Em Campo Maior o Domingo de Páscoa é passado na Enxara

Neste domingo de Páscoa, os campomaiorenses passam o Dia na Enxara, onde na mesa da maioria das famílias não falta o tradicional Ensopado de Borrego.

Neste momento, Maria Graciosa, cedeu o lugar da sua tenda ao neto, pelo que agora só vai à Enxara passar o dia, mas recorda como eram vividos os tempos naquele local, na sua época: “esa romaria era uma maravilha, passávamos a noite à volta do lume, com o café, a tocar pandeireta e a cantar às saias”.

Ricardo Leonardo começou a ir para a Enxara, nesta época de Páscoa com a família, mas hoje é com os amigos que recria esta tradição, que valoriza bastante e que se assume como “uma forma de desconectar do mundo, num local onde reina o convívio e a festa está sempre garantida”. Quanto ao ensopado de Borrego, neste domingo está garantido.

Para Fábio Miranda, estes dias passados na Enxara são uma forma de “escapar ao stress do quotidiano”, e há mais de 20 anos que cumpre esta tradição, que “não tem explicação”. Vítor Carapinha diz que “a união, nestes dias, é a palavra de ordem.

IPDJ: candidaturas abertas para entidades promotoras de voluntariado na natureza

O programa de “Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas”, promovido, todos os anos, pelo Instituto Português da Juventude e Desporto (IPDJ), tem candidaturas abertas para as entidades promotoras, como câmaras municipais, corporações de bombeiros e associações juvenis.

Com o objetivo de levar jovens dos 14 aos 30 anos a adquirir competências através da prática de voluntariado na promoção da sustentabilidade ambiental, este programa, recorda o diretor regional do Alentejo do IPDJ, Miguel Rasquinho, tem sido “um enorme sucesso e que tem crescido de ano para ano, até em disponibilidade financeira”.

Depois dos projetos apresentados pelas entidades promotoras, caberá aos jovens fazerem a sua candidatura, para “serem voluntários em alguns destes programas”. A intenção é que possam desenvolver um “trabalho ativo no terreno”, em torno de atividades de proteção da natureza.

O programa destina-se aos jovens que estejam interessados em participar em atividades de voluntariado em áreas protegidas, parques naturais, reservas naturais, entre outras áreas de interesse ecológico. Os voluntários terão a oportunidade de contribuir para a promoção de boas práticas ambientais e de valorização do património natural e cultural, adquirindo novas competências pessoais e profissionais.

Já foram apoiados por este programa quase 1.700 projetos, executados por mais de mil entidades, com a participação de mais de 13 mil jovens voluntários. Este ano, o programa conta com um reforço de 1,5 milhões de euros e o apoio do IPDJ, do Fundo Ambiental e da Proteção Civil.

As candidaturas devem ser submetidas na Plataforma dos Programas da Juventude do IPDJ.

Borrego em destaque nas ementas dos restaurantes de Vila Viçosa até 1 de abril

A Semana do Borrego, inserida na iniciativa gastronómica “Vila Viçosa à Mesa”, decorre até dia 1 de abril, nos cerca de 15 restaurantes aderentes.

Sendo a Páscoa uma época em que a população da região dá destaque ao borrego, nas suas mesas, o município de Vila Viçosa, como revela o vice-presidente, Tiago Salgueiro, pretende valorizar a gastronomia tradicional e também o património do concelho. “Vamos ter mais uma semana gastronómica, desta feita alusiva ao borrego, em 15 restaurantes do concelho, para valorizar a nossa gastronomia tradicional, uma vez que o borrego marca a gastronomia, no Alentejo, na Páscoa, que é uma altura propícia em Vila Viçosa, porque recebe sempre muitos visitantes, procuramos assim dinamizar a restauração e dar visibilidade ao território, através do seu património edificado”, refere.

Para além dos pratos tradicionais de borrego “muito procurados, nesta época, pelos visitantes”, os restaurantes tentam também inovar na forma como o confecionam, acrescenta Tiago Salgueiro.

Relógios adiantam uma hora na madrugada deste domingo

A hora de verão chega na madrugada deste domingo de Páscoa, 31 de março.

Dessa forma, os relógios deverão ser adiantados uma hora, quando for 1 hora, passando a ser 2 horas. Este é, assim, o dia mais curto do ano, onde desaparece uma hora em todos os relógios.

Ainda que se durma menos uma hora, nesta noite, daqui para a frente os dias vão ficar maiores. A mudança do horário de inverno para o horário de verão é feita todos os anos, sempre no último domingo de março.

Este horário de verão, geralmente, termina no último domingo de outubro, que este ano calha no dia 27.

Tradição de passar Páscoa na Ajuda tem vindo a passar de geração em geração

Até amanhã, Domingo de Páscoa, ainda são alguns aqueles que, mesmo com o tempo instável, com chuva e vento forte, se encontram em convívio, a celebrar esta época da Páscoa, no campo, junto à ponte da Ajuda, em Elvas.

