adianta este elvense, para além da “alegria e boa disposição”, é preciso montar uma segunda casa no parque de campismo.

A tradição de acampar por altura do São Mateus é algo que Érica Adagas tem procurado, juntamente com o marido, passar aos filhos. Lembra-se de viver a romaria, desta forma, desde muito pequena. Depois de dois anos de pandemia, o regresso ao São Mateus, para esta elvense, foi com “mais vontade que nunca”.

Já José Pomar garante que regressou ao parque de campismo com muita vontade, onde acampa com familiares e amigos, desde que se lembra de ser gente. Apesar dos “gastos a dobrar”, uma que vez que é necessário manter “duas casas”, José Pomar assegura que o esforço financeiro compensa pelo convívio e o bom ambiente que se vive na Piedade.

“Muito contente” de ter voltado ao parque de campismo, por esta altura, apesar da subida dos preços dos terrenos, está Fátima Rego, que, com o marido, não arreda pé da Piedade. Com autocaravana e até uma sala de estar, para além de todas as outras comodidades, Fátima chega a juntar cerca de vinte pessoas, entre família e amigos, no seu acampamento.

Carlos Marmelo, que não acampa há muitos anos na Piedade, conta que a família se reúne, todos os dias, no seu acampamento, para desfrutar ao máximo do São Mateus. Estes dois últimos anos, que a pandemia impediu a romaria, diz ainda, causaram “muitas saudades”.

A gozar da sua reforma, confessa Francisco Almas, regressar ao São Mateus com a família “é muito importante”. Já a mulher de Francisco, Fátima Almas, que recorda que acampa na Piedade desde criança, é agora a responsável por alimentar a família, no acampamento.

Já Hélder Oliveira, que tem esperança que os mais jovens deem continuidade a esta tradição, conta que montou, juntamente com familiares e amigos, as suas tendas no passado dia 10. Para passar estes dias, no parque, teve de tirar dias de férias. Fernando Brás, por sua vez, confessa que se sentiu “muito em baixo”, durante os dois últimos anos, por não puder cumprir a tradição.

Depois de uma espera, que diz ter sido “longa”, Marlene Mocisso garante que regressou, juntamente com a família, “ainda com mais vontade” ao parque de campismo, para onde levou a casa às costas: não faltam eletrodomésticos, televisão, mesas, cadeiras.

Há 30 anos que Bladimiro Russo, com a família, faz questão de acampar por ocasião da feira de São Mateus. Com convívio habitual no acampamento, muitas vezes, conta, nem sequer chegam a visitar a feira ou a assistir aos concertos na Expo São Mateus.

Cerco de 1811 a Campo Maior recriado este fim de semana

Campo Maior, a partir do Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada (CIFA), vai ser palco, entre hoje e amanhã, sábado e domingo, dias 24 e 25 de setembro, de uma recriação histórica, que pretende evocar o cerco de 1811 pelo exército francês.

Combates, desfile pelas ruas do centro histórico e um baile oitocentista são algumas das atividades previstas.

Nesta recriação oitocentista, irão participar cerca de 170 recreadores, da Associação Napoleónica Portuguesa, revela a vereadora na Câmara de Campo Maior, São Silveirinha, não tendo dúvidas que este será “um grande momento”.  “Todos temos que acompanhar este momento, porque vamos ter um sábado repleto de desfiles, combates, de workshops”, acrescenta.

A iniciativa, que arranca hoje, por volta das 10 horas, estende-se até à meia-noite. Amanhã, as atividades decorrerão até à hora de almoço. “Eu acho que as pessoas têm mesmo de se associar a esta recriação histórica, porque será um momento muito especial para nós”, diz ainda a vereadora.

Matadouro de porco ibérico arranca em breve, em Zafra, com 70 funcionários

Foto: El Periodico Extremadura

Nos próximos dias, a empresa responsável pelo matadouro de porco ibérico, iniciará o processo de seleção para todos os perfis de que precisa. O objetivo é chegar a 130 trabalhadores até 2023 e depois chegar a 200.

