João Grilo: Data Center mostra que o Alentejo “tem capacidade para atrair investimentos”

Évora vai ter um Data Center da Saúde, ou seja, um centro de processamento de dados, que irá funcionar de forma equivalente ao que se encontra no norte do país e tem como principal objetivo garantir a disponibilidade dos sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde.

Esta instalação resulta de conversações entre a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL), o parceiro estratégico no âmbito do digital DECSIS e a os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, resultando assim, explica João Grilo, presidente da ADRAL, “de um trabalho consistente para dotar a região de capacidade tecnológica, que deu confiança à Saúde para escolher o Alentejo, bem como as características do território que são favoráveis a instalação de centros deste tipo”.

Para João Grilo, esta é uma demonstração de que o Alentejo “tem capacidade para atrair novos investimentos, nomeadamente no que diz respeito às novas tecnologias, que são uma parte significativa do futuro e poderão alavancar o desenvolvimento do território”.

O presidente da ADRAL considera “importante a sensibilidade do Ministério da Saúde para descentralizar os serviços, nomeadamente para o interior, e distribuir investimento pelo território, ajudando-o a ser mais competitivo e esse é também o trabalho da ADRAL, demonstrando-se satisfeito por isso.

Este Data Center resulta de um financiamento de mais de dois milhões de euros, do Plano de Recuperação e Resiliência e vai ser instalado no Centro de Ciência e Tecnologia de Évora.

João Grilo acrescenta que a ADRAL está também a prever um conjunto de projetos, de grande dimensão, para Sines, “que terão desenvolvimentos nos próximos anos”, acreditando que este “será um corredor importante de ligação à Estremadura espanhola, esta ligação Sines, Évora e Extremadura terá grandes potencialidades, relativamente aos dados”.

Data Center da Saúde que vai nascer em Évora, prevendo-se que esteja concluído no final deste ano ou início de 2024.

Prejuízos das cheias condicionam realização das Festas do Povo em 2023

Quando já se dava quase como certa a realização das Festas do Povo em 2023, começam a pairar, em Campo Maior, algumas dúvidas. Isto, porque o investimento avultado que a autarquia de Campo Maior terá pela frente, devido aos prejuízos causados pelas cheias – que rondam os quatro milhões de euros -, é neste momento a principal preocupação do executivo, sobretudo “se as medidas de apoio do Governo não ultrapassarem os 60%”.

Dessa forma, explica o presidente, Luís Rosinha, a prioridade que, até então, era dada às Festas do Povo, para este ano, foi mesmo “retirada da agenda política e executiva” do município.

Por mais que a Câmara Municipal tenha encerrado o ano de 2022 com “um resultado financeiro fantástico”, o autarca garante que, dentro daquilo que é a “margem de manobra” da Câmara Municipal, o município terá pela frente “um investimento muito grande”, para que a vila volte a ficar como estava antes da intempérie de 13 de dezembro. “Essa tem sido a prioridade, dos últimos tempos, de toda a Câmara Municipal; temos estado todos envolvidos naquilo que é o levantamento dos prejuízos e no acompanhamento às pessoas que, efetivamente, necessitam”, assegura.

Lembrando que a decisão da realização do maior ex-líbris de Campo Maior não é sua, nem da Câmara Municipal, Luís Rosinha, ainda assim, garante que, inevitavelmente, houve uma “mudança” no seu pensamento sobre aquilo que podia ser este novo ano de 2023. “Podemos avançar para as Festas do Povo, mas isto não é uma decisão única e exclusiva do presidente, nem pode ser. Aquilo que nós temos de fazer é voltar todos a conversar sobre o momento que estamos a viver. Temos um ano económico que começa com estas questões da inflação e temos de perceber se nos vamos meter num evento que custaria determinado valor e que, neste momento, poderá ultrapassar os orçamentos dos anos anteriores”, garante.

Com a realização do evento, a Câmara Municipal, que é uma “apoiante” das Festas do Povo, poderá ter “mais algumas dificuldades financeiras”, provocadas pela questão do mau tempo, que não tinha há um mês.