Samuel Borrego, que está na Ajuda com o pai e um grupo de amigos, confessa gostar desta tradição, sobretudo, por causa do convívio. “Bebemos umas cervejinhas e comemos uma carninha, que fazemos ali no lume”, relata, dando conta que, apesar do frio, tem-se “estado fixe” na Ajuda. As noites, adianta, são passadas ao lume, a tocar viola.

Já o pai de Samuel, Nuno Borrego, que revela que tirou férias para passar estes dias no campo, recorda que o filho foi feito, precisamente, há 24 anos, na Ajuda. “Ele foi feito aqui. Mata-se o borrego e fez-se um borrego”, diz, brincando com o nome de família.

Contrariamente ao filho, Nuno mostra-se mais apreensivo com o estado do tempo, assegurando que a chuva e o frio tornam a vivência destes dias “muito complicada”. Ainda assim, diz não saber em que dia volta a casa.

Tradição das Aleluias volta a ser festejada na Terrugem

As tradicionais Aleluias voltam a ser festejadas, à meia-noite, na noite deste sábado para domingo, na Terrugem.

O Padre Marcelino Caldeira revela que, nesta noite se celebra” a Ressurreição do Senhor, que representa a grande celebração dos cristãos, que tem início com a Vigília Pascal, pelas 21.30 horas, na igreja da freguesia”.

Depois desta manifestação religiosa seguem-se as Aleluias. O pároco afirma que “não conhecia esta tradição”, considerando que “é uma forma popular e muito simpática de celebrar a ressurreição do senhor”.

Tradição das Aleluias que se volta a cumprir pela meia-noite, altura em que depois do toque do sino, a população se junta nas ruas da Terrugem e acontece a tradicional chuva de rebuçados.

Campomaiorenses em momentos de convívio e união por estes dias na Enxara

Nesta altura, a Enxara, em Campo Maior, enche-se de gente, que por ali acampa, nas margens do Rio Abrilongo, para dar continuidade a uma tradição secular.

Leonor Alegria acampa, na Enxara, há cerca de três anos com os seus amigos de infância, pelo que estes dias são passados “em grande festa, muito animados, de convívio, a comer, beber e boa companhia e também para reviver a época infância”.

“Convívio, união entre família e amigos” é como Rodrigo Damião classifica esta romaria na Enxara, que cumpre desde nasceu. Rodrigo diz que passam o tempo, a jogar, andar de mota, comer, beber, andar nos carrosséis”.

Florbela Anjos voltou a cumprir a tradição, depois de alguns anos de interregno, considerando que esta romaria é, acima de tudo, de “convívio entre família e amigos e serve também para aliviar o stress do dia-a-dia”.

Festival Terras do Borrego em Sousel

A 1.ª edição do Festival Terras do Borrego abriu portas esta sexta-feira, 29 de março, no Pavilhão Multiusos de Sousel.

A abertura contou com a presença solene do evento realiza-se no Pavilhão Terras do Borrego e conta com a presença do Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo, Hugo Hilário, e do Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT), José Manuel Santos, entre outras individualidades da região

O Presidente da Câmara Municipal de Sousel, Manuel Valério, manifestou o seu agradecimento por todos os muncipios do alto Alentejo terem aderido à ideia.

O Festival, que une a cultura à animação e à gastronomia onde o borrego de Sousel é rei, prolonga-se até dia 31 de março. Para além do Pavilhão Terras do Borrego, espaço que acolhe mais de 25 expositores e uma área de conferências, pode encontrar ainda neste festival uma Zona Infantil dedicada aos mais pequenos, com atividades lúdicas e uma área de exposição animal, uma Zona de Restauração que, para além de reunir as principais iguarias regionais, é palco de diversos showcookings apresentados por afamados chefs. Por fim, o Palco Musical, será o centro de grandes espetáculos. A entrada é gratuita.

Tradição de rumar à Ajuda cumpre-se mesmo debaixo de chuva

Faça chuva, faça sol, Páscoa, em Elvas, é sinónimo de dias e noites passados no campo, mais propriamente nas margens do Guadiana, na Ajuda.

Apesar do vento forte que se fazia sentir, fomos encontrar, na tarde de ontem, quinta-feira, 28 de março, Germano Grave, na companhia de mais três familiares, a montar a tenda, junto à antiga ponte da Ajuda. “Até segunda-feira, se conseguirmos, cá estaremos, tendo em conta o estado do tempo”, comenta aos microfones da RCM. “Somos cerca de 15, entre família e amigos”, revela ainda, confessando que se leva “o ano inteiro à espera disto”. “Vamos lá ver se corre bem”, remata.

Com o seu grupo de amigos, encontra-se também na Ajuda Luís Penetra. Apesar da tempestade e do “dilúvio”, garante que, mesmo debaixo de chuva, não deixam de ir para o campo. “É mais um ano, mas desde que tenhamos vontade, as coisas fazem-se, mesmo debaixo deste temporal”, garante.

Para o campo, garante Luís, foi necessário levar “o básico”, como fogão e arcas. “Só não temos máquina de lavar loiça”, comenta, entre risos. Tendo já perdido a conta aos anos em que acampa com os amigos na Ajuda, este elvense garante que só voltam a casa no domingo. Quanto ao borrego, por uma questão de “logística”, em vez de o comerem no domingo, fazem-no no domingo.