A instalação do primeiro macro-matadouro de porco ibérico na Extremadura enfrenta seus últimos passos em Zafra, estando prevista a contratação de 70 trabalhadores, para começar.

A obra do projeto promovido pelo conglomerado de empresas ibéricas que compõem a Cibex ficará pronta este outono, uma vez que, segundo explica o El Periodico Extremadura, a maquinaria das linhas de produção já está instalada e nas próximas semanas deve começar o processo de seleção dos trabalhadores que serão incorporados para a abertura da unidade, conforme confirmado pela Cibex.

Para iniciar a atividade, a empresa exige perfis técnicos e mão-de-obra para os diversos setores da instalação, desde o setor em que os animais chegam ainda vivos até às salas de corte. A empresa planeia fazer uma convocatória quando o processo seletivo for oficialmente aberto, para possam cobrir os diversos postos de trabalho; não surpreendentemente, o anúncio de que um grande matadouro seria construído despertou grande interesse na área de Zafra antes mesmo do início das obras, há três anos.

Com um investimento de 22 milhões, o matadouro de porco ibérico, que vai arrancar em Zafra, tem sido apontado como um dos mais importantes da península, com 16 mil m² construídos, 25 mil m² urbanizados.

A instalação terá capacidade para abater 320 suínos, por hora, embora os promotores do projeto nunca tenham contemplado esse pico de atividade numa primeira fase, mas sim, três anos após o arranque do matadouro. A última previsão era poder abater cerca de 142 mil animais no seu primeiro ano (50% da capacidade da unidade), que um ano depois aumentará para 213.750 (75%) e que a capacidade de abate aumentará, até atingir o pico máximo, no horizonte 2025-2026, com 285 mil animais, o que significa 37.620 toneladas de carne processada.

Luís Machado sobre José Caldeira: “espero que desfrute, lá em cima, da nossa atuação”

Os Forcados Amadores Académicos de Elvas voltam a entrar em praça, no Coliseu Comendador Rondão Almeida, na noite desta sexta-feira, 23 de setembro, para a segunda corrida da feira taurina de São Mateus, depois de já terem pegado na primeira, no passado sábado.

Sendo esta uma corrida de homenagem a José Caldeira, o cabo dos Académicos de Elvas, Luís Machado (na imagem), lembra que este era um “grande aficionado e um grande amigo” do grupo, até porque também um dos seus filhos foi membro dos Forcados de Elvas. “É uma responsabilidade muito acrescida, porque foi uma pessoa que nos deu sempre a mão”, assegura.

“É uma corrida de figuras, do maestro João Moura, do maestro João Salgueiro, que sempre tiveram uma grande rivalidade, e o cavaleiro da terra, que tem vindo a fazer uma temporada espetacular, tem estado nas corridas todas importantes do país e está com uma garra descomunal”, acrescenta Luís Machado.

Fazer as “coisas bem feitas”, para que alcancem o triunfo, diz ainda o cabo dos Forcados de Elvas, é o principal objetivo do grupo. “Esperemos que ele (José Caldeira), lá em cima, desfrute desta nossa atuação, que esteja connosco e que nos possa ajudar a que a corrida seja um sucesso”, remata Luís Machado.

Marcos Bastinhas espera “grande noite” de homenagem a José Caldeira

O Coliseu Comendador Rondão Almeida, em Elvas, é palco, na noite desta sexta-feira, 23 de setembro, da segunda corrida da feira taurina de São Mateus.

Nesta, que é uma corrida de homenagem ao falecido aficionado José Caldeira, vão entrar em praça os cavaleiros Marcos Bastinhas, João Moura e João Salgueiro, a lidar seis touros da ganadaria Canas Vigouroux. Pegam os Forcados Amadores de Évora e Académicos de Elvas.

