A tradição das “Aleluias” voltou mais uma vez a cumprir-se na freguesia de Terrugem, concelho de Elvas.

À meia-noite a população saiu à rua com tachos, panelas e chocalhos para fazer barulho e animação.

O “esforço” da população foi compensado com a oferta de rebuçados e amêndoas. Mariana, como qualquer criança, vibra ao “colecionar” rebuçados no bolso que entusiasticamente vai recolhendo do chão à medida que vão sendo atirados de varandas e pontos mais altos da localidade.

António Brinquete considera que “toda a gente que é da Terrugem sabem que esta noite é uma alegria”. Catarina, natural de Lisboa, passa as férias da Páscoa na casa dos avós, na Terrugem, e confessa “todos os anos é igual e muito divertido”.

No Alentejo, a tradição de Páscoa está muito ligada à natureza, na qual, de uma maneira geral, os alentejanos vão para o campo desfrutar da beleza primaveril que nos inunda de cores e cheiros, abrindo o apetite para a gastronomia tradicional neste dia: o borrego e o folar.

A vila de Campo Maior fica praticamente deserta porque a maioria da população, incluindo famílias inteiras, se mudam literalmente para as margens do rio Xévora, junto do Santuário de Nossa Senhora da Enxara, a poucos quilómetros da aldeia de Ouguela e de Alburquerque.

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Na cidade de Elvas a tradição de ir comer o borrego para o campo é também cumprida, sendo que neste caso, os elvenses rumam para a Ajuda, nas margens do Rio Guadiana, onde comem o borrego assado.

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Neste fim-de-semana de Páscoa a tradição mantém-se com as famílias a deslocarem-se para o campo. A nossa reportagem tem vindo a acompanhar estes últimos dias e falou com alguns dos presentes. Os entrevistados são unânimes em considerar que se trata de uma tradição e de um gosto.

Há quem já ali esteja acampado há mais de uma semana. No local não falta nada. As “casas” são improvisadas, desde cozinhas, quartos e até casas de banho.

Em Campo Maior, a população desloca-se para as margens do rio Xévora, junto ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara. As ementas são feitas “com rigor” e o Borrego é o prato principal e mais aguardado para ser degustado em pleno contato com a natureza. Em Elvas, os romeiros concentram-se nas margens do rio Guadiana, na Ajuda.

Chuva em Domingo de Páscoa

Quanto à previsão do estado do tempo não é animadora. Domingo de Páscoa vai ser molhado no Alentejo, como confirmou a meteorologista Cristina Simões. Para este sábado, dia 19, na região sul, o céu vai estar geralmente muito nublado, com abertas durante a tarde.
Períodos de chuva fraca no litoral oeste no final do dia.
Vento em geral fraco. Neblina ou nevoeiro matinal.
Descida de temperatura, em especial da máxima e nas regiões do interior.

Domingo de Páscoa tem confirmação de chuva no Alentejo. Céu geralmente muito nublado. Períodos de chuva ou aguaceiros, em especial nas regiões centro e Sul, podendo ser fortes, persistentes e acompanhados de trovoada na região Sul.

As comemorações da Semana Santa prosseguem em Badajoz. Esta sexta feira, dia 18, há procissão com saída da Paroquia de Santa Maria Real, pelas 18h30 (hora espanhola) e chegada à Praça de San Agustín, por volta das 23.30 horas.

A Semana Santa é uma das épocas mais importantes de Badajoz.

A procissão de hoje é organizada pela Irmandade e Confraria de Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora das Lágrimas e Santiago Apóstolo.

Os cavaleiros João Moura (na foto), António Ribeiro Telles, Manuel Ribeiro Telles Bastos e Miguel Moura actuarão dia1 de junho, às 17:30, em Almeirim.

Lidam-se seis touros da ganadaria de Mário e Herdeiros de Manuel Vinhas.

Pega os grupos de forcados Amadores de Vila Franca de Xira, capitaneados por Ricardo Castelo e Amadores da Chamusca, capitaneados por Nuno Marques que, em temporada de adeus às arenas, se despede da afición Almeirinense.

Como manda a tradição no Alentejo, nesta época da Páscoa, a população muda-se de armas e bagagens para o campo.

A vila de Campo Maior fica praticamente despovoada por estes dias, uma vez que a população ruma às margens do rio Xévora, a poucos quilómetros da aldeia de Ouguela. Música e muita animação não faltam neste acampamento.

Pessoas de todas as idades convivem e passam estes dias junto da família e dos amigos. António João (na foto à esquerda) tem procurado passar a tradição de acampar na Enxara aos netos, depois de o já ter feito com os filhos.

“Respira-se liberdade” na Ajuda, em Elvas

Em Elvas, a população ruma até à Ajuda, nas margens do rio Guadiana, onde convive, aprecia a paisagem e come o tradicional borrego assado.

A nossa reportagem voltou à Ajuda e esteve à conversa com algumas das pessoas que por ali se encontram acampadas: um grupo de jovens com idades compreendidas entre os 16 e 20 anos (na foto à direito) e um casal, com três filhos.

Para os jovens, esta é uma forma de “esquecer as comodidades do dia-a-dia”, de “aproveitar a paisagem” e “beber e conviver”. Para o casal, “respirar liberdade” é um dos motivos que o leva até ao campo nesta altura do ano.