Os campomaiorenses, defende ainda o autarca, devem também ter uma palavra a dizer e “manifestar a sua vontade, que isso é obrigatório, porque as festas são, claramente, do povo”. “A Câmara Municipal estará cá sempre para apoiar, mas não esconderá que, neste momento, tem dificuldades que há uns meses não tinha”, assegura.

Sendo a “última palavra” sempre dos campomaiorenses, o município pretende, entretanto, promover uma reunião de trabalho “mais alargada” para, junto dos cabeças de rua, pensar como é que se pode, ou não, realizar o evento. “O tempo começa a fugir-nos das mãos, temos de olhar para os timmings, para a questão dos custos e para o posicionamento económico da Câmara Municipal, e, entre todos, tomarmos uma decisão”, acrescenta Luís Rosinha.

“Sempre e quando o povo quiser, a Câmara Municipal, obrigatoriamente, estará ao lado do povo naquilo que possa ser a concretização do evento”, remata o presidente.

Jornadas Técnicas Apícolas em Avis no próximo dia 28

O Auditório Municipal Ary dos Santos, em Avis, acolhe, no próximo dia 28, as XIII Jornadas Técnicas Apícolas – Avis Melífera.

O evento, organizado pela ADERAVIS, tem início marcado para as 9h30, contando com a participação, entre outros, de apicultores, técnicos apícolas e dirigentes associativos ligados ao setor.

Durante a manhã, decorrem dois workshops, um sobre a “manufactura de sabonetes de mel”, orientado por Paulo Ventura (MELGARBE), e outro, com debate sobre o “combate à vespa velutina”, com as intervenções de Bruno Moreira (Turma da Abelha) e Carlos Filipe (CAF EXPERT LDA) e moderação de Paulo Varela.

Já durante a tarde serão debatidos os seguintes temas: a “optimização sustentável da condução de colónias ao longo do ano”; o “Programa Nacional 2023/2027”; e as “estratégias para combater a subida dos custos de produção na apicultura”.

No decorrer do evento, serão ainda homenageados três associados da ADERAVIS já falecidos. O encerramento das jornadas está previsto para as 18 horas.

Os interessados em participar no almoço destas jornadas devem fazer a sua inscrição através do email montedemel@gmail.com.

Município de Portalegre entrega bolas de futebol e futsal a clubes

A Câmara Municipal de Portalegre entregou, na passada quarta-feira, dia 11 de janeiro, equipamentos desportivos a vários clubes do concelho, nomeadamente bolas de futebol e de futsal, para utilização em competições oficiais.

O material desportivo foi entregue pela presidente do Município, Fermelinda Carvalhom e pelo vereador do Desporto, António Casa Nova, aos responsáveis de cinco clubes do concelho com a prática federada de Futebol e de Futsal, tanto masculino como feminino, em diversos escalões, nomeadamente ao Sport Clube Estrela, Clube Desportivo Portalegrense 1925, C.P.T. São Cristóvão, Casa do Benfica de Portalegre e Clube Feminino dos Covões.

Esta medida vem no seguimento de diversas iniciativas da Câmara Municipal, com o objetivo da projeção da área desportiva, tais como os Contratos Programa entre o Município e as associações desportivas do concelho, a requalificação de espaços, a aquisição de equipamentos e uma especial atenção por candidaturas que promovam a prática desportiva.

Vinho da Adega da Torre distinguido em concurso do Crédito Agrícola

António Gonçalves, proprietário da Adega da Torre

O vinho tinto 2021 da Adega da Torre, em Campo Maior, é um dos premiados da 9ª edição do Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola.

Na cerimónia de entrega de prémios, que decorreu na passada sexta-feira, 13 de janeiro, na Estufa-Fria, em Lisboa, a Adega da Torre recebeu o galardão Tambuladeira de Ouro.

Este concurso de vinhos é desenvolvido pelo Crédito Agrícola em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal.