Marcos Bastinhas espera que esta seja uma grande noite, recordando o carinho que tem pela família de José Caldeira. “Era um grande aficionado, uma grande pessoa, uma grande família também, por quem tenho um enorme carinho e amizade. Convivo com o seu filho, o João Caldeira, quase diariamente. É um grande amigo meu e quisemos, e quis toda a afición, prestar uma homenagem a esse grande senhor”, revela Marcos Bastinhas.

O início da corrida está marcado para as 22 horas.

“É uma alegria imensa voltar a Elvas”, diz João Salgueiro

Foto: Touroeouro.com

O cavaleiro João Salgueiro, de 54 anos, marca presença esta sexta-feira, dia 23, na segunda corrida de touros integrada na Feira Taurina de São Mateus, no Coliseu de Elvas.

Prestes a celebrar 35 anos de alternativa (em Maio de 2022), João Salgueiro garante que “é uma alegria imensa voltar à Feira de São Mateus e a tourear em Elvas, numa praça em que tenho grandes recordações e de homenagem a um grande amigo. Repartir cartel com o Marcos Bastinhas e com o João Moura pai faz deste um cartel muito importante e com espetativas enormes”.

Com uma família ligada à tauromaquia, João Salgueiro refere “esta temporada correu muito bem. Esta é a sexta corrida que faço e espero terminar em beleza. Para o ano faço 35 anos de alternativa e espero fazer uma temporada semelhante a esta, com apenas quatro ou cinco corridas para fechar com chave de ouro”.

João Inácio de Ferreira Girão Salgueiro da Costa, nasceu em Valada do Ribatejo, no concelho do Cartaxo, a 21 de Fevereiro de 1968, e desde sempre esteve ligado ao campo, aos cavalos e à tauromaquia.

Corrida de Touros em Elvas em homenagem a José Caldeira

No âmbito da Feira taurina de São Mateus e, depois de nos passado sábado, ter decorrido uma corrida de touros no Coliseu de Elvas, hoje o espaço volta a abrir para mais um espetáculo tauromáquico.

Assim, esta sexta-feira, 23 de setembro, às 22 horas, numa corrida de homenagem ao aficionado José Caldeira, em praça vão estar os cavaleiros João Moura, João Salgueiro e Marcos Bastinhas, a lidar seis touros com ferro Canas Vigouroux. Pegam os Forcados Amadores de Évora e Académicos de Elvas.

Semana dos Maiores: inscrições para passeio a Coimbra terminam esta sexta-feira

O Município de Campo Maior dedica a semana de 1 a 9 de outubro aos maiores, isto é, aos seniores, do concelho.

“Todos os dias vamos ter alguma atividade para os nossos maiores”, assegura a vereadora São Silveirinha, adiantando que toda a programação prevista é “muito rica em termos de dinâmicas”.

O evento tem início com uma viagem a Coimbra, no dia 1 de outubro, sendo que, sem desvendar muito do que se vai passar, São Silveirinha lembra que a cidade tem muitos “pontos de interesse” para visitar. As inscrições para este passeio encontram-se abertas até esta sexta-feira, dia 23 de setembro, podendo ser feitas no Centro Comunitário e na Junta de Freguesia de Degolados.

Para terminar, no dia 9 de outubro, decorre o já tradicional almoço dos maiores, no pavilhão da Escola Secundária de Campo Maior. As inscrições estão abertas até dia 30, na Câmara Municipal, na CURPI, no Centro Comunitário, na Loja do Cidadão e na Junta de Freguesia de Degolados.

7ª edição da Escola Missão Continente: alunos do 1º ano consomem mais fruta e legumes

A Escola Missão Continente (EMC), cuja 7.ª edição arrancou esta semana, está a avaliar, pela primeira vez, o impacto em 40 turmas do 1º CEB, de 35 escolas dos 20 distritos do país, durante 4 anos consecutivos (2021-2025), tornando-se em um dos estudos integrado num programa de nutrição e saúde comunitária, com maior dispersão, em Portugal

No 1º ano de avaliação, verificou-se uma prevalência de 28,1% de excesso de peso entre os participantes, e 10% em situação de obesidade, valores ligeiramente abaixo das médias nacionais (29,7% e 11,9%, respetivamente, segundo o estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative – COSI Portugal). No que diz respeito aos hábitos alimentares das 764 crianças abrangidas, as avaliações feitas junto das mesmas, das escolas e das famílias, permitem destacar que 62,5% consomem fruta fresca todos os dias e 58,7% consomem legumes todos os dias, mas menos de 20% (17,9%) consomem peixe 4 a 6 vezes por semana e apenas 8,1% consomem leguminosas diariamente. Já ao pequeno-almoço, praticamente metade dos alunos (45,9%) comem cereais de pequeno-almoço até 3 vezes por semana.

Após a participação no programa, as famílias desta população infantil, destacaram o aumento do consumo de fruta fresca e de legumes em 12% e 9%, respetivamente, e diminuição da ingestão de refrigerantes em 11%.

Sobre estes hábitos alimentares, Ana Rito, presidente da Direção e em representação da equipa de Nutricionistas que coordenam e implementam o estudo pelo Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde (CEIDSS), comenta que “há ainda um longo caminho a ser feito se queremos  contrariar uma das doenças mais prevalentes na infância – a obesidade infantil, onde 1 em cada 3 crianças apresenta excesso de peso” e que “este é um programa  muito importante para contrariar esta tendência e melhorar os hábitos alimentares infantis, sobretudo vendo estes primeiros resultados. Queremos crianças com mais literacia em saúde, mais conscientes em relação à sua alimentação, mais preparadas para fazerem escolhas mais saudáveis, para que possam crescer em saúde.”

A Escola Missão Continente, criada em 2016, sensibiliza alunos do 1º ciclo do Ensino Básico (CEB) para uma alimentação saudável, consumo consciente e estilo de vida ativo. Até à data, o programa já envolveu mais de 100.000 crianças. Desde o ano letivo 2021-2022, passou a abranger alunos do Pré-Escolar e 2º ciclo do Ensino Básico. Em cada edição, os participantes têm acesso a conteúdos, atividades educativas, desafios (com prémios associados), materiais lúdico-pedagógicos e visitas no terreno.

As escolas interessadas em participar no projeto podem inscrever-se a partir de hoje, 20 de setembro, até 16 de outubro, no site da Missão Continente em missao.continente.pt/escola.

“O último ano letivo foi um marco na história da Escola Missão Continente, porque depois de meia década a conhecer e sensibilizar alunos do 1º ciclo, decidimos ir mais longe e incluir no programa o pré-escolar e o 2º ciclo, porque sentimos que já estamos nesse nível de maturidade da iniciativa. Acreditamos que a Escola Missão Continente é um programa relevante para todo o setor do retalho alimentar nacional, e até para a sociedade civil de forma global, porque estamos a intervir diretamente nos consumidores e clientes do futuro. Como marca, temos caminhado na direção de uma alimentação mais saudável e sustentável, com a melhoria nutricional dos produtos e sensibilização dos clientes, mas há algo de muito poderoso no potencial e responsabilidade que estas crianças e jovens terão quando chegar a sua vez de decidir o que comprar, de educar as suas famílias, de influenciar o seu círculo social com as escolhas que farão”, refere Nádia Reis, Diretora de Comunicação e Responsabilidade Social do Continente. “O facto de estarmos a levar a cabo o primeiro estudo de medição de impacto deste género no país, para aferir o verdadeiro efeito do programa, é o sinal mais evidente de que estamos empenhados em impactar positivamente e com profundidade a vida e futuro destas crianças e respetivas famílias, a longo prazo”, acrescenta.

A Escola Missão Continente tem como parceiros institucionais a Direção Geral da Saúde, o CEIDSS – Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde, o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e ainda o apoio institucional da Direção-Geral da Educação.