Esta última edição deste ano do concurso recebeu um total de 218 vinhos – brancos, tintos e espumantes -, colocados à prova por 94 produtores nacionais das várias regiões vitivinícolas do país, clientes e associados do Crédito Agrícola.

A lista de premiados para conhecer aqui.

Após contrato de dois anos, CURPI de Campo Maior abandona programa Escolhas

O programa Escolhas foi desenvolvido pela CURPI durante dois anos no Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro

Ao fim de dois anos, a procurar a integração e a inclusão social de crianças e jovens, a nível educacional e social, provenientes de contextos mais vulneráveis, em Campo Maior, a Comissão Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos (CURPI), enquanto gestora, na vila, do programa governamental Escolhas, deu, no final de 2022, por terminado o seu trabalho neste âmbito.

Através deste programa, três funcionárias da CURPI acompanharam, ao longo de dois anos, crianças e jovens de etnia cigana, no Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, bem como alunos de países do leste. Integrar e combater o insucesso escolar foram sempre as principais premissas deste projeto.

Terminado o contrato, e apesar de ter sido solicitado à instituição que o mesmo fosse prolongado por mais meio ano, a CURPI não aceitou, revela o presidente José Pedro Caldeirão, lembrando que este foi um projeto que lhe deu muitas dores de cabeça: “eles pediram-me mais seis meses, mas eu disse-lhes que nem mais um dia”.

Com o Escolhas, cabia à CURPI, por mais que, posteriormente, fosse ressarcida, avançar com os ordenados das funcionárias afetas ao projeto, o que, inevitavelmente, deixava a instituição numa posição mais vulnerável. “As funcionárias gastavam o dinheiro, para acompanhar as crianças menos privilegiadas, de maneira que eu tinha de avançar com esse dinheiro e com os ordenados e o Escolhas só nos pagava ao fim de três meses”, recorda o presidente da CURPI.

José Pedro Caldeirão

Descrevendo esta como uma fase complicada para a instituição, José Pedro Caldeirão explica que “o Escolhas usou sempre as instituições particulares de solidariedade social em benefício deles”. “Nós é que ficávamos abananados”, acrescenta.

Para se poder gerir um projeto como este, assegura José Pedro, é necessário ter dinheiro, algo que a CURPI não tem. Não tendo verbas suficientes para fazer face às despesas, a CURPI contou com um empréstimo de sete mil euros, por parte do comendador Rui Nabeiro, a pedido de “alguém”. “Eu não queria, porque eu tenho confiança suficiente para pedir-lhe o que necessito, aliás, esta casa está feita porque ele ofereceu para aqui cem mil euros”, acrescenta.

Ainda assim, e apesar das dificuldades, José Pedro Caldeirão não tem dúvidas que este foi um projeto “muito importante”, sobretudo para as crianças e jovens que estiveram abrangidos pelo Escolhas.

O Escolhas é um programa governamental de âmbito nacional, criado em 2001, promovido pela Presidência do Conselho de Ministros e integrado no Alto Comissariado para as Migrações.

Exposição “Do Outro Lado do Espelho” patente no Espaço.arte

A exposição coletiva “Do Outro Lado do Espelho”, foi inaugurada ontem, 14 de janeiro, no Espaço.arte, em Campo Maior.

Trata-se de uma mostra de pintura e desenho que junta os trabalhos de Luís Almeida, Rodrigo Canhão e Run Jiang em que os três artistas plásticos, através do uso de diferentes linguagens visuais, exploram o tema dos “Sonhos”.

Esta mostra inaugura a programação para 2023 do espaço.arte que este ano terá como temática “Da Universalidade à Individualidade”.

Marcaram presença na ocasião, para além de Luís Almeida e Rodrigo Canhão, o presidente do Município, Luís Rosinha, o presidente da Assembleia Municipal, Jorge Grifo, os vereadores Paulo Pinheiro e São Silveirinha, o presidente da Junta de Freguesia de Degolados, João Cirilo, e Vanda Portela e José Leão, em representação das Juntas de Freguesia de S. João Baptista e de Nossa Senhora da Expectação, respetivamente.

Após estragos provocados pelas cheias, Piscina de Arronches reabre ao público

Resolvidos os problemas que surgiram devido às inundações que ocorreram no passado mês de dezembro, a Câmara Municipal de Arronches reabriu ao público a Piscina Municipal Miguel Lagarto, na passada terça-feira, dia 10 de janeiro.

A piscina volta a funcionar nos horários habituais, de segunda a sexta-feira: às segundas, das 15 às 19 horas; e de terça a sexta-feira, entre as 10 e as 13 horas e das 15 às 19 horas.

As aulas de natação são também retomadas nos seus horários habituais.

Alandroal com orçamento de 19 milhões para concluir obras do Portugal2020

O ano de 2023 vai ser decisivo para o concelho de Alandroal na conclusão de projetos financiados pelo Portugal 2020, como é o caso da Fortaleza de Juromenha, Escola Básica e Castelo de Alandroal, entre outros.

Nesse sentido, “o orçamento municipal sofreu um aumento de dois milhões de euros, passando de 17 para 19 milhões, sobretudo devido à necessidade de conclusão de obras”, como nos referiu João Grilo, presidente da câmara de Alandroal.

Sem solução ficou a obra do centro comunitário de Alandroal, uma vez que “não foi aprovado pela Assembleia Municipal. Nesse sentido, vamos tentar transferi-lo para o 2030 para que o possamos concluir”.

João Grilo considera que este vai ser “um ano de grandes desafios. Saímos de uma pandemia, estamos a viver uma crise inflacionista e temos um conjunto de condicionantes externas que não controlamos mas, a nível interno, estamos a viver um excelente momento de oportunidade, projetos e novos investidores. Desta forma, temos que tentar encontrar um equilíbrio de, em circunstâncias mais difíceis, e com nas mesmas receitas, conseguir dar resposta a todas as obras que temos em andamento, às que queremos lançar e às necessidades que o concelho apresenta, mas acho que vai correr bem”.

Câmara Municipal de Alandroal com orçamento de 19 milhões de euros para este ano, um aumento de dois milhões, sobretudo, devido à necessidade de conclusão de obra.

Obras na Estrada do Bicho arrancam nos próximos dias

Vão ter início, nos próximos dias, em Campo Maior, os trabalhos de recuperação do Caminho Municipal 1113, mais conhecido como Estrada do Bicho, depois de uma passagem hidráulica ter desaparecido com as cheias que a assolaram a vila a 13 de dezembro.

Segundo o presidente da Câmara, Luís Rosinha, a estrada poderá voltar a estar transitável “entre duas a três semanas”. Ainda assim, os trabalhos poderão não estar concluídos nesse espaço de tempo, uma vez que “há sempre trabalhos acessórios a fazer lateralmente à estrada”. A obra arranca agora, adianta o autarca, depois de concluído “o processo de adjudicação e de formalização do contrato” da empreitada.

“Uma passagem hidráulica, que fazia a transição transversal da água, de um lado para o outro, desapareceu. A estrada ficou sem passagem hidráulica e, portanto, sem condições de circulação. É isso que vamos fazer a partir da próxima semana: é reposicionar, com uma maior capacidade de escoamento, essa mesma passagem hidráulica”, explica ainda Luís Rosinha.

Relativamente à Estrada Nacional 373, que liga Campo Maior a Elvas, Luís Rosinha assegura que tudo aponta para que, no final da semana, já se possa voltar lá a circular. Recordando que algumas situações que provocaram “algum atraso” na obra, ainda assim, assegura o presidente, e ao contrário do que acontece em outros concelhos, onde as intervenções a fazer, do mesmo género, ainda sem sequer começaram, em Campo Maior a Infraestruturas de Portugal, colocaram “os meios que tinham disponíveis no terreno, quase no imediato”.